Está se preparando para prestar o vestibular ou o ENEM (Exame Nacional do Ensino Médio)? Ou deseja aprimorar suas técnicas de escrita para redigir uma belíssima descrição?

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Segundo o dicionário

descrição (do latim descriptio, onis, figura, representação, de describere, escrever conforme o original, copiar, transcrever) é a enumeração das características próprias dos seres, coisas, cenários, ambientes, costumes, impressões etc..

Se você se encontra em um desses casos, certamente está preocupado com seu desempenho na hora de produzir a redação perfeita. Mas você sabe quais são as evidências principais de um texto descritivo?

Para produzir um bom artigo desse gênero, é necessário estar atento às exigências de cada parte que o compõe - introdução, desenvolvimento e conclusão. Mas existem outras dicas que podem ajudá-lo a fazer uma ótima redação.

Vamos conferir?

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O que é texto descritivo?

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Mão com caneta escrevendo no caderno
Texto descritivo é aquele que detalha de maneira pormenorizada os aspectos de um determinado lugar, acontecimento, pessoa, objeto ou animal. Fonte: Pexels

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O texto descritivo é um gênero textual cuja principal meta é retratar com detalhes as impressões de uma pessoa, objeto, animal, lugar ou mesmo um determinado acontecimento do cotidiano, e que foram capturadas pela percepção sensorial dos cinco sentidos (visão, tato, paladar, olfato e audição).

Podemos citar exemplos desse tipo de trabalho: reportagens, biografias, listas de compras, relatos históricos ou sobre viagens, anúncios de classificados e currículos. É fundamental notar que esses trabalhos possuem aspectos bem diferentes dos outros gêneros textuais (narração, descrição, textos jornalísticos, injunção e argumentação).

No rol de itens essenciais da redação descritiva estão: ampla utilização de substantivos, adjetivos e locuções adjetivas. Eles contribuem para que o leitor tenha uma ideia exata do que está sendo detalhado.

Outra particularidade deste texto é o emprego de verbos de estado: ser, estar, permanecer, parecer, ficar, continuar, entre muitos outros. De maneira geral, a forma é dinâmica e clara, com o emprego de comparações e enumerações.

Neste gênero textual são apresentados itens materiais (altura, textura, peso, comprimento, dimensões, clima, função), mas também psicológicos e comportamentais, por exemplo personalidade, caráter e humor.

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O que um texto descritivo precisa ter?

Antes de pensar em uma resposta óbvia, considere que ele deve transmitir uma imagem a quem lê. Ele tem que criar o objeto descrito em sua cabeça. Para isso, é fundamental utilizar alguns recursos. Mas se pensarmos na questão da imaginação do público, quanto mais detalhes, melhor... não é mesmo? Dessa forma, é possível pensar em alguns itens que não podem faltar em seu trabalho. Quer ver?

Adjetivos

Descrever demanda adjetivos. Você deve dar aspectos ao que está sendo descrito. Quando se trata de algo subjetivo, os adjetivos se tornam ainda mais necessários. São eles que vão despertar em quem lê, não somente pensamentos, mas também reações sensoriais. Se você lê que uma comida é saborosa, por exemplo, automaticamente vai pensar em um sabor que lhe seja agradável. O seu amigo, que está lendo junto com você, pode pensar em um sabor totalmente diferente. Mas o importante é que a leitura despertou essa sensação em ambos. Percebe?

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Coesão e coerência

De nada adianta "incrementar" demais e a mensagem perder seu sentido. Muitas vezes, um trabalho simples pode produzir reações mais intensas do que algo grandioso. Por isso, seja direto. Tome cuidado para não atribuir palavras contraditórias a um mesmo objeto. Um bom exercício para isso é mergulhar na leitura do que você mesmo está escrevendo. Imaginando a cena, o objeto ou a pessoa, por etapas, fica mais fácil evitar perder-se nas palavras e acabar deixando quem o lê confuso.

Verbos no presente do indicativo e no pretérito imperfeito

foto de uma mulher olhando para o nada

Como é Maria?

"Maria é magra, meia altura, olhos verdes e cabelos castanho médio e pouco abaixo dos ombros." Consegue imaginar a Maria a partir dessa descrição? Esse é o principal pré-requisito desse modelo de texto.

Tais tempos verbais permitem atribuir qualidades a algo no passado ou no presente. E essa é a ideia central desse modelo. Outros nem fariam sentido. Ou descaracterizariam um modelo literário construído ao longo de anos. Ter isso em mente ajuda você a construir o seu trabalho com excelência, na certeza de fazer-se claro para quem o lê.

Metáforas, comparações e outras figuras de linguagem

Especialmente na modalidade subjetiva, elas fazem toda a diferença. Quando o público ganha itens para se basear, ou quando sente o efeito de uma dessa figuras, ele se envolve mais diretamente no que está lendo. Assim, se você quer transportar quem lê para dentro do contexto, fazendo com que ele imagine e sinta algo, esses recursos são de grande valia. Além disso, eles tornam a experiência mais leve e rica ao mesmo tempo.

Quais as etapas da criação de redação?

Máquina de escrever antiga
Qual será o próximo objeto que você vai descrever? Fonte: Pexels

Saiba que tudo o que existe nesse mundo é passível de ser descrito! Mas antes de qualquer coisa, é preciso observar e compreender em profundidade o objeto, seja qual ele for. Por isso, a primeira etapa é se dedicar ao seu reconhecimento. Em segundo lugar, é relevante destacar que a redação descritiva está baseada em uma estrutura composta por três partes:

  • Introdução: é quando o observador identifica o objeto a ser descrito e o distingue;
  • Desenvolvimento: o observador captura nuances do objeto em uma ordem coerente devendo caracterizá-los de forma objetiva ou subjetivamente, ou ambas;
  • Conclusão: não há um momento específico para ela em trabalhos descritivos, considerando-se que já aconteceu quando a caracterização estiver completa.

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Mas o que é cada um deles? Abaixo explicamos com mais detalhes para trabalhar nesses pontos obrigatórios para o início da sua redação.

Introdução em etapas

Quer começar de forma perfeita para a sua produção de redação do Enem? Então comece pensando que a primeira parte do seu trabalho nota mil deve ter três elementos:

  1. Contexto;
  2. Tema;
  3. Tese.

Mas o que é cada um deles? Abaixo explicamos com mais detalhes para trabalhar nesses pontos obrigatórios para o início da sua redação.

Papel para rascunho da redação.
Não se desespere na hora da sua redação, pois te damos todas a dicas par se sair bem!! Fonte: Pexels

Contexto

Contexto - ou assunto - é algo mais amplo que o tema. É algo que ainda não trás a abrangência temática, mas conversa com ele. Por exemplo, o Enem de 2017 em que o foi pedido "A formação educacional dos surdos no Brasil", o contexto poderia falar sobre:

  • Educação;
  • Surdez;
  • Marginalização das pessoas com algum tipo de deficiência;
  • Inclusão e acessibilidade.

Essas quatro possibilidades, ou várias outras, poderiam entrar na primeira parte da sua redação, o "contexto". A dica é, então, sempre começar a sua abertura com algum elemento que se relacione com o ponto principal.

É ainda na parte da contextualização que as redações de sucesso começam com a apresentação de algum repertório que mostre os conhecimentos do aluno redator. Sendo assim, na hora do contexto você já pode mencionar algum livro - de leitura obrigatória para o exame ou não -, a algum filme, a um momento histórico, ou seja, aproveitar para colocar um pouco do seu repertório dentro da redação.

A próxima etapa é mostrar ao corretor de que forma essa contextualização leva ao ponto principal.

Tema

Os temas são sempre bem complexos, geralmente grandes. É preciso lembrar disso na hora da preparação para o exame, para você não chegar lá e se assustar ao ler. É preciso ainda que você se lembre de mencionar todos os itens contidos nele durante o desenrolar do seu trabalho. É fundamental que você pense que, em um ponto como o citado acima - "A formação educacional dos surdos no Brasil" -, vários componentes nem sempre óbvios precisam ser abordados:

  • Desafio;
  • Formação educacional;
  • Surdos;
  • Brasil.

Em um modelo parecido com o exemplificado, essas quatro partes são as principais que precisam ser mencionadas. Outras questões também podem entrar na sua redação, mas essas citadas acima precisam obrigatoriamente ser parte da sua produção textual. Sendo assim, é preciso que você treine meios de identificar as principais partes de temas variados. Que tal utilizar temas de edições passadas para exercício?

Atenção: evite copiar o que foi proposto exatamente da forma que ele aparece no exame durante o desenvolvimento. Procure sinônimos das palavras e / ou expressões equivalentes. Você pode optar por paráfrases, ou seja, mencioná-lo com as suas próprias palavras.

Tese

Ao falar sobre os temas de redação de vestibular, é fundamental que você traga a sua tese mais especificamente ainda dentro da abertura.

Mas o que é uma tese?

Ela nada mais é do que apresentação da ideia que você pretende defender ao longo do desenrolar do seu trabalho. Sendo assim, ela é o último elemento essencial para que você faça uma abertura nota 1000!

Mesinha de centro
Depois do início, é preciso pensar no desenvolvimento. Te mostramos como! Fonte: Pexels.

Desenvolvimento em etapas

O desenvolvimento pode parecer difícil, pois a parte mais extensa de uma redação do vestibular. No entanto, com treino e estudo, você verá que ele é mais fácil do que você pensa.

Intenção

O parágrafo do desenvolvimento não é uma parte solta da sua produção. Ele visa mostrar para a banca corretora que você sabe do que está falando; é nele que você vai provar que domina o ponto sobre o qual você está escrevendo. Esse assunto é exatamente o que você citou breve e superficialmente em sua abertura. Ou seja, desenvolver é um aprofundamento da sua primeira parte.

Elementos avaliados no desenvolvimento

A banca verifica a presença de alguns itens específicos durante o desenrolar. A presença - ou ausência - deles contribuirão para o resultado final da sua redação e, consequentemente, para a sua nota final. Esses itens sobre os quais estamos falando são:

  • A existência de relação dos parágrafos apresentados aqui com o que foi dito no início;
  • De que forma os parágrafos apresentados no desenvolvimento se relacionam entre si.

Como começar o primeiro parágrafo do desenvolvimento de uma redação?

Essa é uma pergunta que muitas vezes tira o sono de quem está estudando para o Enem ou qualquer outro exame de redação de vestibular. Uma boa dica é retomar algum elemento que foi citado durante a sua abertura.

Mas qual o caminho para retomar esse elemento?

Um bom exemplo que pode ser utilizado por base, independente de sobre o que você vai explanar:

"inicialmente, podemos entende X (elemento citado na introdução) como uma das principais causas / um dos principais motivadores de Y, W, Z".

A partir daí, você pode retomar uma ideia nova ligada ao tópico.

Exemplos dentro do desenvolvimento

Depois de citar o que foi dito na abertura, é hora de você apresentar exemplos. Tais exemplos podem aparecer em forma de:

  • Citações;
  • Fatos;
  • Dados.

Exemplo: "Estima-se que 30% da sociedade..." ou "De acordo com os dados da revista Time...."

A sua opinião dentro do desenvolvimento

Depois de ter retomado o tópico e apresentado informações que o comprovem através de exemplos, é chegada a hora de mostrar a sua opinião. É neste momento que você deixa a sua marca na redação.

Para isso, nada mais apropriado do que formular uma frase crítica, mostrando o seu envolvimento com o que foi falado até agora. É nesta parte que você fala que tal aspecto é, por exemplo, "inadmissível", "nocivo" ou "prejudicial". É no final de cada parágrafo que você insere a sua indignação perante os dados que você apresentou.

Livros e objetos pessoais
A dissertação-argumentativa do enem possui uma estrutura que pode ser dominada com prática e estudo! Fonte: Pexels

Conclusão em etapas

É chegada a hora de terminar a sua redação. Para isso você deve utilizar a conclusão. Ao contrário do que muitos possam pensar, trata-se de uma parte importantíssima da produção por escrito. Ou seja, ela também necessita de uma evolução específica. Ficou na dúvida? Então não se preocupe, pois vamos te mostrar as formas construir uma ótima conclusão para a redação do Enem passo a passo!

Proposta de intervenção social

Antes de falar sobre a estrutura dessa etapa, é relevante lembrar que a conclusão possui uma característica específica, que é a de uma proposta de intervenção social. Ela influencia na nota final dessa parte, então é preciso prestar atenção na hora de apresentá-la. O texto todo deve estar de acordo com a sugestão que você pretende mostrar por solução. Sendo assim, a conclusão da redação será diferente das conclusões que você virá a mostrar em outras provas da mesma matéria em outros vestibulares.

Atenção: Este é um critério exigido, obrigatório na redação, ou seja, não é opcional.

Algumas maneiras de se estruturar sua conclusão

Existem várias maneiras de se formular e estruturar o fechamento de um texto para uma dissertação argumentativa para o teste de redação. Algumas delas são:

  1. Proceder com uma síntese da argumentação;
  2. Voltar à primeira versão apresentada e sintetizá-la;
  3. Basear a conclusão na proposta de intervenção social;
  4. Interrogar ou apresentar algo novo.

1. Fazer uma síntese da argumentação

Para tal, basta condensar os argumentos principais apresentados durante o desenrolar da sua redação dentro da sua conclusão. No entanto, é preciso ter cuidado, pois se essa parte não for bem feita, você pode acabar fazendo um trabalho muito repetitivo. No vestibular, é possível resumir argumentos e, em seguida, agregá-los à intervenção social, como finalidade para atingir os argumentos.

2. Voltar à tese apresentada e sintetizá-la

Se você optar por esta opção, então o seu fechamento atuará por meio de reforço, ou seja, da ideia inicial desenvolvida no corpo do texto. Mais uma vez, cuidado para não ficar repetitivo. Como falamos de uma solução para o que foi apresentado, a relação entre os dois pode ser feita no final da de tudo, após a síntese do original.

3. Basear a conclusão na proposta de intervenção social

A sua conclusão pode, ainda, girar apenas em torno das soluções para os problemas que foram abordados ao longo de todo trabalho dissertativo. No entanto, lembre-se que essas soluções precisam ser viáveis! Esta não é uma obrigação para provas de vestibulares que não sejam o Enem, mas pode ser uma boa opção para qualquer que seja o seu texto argumentativo-dissertativo.

4. Interrogar ou apresentar algo novo

A intenção pode ser levar quem lê a refletir criticamente acerca do que foi abordado. Para tal, você pode trazer algo novo durante o seu fechamento. Outra alternativa que segue a mesma linha é a possibilidade de aparecerem questionamentos que façam com que haja reflexão sobre o ponto.

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Para o que serve a redação descritiva?

Bem, como já dissemos acima, a redação descritiva tem por principal meta descrever um determinado objeto. Esse gênero textual é amplamente utilizado no cotidiano e em diversas situações sociais. Exemplos desse texto são as reportagens, as biografias, as listas de compras, os relatos históricos ou sobre viagens, os anúncios de classificados e os currículos. Também por esse motivo, esse gênero é abordado com frequência nas provas nacionais e em vestibulares diversos.

Lupa de ampliação
Descrever um objeto implica uma visão detalhista do mesmo. Fonte: Pexels.

Ao ouvir falar em texto descritivo, a impressão que dá é que se trata de uma única modalidade, como se toda descrição representasse a mesma coisa. É claro que esse modelo de roteiro que passamos pode se aplicar a todo texto desse grupo, mas existem algumas particularidades, que muitas vezes representam variações, as quais não podemos deixar de levar em conta. Entenda que nem todo descritivo é igual. O que queremos dizer é que, quando falamos em trabalhos do gênero descritivo, existem duas categorias, ou dois pontos de vista: o objetivo e o subjetivo.

Descritivo objetivo

Consiste em descrever de forma concreta. É a realidade "nua e crua", sem a interferência das emoções e sentimentos de quem descreve. É muito mais técnico do que poético, visto que não usa metáforas ou outros recursos. No entanto, não estamos falando em frieza: trata-se de algo intencional, já que não dá margem a diferentes conclusões a partir do fato descrito. Esse modelo é muito comum em notícias, dicionários, manuais de instruções, contratos de locação de imóvel e artigos científicos. Deve, portanto, usar uma comunicação o mais clara possível.

Trata-se de um modelo muito comum durante o Realismo, movimento literário que se opunha ao Romantismo, basicamente pelo seu compromisso com a verdade dos fatos, sem interferências ou sentimentalismos. A primeira pessoa normalmente não é usada no discurso, pois isso pareceria uma abertura de um ponto de vista, prática contrária ao conceito central da objetividade

No texto descritivo objetivo, como o próprio nome já o diz, a principal intenção é mostrar os aspectos do objeto de modo direto e preciso, com o cuidado de evitar opiniões pessoais ou quaisquer outros recursos que possam dar margem a uma dupla interpretação ou sentido.

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Descritivo subjetivo

Muito comum em obras literárias, utiliza a forma conotativa e figuras de linguagem, como a metáfora. O observador interfere diretamente no que é descrito, permitindo diferentes interpretações. Um bom exemplo é o texto "A margem do Rio", de Guimarães Rosa, no qual ele fala do pai, em uma sentença totalmente adjetivada, na qual estão implícitas suas impressões pessoais. Não se trata de uma verdade absoluta, mas de uma realidade pelos olhos do interlocutor.

As opiniões e sentimentos do autor interferem diretamente no resultado da obra e, portanto, trata-se de uma modalidade muito comum durante o Romantismo, movimento literário que idealizava o poeta sendo a figura central. Ele vivia em seu universo egocêntrico, experimentando tanto a exaltação quanto a frustração. O uso da primeira pessoa é muito comum nesse modelo. No contexto informal do cotidiano, costumamos utilizá-la muito. Um bom exemplo é descrever o seu prato favorito, feita a partir da sensação que ele traz pelo sabor, conceitos totalmente subjetivos.

O texto subjetivo inclui uma forma mais pessoal, e no seu desenvolvimento pode-se empregar todos os recursos pessoais tal qual opiniões, expressão de sentimentos e emoções. Importante destacar aqui que é perfeitamente permitido expressar parcialidade e subjetividade na sua descrição, pois aí está a força e a característica principal desse modelo.

Moça lendo jornal
A descrição cria uma cena na cabeça de quem lê. Fonte: Pexels.

Confira um exemplo da modalidade subjetiva:

“Ficara sentada à mesa a ler o Diário de Notícias, no seu roupão de manhã de fazenda preta, bordado a sutache, com largos botões de madrepérola; o cabelo louro um pouco desmanchado, com um tom seco do calor do travesseiro, enrolava-se, torcido no alto da cabeça pequenina, de perfil bonito; a sua pele tinha a brancura tenra e láctea das louras; com o cotovelo encostado à mesa acariciava a orelha, e, no movimento lento e suave dos seus dedos, dois anéis de rubis miudinhos davam cintilações escarlates.” (O Primo Basílio, Eça de Queiroz)

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É possível redigir um texto puramente descritivo?

Um descritivo pode trazer alguns itens do modelo narrativo ou argumentativo e, ainda assim, ser classificado por descritivo. Isso se dá pela predominância de aspectos e pela intenção do autor. Se você estiver com dúvida na hora de redigir, é fundamental pensar nos itens principais que compõem esse tipo. Primeiramente, há um objeto ou fato do qual você vai falar com todos os detalhes possíveis. Esse será o enfoque principal do seu trabalho.

Caso a intenção seja objetiva, basta ser mais direto, apenas relatando cada detalhe. Na subjetiva, use figuras de linguagem, e tente descrever, na verdade, a sua impressão sobre o fato ou objeto em questão. Verbos de ligação estão presentes praticamente em todas as obras que se classificam dessa forma. Uma estratégia que ajuda muito na hora de redigir é pensar que você deve levar que quem lê a visualizar o que você está descrevendo. Ele deve construir a pessoa, objeto ou fato em sua cabeça. Ao alcançar essa meta, teremos a certeza de tratar-se de um descritivo.

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Diferenças entre descritivo e narrativo

Estão aí duas modalidades que costumam nos confundir, afinal uma narração consiste em uma sequência de fatos, enquanto descrever é fazer um detalhamento de itens. Como dissemos, nenhum texto é puramente descritivo ou puramente narrativo. Há elementos de um no outro. Entretanto, é válido ficar atento a esses detalhes para não acabar errando na predominância. Se quiser descrever, é importante dar detalhes de pessoas, objetos, acontecimentos. Usar adjetivos é uma boa forma de conseguir transmitir isso às pessoas.

Já uma narração funciona em sequência. Se quem lê consegue imaginar uma estória contínua, sem cortes, trata-se de uma narração. Normalmente, ela acontece em ordem cronológica. Nesse caso, basta lembrar de cada etapa dos acontecimentos e colocá-las no papel, tentando não exagerar em detalhes para não recair no descritivo. Da mesma forma, quem descreve precisa ter o cuidado com as sequências diretas que caracterizariam mais uma narração.

Dicas para se dar bem nos textos descritivos

livros em uma mesa com uma taça de cha e flores
Preparar-se para uma boa redação no vestibular não tem nada de romântico! Fonte: Pexels

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Confira algumas dicas finais para arrasar no seu texto descritivo!

Cuidado com o tipo de texto

Se a ideia é descrever, escolha algo que você conhece bem. Evite histórias ou fatos, uma vez que você pode recair na narração. Pense em um item e comece a falar dele com adjetivos. Dar instruções em um manual é o exemplo mais claro que temos de descrição objetiva. É nesse tipo de modelo que você precisa se basear para não errar. Lembre-se de que o seu trabalho pode até ter algumas características da narração ou dissertação, mas o descritivo deve predominar.

Procure fazer sentido

Para que o texto alcance o propósito de transmitir o conteúdo que se deseja de maneira clara e compreensível, é fundamental que ele tenha coesão e coerência, independentemente do tipo utilizado. Por isso, é imprescindível que o leitor tenha o máximo de informações possíveis sobre o objeto descrito e não somente uma simples lista de características. Ou seja, quem vai descrever deve esgotar o objeto, mas manter a coerência.

Um dos segredos da coesão é o uso apropriado das palavras (substantivos, adjetivos, locuções), que é fundamental para que haja uma conexão entre as diferentes partes do texto (introdução, desenvolvimento, conclusão - e até mesmo entre as frases). Evite repetições e empregue sinônimos! Outro ponto importante é manter a lógica das ideias apresentadas. Por isso, lembre-se de evitar contradições, redundâncias e busque sempre manter a clareza. A intenção principal é que quem lê compreenda todos os pontos e não fique em dúvida sobre seu conteúdo.

De olho no vestibular

Em geral, provas oficiais exigem conhecimento de textos do tipo dissertativo; no entanto, a descrição pode sim ser cobrada. Dessa maneira, é fundamental identificar com clareza as características presentes nesse texto e sobretudo praticar muito! E só existe um jeito de se preparar para descrever em uma prova dessas: praticar! Se você está fazendo cursinho, provavelmente está praticando todo tipo de texto, uma vez que nunca se sabe o que será cobrado no exame.

Mulher dormindo sobre livros
Estudar pode ser exaustivo mas valerá a pena. Fonte: Pexels.

No Ensino Médio, normalmente as escolas fracionam suas aulas de português: elas se subdividem em duas ou três matérias: língua portuguesa, literatura e produção de redações. Nessa terceira, você pratica para o vestibular. Se escolher uma profissão na qual precisa redigir, esse aprendizado vai servir para a vida profissional. Ou para prestar um concurso público. Para quem sente que não aproveitou bem essa oportunidade na escola, há os professores particulares que podem dar uma ajuda com a produção de redações. Basta dizer qual é a sua intenção e alinhar com ele um plano de aulas.

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Desenvolva o hábito de ler

Quem costuma ler, escreve melhor. A leitura amplia o seu vocabulário e abre horizontes para novas ideias e possibilidades. Se não se sentir animado, comece escolhendo algo que lhe interessa. Por que você vai tentar ler sobre física quântica se a sua paixão é a música, por exemplo? E aí não adianta vir com a desculpa de que não consegue gostar da leitura. Trata-se de um verdadeiro exercício, do qual o maior beneficiário é o seu cérebro.

Ler sobre algo que lhe interessa ajuda você a se motivar e ainda manter-se bem informado sobre um tópico relevante em sua vida. Isso fará a diferença até mesmo em uma conversa entre amigos na qual o tópico surgir. E as suas redações no vestibular ou concurso público (ou mesmo em um processo seletivo de empresa privada) terão tudo para ser um sucesso. Quanto mais conhecimentos gerais, melhor você será na escrita, já que ela demanda conhecimentos técnicos ou clínicos, vocabulário ampliado e habilidades de conjugação verbal. Mas não pense que é necessário ser um expert em português: todos nós temos a capacidade de desenvolver bons trabalhos a partir da dedicação aos estudos.

Uma última boa dica para se dar bem nos itens descritivos é prestar atenção na recorrência de adjetivos. Já que eles têm papel crucial na caracterização das descrições, o maior risco é de serem empregados em excesso e, com isso, o texto se tornar cansativo e de difícil leitura. Por outro lado, a escassez pode deixar lacunas que nem sempre o leitor é capaz de preencher somente com a sua percepção. Consegue compreender a responsabilidade que é descrever algo?

Entretanto, perceber que o leitor se emociona com o que você escreve é uma das melhores sensações do mundo. Não há nada mais gratificante e motivador! Pois bem, pronto para fazer sua descrição perfeita?

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Fernanda

Fernanda

Socióloga e mestre em Letras Modernas pela Sorbonne. Entre França e Brasil, trabalho com jornalismo e projetos socioeducativos há 20 anos. Apaixonada por música, cinema e yoga. Acredito na cultura e na educação como pilares de transformação da sociedade.