Realiza o teu sonho de aprender japonês! Aulas com prof. formado na Universidade de São Paulo e na Universidade de Kanagawa

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• Você fala fluentemente esta língua por causa de suas origens ou porque um professor te motivou a aprendê-la?

  Por conta do meu interesse em jogar videogame, assistir anime e ler mangá na língua original, e muito também por incentivo de outros professores! Comecei estudando por conta própria e depois passei para aulas particulares, depois fiz vários cursos diferentes e até intercâmbio.
  
  Fazer amigos japoneses foi uma das coisas que mais me motivou, pois pude ter mais contato com a língua de forma nativa e aprender muitas coisas novas, além de ir redescobrindo meu gosto pelo Japão ao longo dos anos.

• Cite uma pessoa (da atualidade, histórica ou fictícia) que, na sua opinião, representa bem a cultura da língua que você ensina.

  Sem dúvidas, Hayao Miyazaki! Diretor e desenhista do Studio Ghibli, Miyazaki sensei traz à vida as mais belas obras e histórias com toda minúcia, cuidado e carinho de um trabalho devagar, mas dedicado e atencioso, como é o padrão japonês.
  
  Sua forma de contar histórias com uma pegada muito mais humana e ainda de realismo fantástico mexem profundamente com nossos sentimentos e nos fazem refletir sobre a vida de um jeito completamente diferente.
  
  O jeito como ele ressignifica questões difíceis e polêmicas como guerras, conflitos internos e sentimentos difíceis de processar também é muito uma marca da sociedade japonesa, que frequentemente prefere encarar a realidade como ela é do que só fingir que está tudo bem e viver de aparências.
  
  Isso, é claro, sem perder a alegria e sabendo aproveitar os pequenos momentos felizes de uma vida comum.

• Existe alguma palavra, expressão ou tradição típica que você goste particularmente?

  Gosto muito, mas muito mesmo, da observação do conceito de impermanência (無常 mujô). De origem budista e impresso em quase tudo no dia-a-dia japonês, esse conceito nos lembra que nada dura para sempre, tudo está em constante mudança, e um dia vai acabar.
  
  Por isso, temos que saber apreciar o momento presente e aproveitar a vida enquanto ainda podemos. A flor de cerejeira (桜 sakura) é um de seus símbolos mais conhecidos, pois mostra uma beleza exuberante e sem igual de flores que, apesar de bonitas, só duram em média uma semana e logo caem.
  
  Assim, aguardamos o ano inteiro para o chamado 花見 (hanami), ou "apreciação das flores", no início da primavera, e organizamos piqueniques com amigos e família ao redor de cerejeiras para apreciar o anúncio do renascimento (e da morte) e refletir sobre as nossas próprias vidas.

• Por qual motivo aprender esta língua é importante (seja no âmbito escolar, profissional ou pessoal)?

  Aprender japonês é, mais do que tudo, um grande prazer e uma realização pessoal para a maior parte das pessoas, assim como deveria ser com todo aprendizado.
  
  Obviamente existem razões mercadológicas e econômicas como conseguir empregos em multinacionais japonesas no Brasil, no Japão ou no mundo, conquistar uma carreira internacional e a chance de conhecer outro(s) país(es) e independência financeira, ótimos salários e benefícios etc.
  
  Mas, além de tudo isso, existe a paixão por poder romper fronteiras e fazer novas amizades, desbravar o mundo, conhecer novas culturas e aprender a ver a vida de um ângulo completamente diferente. O crescimento pessoal, enfim, é a maior motivação de todos os meus alunos, e costuma ser também o de quem procura aprender uma língua tão especial e um pouco mais fora da lógica de mercado (se comparada ao inglês, por exemplo).
  
  Para tirar proveito de seus conhecimentos no mercado de trabalho, além de se tornar funcionário de empresas multinacionais, o aluno pode se especializar em tradução e localização de livros, jogos, mangás, animes e outras obras da cultura pop (sempre muito em alta e com mercado garantido), tradução oral (ou interpretação), revisão, editoração, ensino de língua, pesquisa acadêmica e muitos outros campos.

• Qual a maior dificuldade no aprendizado desta língua e o como contornar este obstáculo?

  Sem sombra de dúvidas, memorizar vocabulário e falar de forma natural, como todas as outras línguas. No japonês, assim como no chinês, existe uma dificuldade adicional que é decorar os kanji, ou caracteres chineses.
  
  Tudo isso, porém, pode ser contornado com o comprometimento sério e firme do aluno com o estudo dentro e fora de sala de aula, e com seu esforço para fazer imersão sempre que possível: ouvindo músicas e assistindo filmes e séries, fazendo amigos e conversando em japonês, lendo e escrevendo frequentemente, colocando o celular em japonês... enfim, o máximo possível para dar uso prático e verdadeiro para o que se está aprendendo, ao invés de só fazer tarefas escritas e guardar no fundo de uma gaveta.

• Você poderia compartilhar alguma história e/ou curiosidade engraçada relacionada à sua profissão ou as aulas particulares?

  Muitas, mas muitas mesmo!! rs. Nem sei por onde começar. Sobre as aulas, quando comecei a estudar japonês, minha forma preferida de aprender era transformar tudo em memes. O estudo fica muito mais leve, engraçado e divertido, e por isso bem mais fácil!
  
  Minha estratégia de ensino, então, não poderia ser diferente. Sempre faço listas de palavras que têm som parecido com outras engraçadas em português, além de usar o método mnemônico para ensino e leitura de vocabulário e de kanji, associando a memes ou histórias.
  
  Sobre a profissão... lembro que quando comecei a lecionar tive contato quase que diário com uma nativa, e na época meu domínio não era tão bom quanto hoje. O que eu falei de palavras erradas que soavam muito engraçadas sem saber e que me deixaram sem graça... kkkkk, não dá nem pra contar. Hoje me sinto muito mais seguro e lembro de tudo com boas risadas.

• Nos ajude a te conhecer melhor, nos conte um pouco sobre suas viagens, amizades nativas no idioma que você você leciona entre outros!😀

  Que delícia de pergunta! Bom, até agora eu viajei ao Japão duas vezes: Uma em 2016, a turismo, fazendo um verdadeiro mochilão junto com um amigo da época do ensino médio.
  
  Viajamos por várias cidades (inclusive de bicicleta!) e conhecemos lugares que turistas em geral não conhecem por ter que ver tudo em pouco tempo e com pressa. Ficamos dois meses e meio! Conhecemos muita gente nova do mundo inteiro e fizemos muitas amizades, trabalhamos, estudamos e nos divertimos bastante.
  
  Da segunda vez, fui ao Japão em 2022, agora com visto de estudante em intercâmbio pela faculdade de letras português-japonês. Por seis meses online e quatro meses presenciais, pude estudar com dedicação e aprender muito, duplicando tudo que eu sabia até então.
  
  Fora isso, já viajei sozinho ou com amigos para Buenos Aires, na Argentina, para Montevideo, no Uruguai, e pra várias outras cidades dentro do Brasil, principalmente no sul, sudeste e nordeste. Antes, durante e depois das minhas viagens eu aprendi e melhorei demais o meu inglês, espanhol e francês. Na faculdade pude estudar também guarani, tupi antigo e nheengatu (tupi moderno da Amazônia), latim, Libras e karitiana (língua indígena de Rondônia).
  
  No momento estou planejando minhas próximas andanças! Quem sabe qual será o próximo destino? rs

• O que faz de você um Superprof (além do poder de se comunicar em várias línguas 😜) ?

  Fácil! Paixão pelo ensino, didática ajustável, experiência e repertório, organização e confiabilidade, capacidade de inspirar e atualização constante.
  
  Não apenas gostar da matéria, mas amar o que faço me ajuda por ser algo que me motiva e me deixa feliz ao mesmo tempo. Conseguir adaptar o conteúdo e o ritmo à realidade do aluno, saber o jeito certo de deixá-lo confortável e seguro para errar e trazer minhas vivências para enriquecer as explicações são estratégias fundamentais para ensinar e aprender com naturalidade e de forma lúdica, fugindo do padrão mecânico de materiais didáticos ou métodos quadrados, antiquados e engessados.
  
  Como não poderia deixar de ser, sempre me esforço para dominar novas tecnologias e ferramentas que me ajudem a me comunicar melhor e com mais objetividade. Isso faz com que os alunos entendam e falem sem dificuldade e percebam melhor seu desempenho, ficando mais satisfeitos e confiantes para falar.