Você conhece os tipos de danças brasileiras? O Brasil é um país repleto de ritmos, principalmente por conta de toda a sua riqueza cultural.
Com os diferentes tipos de povos que passaram por aqui, os modelos tradicionais brasileiros representam uma mescla de culturas e histórias que formaram as tradições que temos hoje. As principais danças brasileiras são: samba de gafieira, forró, lambada, xaxado, funk, baião, frevo, maracatu e tecnobrega.

Essas danças, acompanhadas de um bom som e uma saborosa comida, são excelentes para curtir as festividades pelos estados. Por isso, os ritmos brasileiros - principalmente o samba - são muito conhecidos por aqui e também no exterior.
Afinal, muitos turistas vão ao carnaval do Rio de Janeiro para aprender a sambar e dançar bastante na Sapucaí. Para ajudar você a compreender melhor os tipos musicais do Brasil, preparamos um excelente resumo de tipos de danças brasileiras, que explica a origem e as danças brasileiras.
Confira e saiba mais sobre danças tradicionais brasileiras!
Quais as origens do samba de gafieira?
O samba de gafieira é uma modalidade que possui forte influência do maxixe, sendo muito presente nas danças de salão. Esse estilo é urbano e muito popular no Rio de Janeiro. Sua migração foi realizada pelos afrodescendentes, quando eles propagaram o ritmo, saindo da Bahia até o Rio de Janeiro.
Bairros cariocas como Gamboa e Saúde tornaram-se locais muito populares da modalidade, pois lá ocorriam muitas festas de gafieira. Depois de um tempo, ela se tornou um símbolo da nossa nação, principalmente por conta das danças envolventes e da música contagiante.
Vale lembrar que a gafieira é muito técnica e elegante, apresentando alguns passos de "malandragem". Além disso, durante a apresentação, os dançarinos precisam ter muito molejo no quadril e bastante sensualidade.
Por fim, é necessário também acompanhar o enredo da canção no seu decorrer, para que os passos fiquem ainda mais belos. Para aprender todos os passos de samba, a melhor forma é assistir às aulas de dança ou ter acompanhamento de professor particular.
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Essa dança é proveniente de rituais africanos, um dos principais tipos de danças brasileiras. Suas rodas, seus movimentos e seus batuques tornaram essa modalidade conhecida em todo o país, e posteriormente em todo mundo. Não é à toa que ela é considerada um símbolo da nação, e todos que conhecem por aqui e desejam aprender a sambar.
O samba tem movimentos sensuais, que fazem os apaixonados por ele balançarem a cintura e mexerem os pés. Além disso, ele é dançado de forma bastante harmoniosa e, por isso, pode ser considerado um gênero inovador.
Juntamente com os instrumentos de percussão, o cavaquinho e o violão é possível fazer um maravilhoso baile para sambar! E, não esqueça: se você deseja aprender a sambar, faça sua matrícula em um curso de dança para ter acesso a uma aula de samba!
Quais são os diferentes estilos de forró? Danças tradicionais brasileiras

O forró é dividido em três estilos mais relevantes: pé de serra, eletrônico e universitário. Podemos dizer que o ritmo é muito parecido entre eles, porém a modalidade pé de serra tem passos mais simples, como o "dois para lá e dois para cá" e o universitário tem passos mais complexos, com giros e embalos diferenciados.
Forró tradicional e eletrônico
No forró tradicional, os músicos utilizam a zabumba, a sanfona e o triângulo. Os artistas mais conhecidos dessa modalidade são: Dominguinhos, Luiz Gonzaga (o rei do Baião) e Jackson do Pandeiro.
Logo após o tradicional, surgiu o eletrônico - no início da década de 90 - que implementou o uso de alguns acessórios eletrônicos, como a bateria, a guitarra e o teclado. Bandas como Mastruz com Leite, Calcinha Preta e Aviões do Forró são muito conhecidas no meio da modalidade eletrônico.
Por fim, apareceu o forró universitário - no final da década de 90 -, no estado de São Paulo. Nesse estilo, os músicos começaram a usar contrabaixo e violão. Por conta das poucas diferenças com a modalidade tradicional, essa é considerado uma atualização do pé de serra.
Vale ressaltar que o universitário foi o principal precursor do forró pela nossa nação. Os artistas e bandas mais conhecidos dessa modalidade são: Bicho do Pé e Falamansa.
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Aprendendo a dançar o funk !
O funk é uma modalidade que possui influência de danças americanas e africanas. Por isso, os movimentos de funk tendem a ser mais soltos, suaves, orientados para os toques das músicas e sensuais. As músicas de frases repetidas e o som do funk são muito dançantes e, por isso, os bailes funk fazem muito sucesso!
Atualmente, as mais populares artistas de funk são a Ludmilla e a Anitta. As danças dessas artistas são muito sensuais e soltas e, para aprendê-las, o ideal é fazer aula de funk. Isso porque o curso para aprender a dançar é a melhor opção para assimilar as sequências, afinal o aluno pode ter o acompanhamento de professores.
Conheça tudo sobre o tecnobrega !
O tecnobrega é um dos principais exemplos musicais do Brasil. Por isso, ele é conhecido no Brasil inteiro, principalmente na região de Belém do Pará, onde foi criado na década de 2000. A partir de uma análise do tecnobrega como modelo musical, pode-se perceber que essa modalidade tem forte relação com a música eletrônica, aquele "forrózinho" e o calypso.
Juntamente com as melodias, as festas de tecnobrega são compostas por muitas luzes, cenários coloridos e chamativos e diversos efeitos visuais. Já as danças de tecnobrega são muito animadas e representam bastante a parte cultural do Brasil. Os artistas de tecnobrega mais conhecidos do Brasil são: Pablo Vittar - que já fez algumas músicas ao som do tecnobrega - e Gaby Amarantos.
Quais as origens da lambada ?

Trata-se de uma modalidade muito rica, advinda regionalmente do norte do Brasil. No início, as danças de lambada eram realizadas em praias e locais ao ar livre.
O local onde ela mais fez sucesso foi em Porto Seguro, na Bahia. Com o passar do tempo, "ganhou o coração" da população do nordeste e se tornou conhecida em toda essa área. Depois, disseminou-se para todo o Brasil, e posteriormente tornou-se sucesso em todo o mundo.
As bases dessa modalidade consistem no uso da guitarra e na influência do carimbó, do merengue e da cúmbia. Esse ritmo possui algum passo mais ousado, com acrobacias e giros, que rapidamente tornaram-na conhecida em todo o mundo. Vale lembrar que, em geral, as danças dessa modalidade são realizadas em pares.
Além disso, a dança apresenta um enredo mais lento e fluído, com bastante plasticidade e sensualidade. Por conta disso, ela é considerada muito bela e ousada. Para aprender os passos, o mais indicado é fazer aula de dança online com um professor. Isso porque, com a ajuda de um profissional, é possível tornar-se um verdadeiro expert nessa modalidade.
Como interpretar o xaxado?

O xaxado é um dos tipos de danças brasileiras muito agitado e animado que se originou na parte nordestina do Brasil. O início de tudo, mais especificamente, foi no sertão do estado de Pernambuco.
Essa modalidade tem forte presença cultural folclórica e foi usada como "grito de guerra" pelos cangaceiros, após a realização de algum duelo (em geral, os cangaceiros faziam as letras das músicas dessa modalidade para celebrar a conquista em duelos).
Mas o que será que toca enquanto as pessoas dançam? Os itens mais incidentes são a sanfona, a zabumba, o pífano e o triângulo.
Por conta disso, as festas da modalidade eram muito animadas e alegres. Inicialmente, as danças eram realizadas da seguinte forma: os cangaceiros - como o Lampião - dançavam juntamente com os seus rifles, como se o objeto fosse uma companheira de dança.
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Posteriormente, a mulher se inseriu nessa modalidade, por conta de Maria Bonita, e as danças de xaxado começaram a ser realizada em pares. A partir disso, os homens começaram a interagir com as mulheres, deixando os rifles de lado.
Por conta da sua forte relação com o cangaço, até hoje as roupas usadas por quem se apresenta na modalidade remetem ao uso do chapéu e botas de couro (peças de roupas usadas pelos cangaceiros para não se machucarem nas plantas nordestinas que tinham espinhos).
Na coreografia do xaxado, os dançarinos fazem alusão ao sapateado. Assim, os praticantes de dança precisam balançar o pé direito de um lado para o outro e arrastar o pé esquerdo para frente.
Trata-se de algo muito comum nas festas juninas que ocorrem pelo Brasil, principalmente na cidade de Fortaleza (CE) e João Pessoa (PB). Lembre-se: para aprender os passos para esse maravilhoso ritmo, basta fazer aula de dança com ênfase nessa modalidade!
Que tal se jogar no frevo?
Você sabia que essa modalidade também foi criada no Brasil? Ela teve suas origens mais precisamente no estado do Pernambuco e veio da mistura de maxixe, dobrado, marcha e polca. Também contém alguns elementos da capoeira.
Uma grande curiosidade é que ela foi declarada Patrimônio Imaterial da Humanidade em 2012, segundo a UNESCO (United Nations Educational, Scientific and Cultural Organization - Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura, em tradução livre).
Trata-se de um ritmo acelerado, criado inicialmente para animações carnavalescas, mas que foi ganhando formas próprias com o passar do tempo.
Era uma espécie de disputa, mais ou menos como acontece na capoeira, e isso contribuiu de certa forma para que ganhasse uma vertente mais acrobática, diferente da que é dançada pelas multidões. O ritmo acelerado ficaria para os passistas profissionais que impressionam o público com suas performances.
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A história de amor entre o frevo e o carnaval
Após o seu surgimento, ele espalhou-se pelo Brasil e ficou conhecido nas demais regiões como marcha-pernambucana. O contexto histórico dessa festa popular pode dividir-se em 3 partes, pensando dessa forma. A primeira começa no Brasil colônia e vai até meados de 1850, e engloba o famoso lusitano.
A segunda, até 1920, remonta ao carnaval europeu e a terceira, que é a que perdura até hoje. Foi nessa última que a festa se popularizou, ainda que a imprensa e o governo, de início, incentivassem a audiência para a festa dos burgueses. Surgiram então muitas novidades, dentre as quais estava o frevo.
No século XIX, o público dessa vertente era composto basicamente por escravos que haviam sido libertados e trabalhadores do povo. Diversos artistas plásticos já retrataram a festa, além de compositores que dedicaram parte do seu trabalho a ela. O ritmo era tão contagiante que já envolveu grandes nomes, como Gilberto Gil, Gal Costa, Vinícius de Moraes e Elba Ramalho, entre outros.
O destaque vale para Alceu Valença que representa até hoje um dos eventos de destaque do calendário cultural pernambucano, com o seu show Marco Zero, que acontece uma vez ao ano, com motivos carnavalescos.
Particularidades e curiosidades sobre a modalidade
Para você que pensa que o que temos a dizer sobre a modalidade acaba por aí, temos algo que pode surpreendê-lo. Que tal descobrir mais algumas curiosidades e particularidades do ritmo? Acompanhe:
- Levante de Vassourinhas - Trata-se de uma variação composta em 1909 que até hoje é famosa. Quando ela toca, a multidão ergue os braços e se agita com toda a sua energia;
- Galo da madrugada - É o principal bloco carnavalesco da região, que remonta as tradições mais originais. Criado em 1994, já consta no Guiness Book. Nele também se apresentam alguns intérpretes da modalidade;
- Até a Bahia se rendeu à tradição e adaptou o frevo ao seu estilo. Você já ouviu falar em frevo baiano?
- Lamartine Babo apresentou como sua uma das composições dos Irmãos Valença. O caso resultou em processo e hoje ele aparece como coautor, uma vez que já era conhecido à época.
O maracatu do Brasil colônia
Sim, o ritmo remonta à época em que éramos colônia dos portugueses. Mas nele também estão presentes raízes africanas e indígenas. Estamos falando de mais um indício cultural pernambucano, mais precisamente de Olinda, Nazaré da Mata e Recife.
Ele é marcado por uma dança que acompanha a canção, figurinos extravagantes e um quê de religiosidade, a espiritualidade das crenças africanas. Quem canta normalmente são as baianas, mas todos podem participar do coro.
O primeiro registro que temos desses passos é de 1711, época na qual era cultuado o Rei do Congo, uma entidade incentivada pelos portugueses como forma de dominação aos escravos. Com a libertação desse povo, o ritual tornou-se uma corte e tudo ficou muito mais leve e natural. Mas é certo que muitas coisas aconteceram até chegar à versão que conhecemos hoje em dia.

A modalidade pode ser classificada em dois tipos:
- Maracatu nação - Também conhecido como Baque Virado, consiste em um cortejo de aproximadamente 50 pessoas, com as calungas (bonecas negras de madeira). O rei e a rainha são os personagens principais, remetendo à coroação dos reis do Congo que citamos acima. Mas também há a porta-bandeira, as damas do paço (que carregam as calungas), os casais de duques e príncipes, acompanhados de um escravo, que carrega o guarda-sol sobre eles, as yabás (baianas), os caboclos (representando os índios), os batuqueiros (que tocam os instrumentos) e as escravas (na verdade, dançarinas que puxam o enredo) . Em alguns casos, também aparece a figura do embaixador;
- Maracatu rural - Também conhecido como Baque Solto, manifestou-se mais tarde na zona da mata, presidido por trabalhadores rurais. Nesse caso, a figura principal é o caboclo da lança, uma entidade colorida que traz uma flor branca na boca. Difere da modalidade anterior por remeter a algo mais do povo, enquanto o nação seria voltado à realeza.
Acompanhado por itens de percussão e sopro, trata-se de mais que uma dança, uma verdadeira tradição que carrega consigo parte histórica do nosso povo. Normalmente, pessoas que gostam de música e questões culturais costumam sentir-se atraídas por esse tipo de manifestação popular.
A modalidade apresenta grande riqueza nesse sentido, uma vez que envolve o movimento, a caracterização, e as figuras que remetem a entidades religiosas. Estamos falando de uma forma completa de preservar aspectos culturais do nosso povo, principalmente para os pernambucanos.
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Entrando na roda do carimbó
Mais uma vez estamos falando de folclore, claramente representado por uma dança típica do estado do Pará, mas que rapidamente se alastrou também por todo o nordeste. De origem indígena, a palavra carimbó significa "pau furado", mas também remonta o instrumento curimbó, um tambor feito de um tronco oco, que era tocado à época.
Estamos falando do resultado de algo trazido ao Brasil inicialmente pelos escravos africanos, mas que logo modificou-se caracterizando uma nova modalidade musical, essa sim surgida por aqui.
Os povos indígenas e europeus (especialmente vindos da Ibéria) foram os que mais contribuíram para a manifestação que temos hoje. Também era uma dança dos trabalhadores, que tocavam seus tambores para mexer o corpo e comemorar o fim de mais um dia de labuta.
As letras costumam ser simples, remetendo a ocorrências corriqueiras, normalmente ligada à vida cotidiana dos trabalhadores. E o enredo variava de acordo com a atividade exercida.
É por isso que podemos considerar que temos os tipos praieiro, o pastoril e o rural. Banjo, flauta e tambor são o seu principal cenário. Quanto aos figurinos, as saias têm papel de destaque. Coloridas e volumosas, elas se movimentam ao som da melodia, enquanto os homens representam as vestes simples e dobradas, utilizadas no trabalho.
Todos ficam descalços e em roda. O sinal de que um cavalheiro convida uma dama para uma contradança é bater palmas na frente dela. O casal vai ao centro de todos e, executa uma ação que pode variar. Na dança do peru, por exemplo, ela deixa um lenço no chão e o homem deve apanhá-lo com a boca, sem usar as mãos.
A sua permanência dançando está atrelada ao fato de ele conseguir pegar o lenço. Caso não consiga, recebe vaias e deve voltar para o seu lugar na roda.
A modalidade também tornou-se Patrimônio Imaterial da Humanidade, desde 2014 e, um ano mais tarde, tornou-se também Patrimônio Cultural do Brasil. O dia dedicado à modalidade é 26 de agosto, data de aniversário do Rei do Carimbó, Mestre Verequete.
A zabumba e o baião
Você conhece Luiz Gonzaga? Está em nossa lista de principais nomes quando se fala de tipos de danças brasileiras. Pois bem, ele teve papel importantíssimo para que esse ritmo se tornasse popular na década de 1940. Surgido na região nordestina, a modalidade ganha destaque pelo som da zabumba, da flauta, do triângulo e da viola caipira.
Ao som de tais acordes, intercala-se a voz, narrando os percalços da vida sertaneja. O sofrimento com a seca nordestina tornou-se poesia graças a esse ritmo. E depois de Luiz Gonzaga, outros vieram. Podemos dizer que essa modalidade influencia o trabalho de certos músicos e compositores até hoje. E isso deve ser motivo de orgulho, já que representa parte da nossa força e representatividade cultural.

Tudo começou ao som da sanfona, orquestrando mais tarde também outros instrumentos. Você sabia que por volta de 1949, o ritmo era uma "febre"? Mas a mistura de culturas culminou mesmo com Raul Seixas, que incorporou elementos do rock 'n roll a essa cultura, originando o que chamamos de "baioque".
A escala musical vai de dó a dó e tem algumas variações pelo caminho, com harmônicas em modo maior ou menor. Além desses que citamos, Sérgio Reis e Dominguinhos também fizeram parte do movimento.
Mais tipos de danças brasileiras
Confira, abaixo, mais estilos musicais e danças do Brasil.
Axé
Referência em dança típica do Brasil. O axé surgiu na Bahia durante os anos 1980, com forte influência do samba-reggae, frevo, ritmos africanos e da música pop brasileira. Inicialmente, o termo era usado para identificar a energia positiva da música e dança que tomavam conta dos trios elétricos no carnaval de Salvador.
Com o tempo, virou um gênero próprio, imortalizado por bandas como Chiclete com Banana, É o Tchan e artistas como Ivete Sangalo.
Dançar axé envolve coreografias alegres, repetitivas e de fácil aprendizado, feitas para acompanhar as músicas em festas e trios elétricos. A dança é marcada por movimentos energéticos, braços sincronizados e passos que se adaptam à letra da música.
Bumba Meu Boi / Boi-Bumbá
Uma das principais danças tradicionais brasileiras. O Bumba Meu Boi é uma manifestação folclórica popular do Norte e Nordeste do Brasil, com destaque no Maranhão e no Amazonas, onde também recebe o nome de Boi-Bumbá.
A história gira em torno da morte e ressurreição de um boi, misturando elementos do teatro, música e dança, com raízes africanas, indígenas e europeias.
A dança do Bumba Meu Boi é cênica e teatral, realizada por personagens como o boi, o vaqueiro, a catirina, o amo e os índios. Os dançarinos acompanham o ritmo do tambor e do maracá, em apresentações coloridas, envolventes e cheias de simbolismo.
Coco
O coco é um ritmo nordestino tradicional com raízes afro-indígenas, dança brasileira, muito comum em Pernambuco, Paraíba e Alagoas. Surgiu entre trabalhadores rurais e pescadores, sendo cantado e dançado como forma de comemoração e lazer após o trabalho.
A dança do coco é em roda ou em fileiras, com forte batida de pés no chão, sapateado e palmas marcando o ritmo.
O canto é responsorial (entre solista e coro), com letras simples que relatam o cotidiano. Os dançarinos usam roupas leves e muitas vezes dançam descalços.
Maculelê
O maculelê é uma dança de origem afro-brasileira, ligada aos rituais do candomblé e muito presente na Bahia. Acredita-se que tenha surgido como uma forma de resistência dos escravizados que treinavam movimentos de luta disfarçados em dança.
Na prática, os dançarinos se posicionam em roda, geralmente com bastões (ou facões em contextos mais tradicionais), que batem ritmadamente ao som dos atabaques.
Os movimentos são fortes, coordenados e coreografados, evocando espírito de combate, energia e ancestralidade.
Samba-enredo / Samba no pé
O samba-enredo é o ritmo oficial das escolas de samba durante o carnaval, especialmente no Rio de Janeiro e em São Paulo.
As músicas contam histórias temáticas (enredos) e embalam o desfile das escolas. Já o samba no pé é o estilo de dança individual típico das passistas.
A dança do samba no pé é vibrante e rápida. Os movimentos envolvem deslocamento dos quadris, trocas de pés rápidas e uso expressivo dos braços. É uma dança solo, onde cada pessoa pode adicionar sua própria interpretação, mas mantendo o ritmo característico do samba.
Pagode
O pagode surgiu no Rio de Janeiro nos anos 1980, como uma vertente mais descontraída do samba tradicional, com letras românticas e estilo intimista. Artistas como Zeca Pagodinho, Fundo de Quintal e Revelação popularizaram o gênero.
Apesar de ser mais uma música para ouvir do que para coreografar, o pagode é dançado em pares ou sozinho, com gingado sutil e marcação leve dos pés.
A dança é mais espontânea, muitas vezes improvisada e acompanhada de palmas e movimentos suaves do corpo.
Choro
O choro, ou chorinho, é considerado o primeiro gênero musical urbano tipicamente brasileiro, nascido no século XIX no Rio de Janeiro. Mistura influências europeias (polca, valsa) com ritmos africanos, e tem como principais instrumentos o bandolim, o cavaquinho, a flauta e o violão de 7 cordas.
Embora o choro seja um gênero instrumental e não tenha uma dança formal associada, ele pode ser dançado com improvisações leves, semelhantes a um samba lento ou uma valsa brasileira.
Em rodas de choro, o foco está na musicalidade e virtuosismo dos instrumentistas.
Moda de viola / Sertanejo raiz
A moda de viola é um dos pilares do sertanejo raiz, surgido no interior do Brasil, especialmente nas regiões Sudeste e Centro-Oeste. Suas letras falam da vida rural, da natureza e do sentimento do povo do campo. Instrumentos como a viola caipira e o violão são fundamentais.
A dança, quando existe, é geralmente em pares, com passos simples e lentos, voltada para o contato afetivo e o romantismo.
Nas festas de interior, as modas de viola são ouvidas mais do que dançadas, servindo de fundo para um ambiente de contemplação ou roda de amigos.
Catira (Cateretê)
A catira, também chamada de cateretê, é uma dança tipicamente caipira, muito comum no interior de estados como São Paulo, Minas Gerais e Goiás. É acompanhada por moda de viola, palmas e sapateado cadenciado.
Os dançarinos se posicionam em duas fileiras (geralmente homens), realizando uma coreografia de pés e mãos, com sapateados rítmicos e palmas marcadas, muitas vezes em resposta à melodia tocada pelos violeiros.
É uma dança de forte valor cultural, tradicionalmente passada de geração em geração.
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Você que é apaixonado por questões culturais, já pensou em aprender a dançar alguma dessas modalidades que apresentamos? Lembre-se de que valorizar a nossa cultura é fundamental para não permitir que ela morra.
Há academias e escolas de dança que oferecem aulas de estilos específicos ou um pacote que engloba vários deles. Você pode também contratar um professor particular, que vai ajudá-lo a trilhar um caminho que envolve movimento do corpo e consciência de todo o significado de cada modalidade.
E então, mais alguma dúvida sobre os principais tipos de danças brasileiras?
Excelente material.Parabéns !