Doutora em Dança de Salão com 25 anos de experiência - Forró, Samba, Sertanejo, Tango, Salsa e alinhamento de Postura.

Mais detalhes sobre Carolina

• Com qual idade você começou a praticar Dança? Conte-nos um pouco sobre como foi essa descoberta.

  Ao contrário da maioria das meninas, não comecei a dançar ballet. Ao 11 anos já tinha muito interesse pela dança de salão mesmo sem qualquer pessoa da família praticar essa atividade. Aos 13 anos comecei a dançar forró com o boom das bandas de forró universitário e aos 16 anos entrei para um grupo de Tango na minha cidade natal: Araraquara.

• Quais são suas danças favoritas (que você pratica cotidianamente por paixão ou mesmo profissionalmente) e qual você amaria começar a praticar?

  Difícil escolher entre tantas danças que eu amo, mas certamente o forró é minha grande paixão. Mergulhar no universo forrozeiro é também compreender o contexto social, histórico e cultural de todas as danças populares nordestinas, o que particularmente me envolve e encanta. Como eu adoro o som do acordeom (sanfona) também gosto muito do tango, um ritmo que ainda quero me profundar passando um período na Argentina para estudar o tango.

• Como você faz para motivar seus alunos saírem da zona de conforto, colocar uma legging e praticar uma dança com frequência?

  O segredo é entender o porquê o aluno buscou as aulas de dança e desde o primeiro momento mostrar a ele que estou ali para ajuda-lo a alcançar esse sonho. Mas tudo isso fica muito mais fácil quando a música toca o coração, então sempre escolho ritmos de dança que o aluno goste e essa é uma enorme motivação.

• Que façanha dançante te marcou ou te inspira (que te dá vontade de cantar I Will Survive) ?

  Minha grande façanha foi desenvolver um novo método de ensino em dança de salão que eu batizei de Condução Compartilhada e que foi determinando para as transformações que a dança de salão como um todo sofreu nos últimos 6 anos, em especial nas mudanças de didática e nas relações de gênero.

• Qual foi o elogio ou conquista que conseguiu à/da sua profissão que mais te marcou?

  Assim que desenvolvi o Método da Condução Compartilhada ingressei no Programa de Doutorado da Unicamp e pude me qualificar ainda mais para ser uma das primeiras professoras de Dança de Salão com Doutorado no Brasil.

• Se você encontrasse com um profissional da sua modalidade que você admira, quem seria e quais perguntas você o faria ?

  Felizmente eu tenho o privilégio de estar constantemente em contato com os profissionais que mais admiro dentro da dança de salão. Nomes como Anna Turriani, Fernanda Conde, Paola Vasconcelos, Jocélia Freire, Juliana Freire, Luiza Machado, Samuel Samways, Carlos Henrique, Alisson Jorge, Ivan Ribeiro, Flavia e Isis são pessoas próximas a mim e estamos em contato debate para repensar e ampliar o universo da dança de salão.

• Como fazer com que o aluno mantenha o foco e que persista em sua evolução?

  Eu sempre digo: "Não adiantar fazer o curso de culinária e não cozinhar o bolo". Em outras palavras, eu quero dizer que não adianta fazer aulas de dança sem cair na pista de baile, por isso eu promovo práticas guiadas entre meus alunos para que eles possam experimentar um pouco como é um baile de verdade, perder a vergonha e cair na dança com a gente, já que regularmente saímos em grupo para dançar.

• O que faz de você um super dançarina... Ou melhor, um Superprof?

  O acolhimento, cuidado e percepção das demandas do aluno me fazem uma Superprof. Entendo melhor o aluno e acolhendo sua timidez, aos poucos vou trazendo para ele/ela ferramentas para se soltar, ganhar mais confiança e técnica para tirar alguém para dançar e curtir uma música inteira dançando.