Estudante de Letras que dá aula de Literatura, Redação e Gramática, além de se dedicar ao estudo da historiografia da literatura, desde a Idade Antiga, passando pela Medieval, até a Moderna, e também

Apresentação

As abordagens do campo das Letras tendem a ser linguísticas (a partir de uma sociologia da linguagem) gramaticais (sendo enfática no que concerne à forma do ponto de vista positivista e cientificista) ou literárias (normalmente como produção estética, optando por uma via de arte engajada). Isso quando não há uma mistura desordenada disso tudo. A preferência por uma ou por todas sem pesar a mente sobre elas não parece razoável.
A partir da perspectiva filosófica, perguntamos pelo "quid" da literatura, meditamos sobre seus formatos ao longa da história, verificando o que há de verdadeiro em cada tempo.
Debaixo da guarda histórica, visitamos o conceito clássico de gramática (antigo-medieval), em que gramática (de origem grega) e literatura (de raiz latina) eram a mesma coisa, tendo relação com a arte enquanto horizonte de perfeição, a saber, arte era virtude que aperfeiçoa a potência intelectual da alma humana, povoando também a imaginação, até chegarmos à modernidade, em que se separa literatura de gramática (colocando em demérito a gramática), destitui o estado científico das Letras, sistematiza-a (em escolas ou estilos literários) e abandona os ideais de perfeição transcendental, fazendo desta uma externalidade apenas.
Quanto à questão da linguagem, penetramos as duas forma de ensino da literatura: histórica (antológica) e sistemática (escolas ou estilos literários); além disso percorremos o que hoje se convencionou chamar de gramática (morfologia, sintaxe e "semântica") e também os critérios redacionais (de redação) como paragrafação, argumentação e estilística, todos esses tanto com destino imediato (concursos, provas, reforço) quanto com endereço mediato (estudo filosófico, histórico e linguístico do campo as Letras).