O piano é um instrumento musical considerado de percussão e de corda percutida que muitos brasileiros decidem aprender a tocar todos os anos, seja por prazer, porque querem se dedicar profissionalmente ao piano ou por vários outros motivos.
É claro que aprender piano não é algo que se faz da noite para o dia, mas exige esforço, dedicação e tempo. Em média, aprender piano leva anos, embora qualquer idade seja uma boa idade para começar a aprender. Para progredir no piano é importante o aprendizado ser abordado de forma abrangente e incorporando vários aspectos.
Se você já possui algum conhecimento, pode ter interesse em continuar avançando no aprendizado do piano, portanto, este artigo abordará algumas técnicas e conceitos avançados que podem ser do seu interesse.
Quer sair do básico? Então fique por dentro desses aspectos técnicos que você vai precisar dominar para se tornar um grande pianista.
Pedais de piano: como são usados e para que servem?
Se você já teve algum contato com o piano, deve ter notado que, além das 88 teclas que compõem o teclado, você também encontrará pedais (geralmente três) na parte inferior e que eles estão dispostos de forma que serão operados com os pés (tanto o direito, como o esquerdo).
Pelo contrário, se ainda não ouviu falar sobre os pedais do piano, saiba que são uma parte fundamental do instrumento, pois permitem aos pianistas mais avançados aumentar e modular o som, criando efeitos musicais ou combinando determinadas dinâmicas.

Que tipo de piano você tem? Se você tiver um piano vertical ou de cauda, seu piano terá três pedais (os modelos mais antigos tinham dois). Porém, se você possui um teclado digital, deve saber que estes não estão equipados com pedal, não da forma tradicional a ser acionado com os pés.
Veja como ter aula de piano BH.
Que tipos de pedais existem?
Piano de cauda
- Unicordio, una corda ou celeste (pedal esquerdo - operado com o pé esquerdo)
- Sostenuto , tonal ou central (pedal central - acionado com o pé direito)
- Pedal de sustentação (pedal direito - operado com o pé direito)
Piano de parede ou vertical
- Pedal de aproximação (pedal esquerdo - operado com o pé esquerdo)
- Damper (pedal central - operado com o pé direito)
- Pedal de sustentação (pedal direito - operado com o pé direito)
Os diferentes tipos de pedais, bem como o seu funcionamento, irão ativar diferentes mecanismos cujos resultados irão variar em diferentes pianos, exceto no caso do pedal de sustentação, cujo funcionamento é o mesmo. Seu objetivo é que ao ser ativado, a nota continue soando mesmo que uma tonalidade tenha sido parada, o que proporciona um grande número de harmônicos de outras cordas que vibram por simpatia, aumentando assim o volume e misturando notas, acordes e harmonias.
Uma boa pedalada permitirá fornecer certas nuances que só podem ser alcançadas com a ação dos pedais; porém, para isso será necessária uma grande coordenação entre teclas e pedais, o que só será possível com prática e tempo.
Alguns exercícios avançados de Hanon para piano
Charles-Louis Hanon (1819-1900) foi um compositor e pedagogo de piano francês, cuja obra mais conhecida é O Pianista Virtuoso em 60 Exercícios, obra que se tornou um método de aprendizagem para muitos estudantes de piano.
Esta série de 60 exercícios de Hanon está dividida em três seções com base na dificuldade progressiva e é usada principalmente para dominar os dedos durante os primeiros anos de aprendizagem:
- Primeira divisão: exercícios 1 a 20 (“exercícios preparatórios”) - nível iniciante.
- Segunda divisão: exercícios 21-43 (“outros exercícios para o desenvolvimento de uma técnica virtuosa”) - nível intermediário.
- Terceira divisão: exercícios 44-60 (“exercícios de virtuosismo para dominar as maiores dificuldades técnicas”) - nível avançado.
O seu objetivo não é outro senão ganhar força e velocidade nos dedos, bem como independência nas mãos, embora esta seja uma questão muito controversa, uma vez que alguns críticos deste método afirmam que não é possível alcançar um conhecimento pleno do instrumento seguindo o método Hanon.
Apesar disso, seus exercícios ainda são muito utilizados ainda nos dias atuais. Dito isto, os exercícios procuram resolver alguns problemas muito típicos no início da aprendizagem do piano: dominar o dedo mínimo, fortalecer o quarto e quinto dedos...
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É possível encontrar vários vídeos no YouTube ensinando os exercícios de Hanon, desde os mais básicos até os mais avançados, de forma que você consiga se tornar o Pianista virtuoso.
Os exercícios devem ser realizados separadamente até que sejam executados corretamente e depois proceder à sua execução consecutiva, aumentando assim a resistência uma vez que os exercícios são executados em grupos consecutivos.
A título de recomendação, o método Hanon pode ser tomado como complemento ao seu treinamento de piano através de um método mais completo.
A técnica da polirritmia no piano
Se olharmos para a etimologia da palavra “polirritmo”, descobriremos que o termo se refere à possibilidade de tocar muitos ritmos ao mesmo tempo (“poli”, muitos, e “ritmo”, “rítmos”). Esse termo está se tornando cada vez mais presente no mundo musical, embora os músicos iniciantes tenham dificuldade em identificá-la. Porém, é tudo uma questão de prática.

Com muita prática nas suas aulas de piano você será capaz de tocar com as duas mãos dois ritmos, ou seja, executar músicas com polirritmia.
A polirritmia remonta à África, onde constitui uma parte fundamental da sua cultura e herança musical; na verdade, aprendem-na como se fosse uma forma de comunicação e expressão.
Que tipos de polirritmos existem? Abaixo, analisamos os mais comuns:
- A Hemiola ou a polirritmia 3:2 - também pode ser chamado de 2:3 e nessa polirritmia são tocadas 3 notas em uma tercina contra 2 notas em uma dupla. Cada par de notas é sincronizado na batida 1. É a mais comum de todas.
- A polirritmia 3:4 ou 4 contra 3 - esta polirritmia é composta por um trio de colcheias e semicolcheias.
- A polirritmia 4:5 ou 5 contra 4 - dos três polirritmos, é o menos comum e consiste em quatro semicolcheias em contraste com um quinteto de semicolcheias.
A técnica da polirritmia permite adicionar profundidade e emoção a uma peça musical. Além do mais, sem ele uma música pode parecer incompleta.
Ao começar na polirritmia , você pode seguir as dicas a seguir para não jogar a toalha na primeira oportunidade:
- Comece com pequenas peças que você pode incorporar aos poucos em sua música.
- Tente encontrar o ritmo fora do piano e depois transfira-o. Para fazer isso, use as mãos para bater as batidas na mesa ou na tampa do piano.
- Use um metrônomo para marcar os tempos.
- Pratique com cada mão separadamente.
Use uma tonalidade vocal e atribua-a a um conjunto de polirrítmos simples para facilitar a contagem e marcação dos ritmos.
A técnica de acordes aumentados no piano
Um acorde é um conjunto de duas ou mais notas diferentes que constituem uma unidade harmônica. Supõe-se que um acorde do sistema tonal consiste em três a sete notas, que não precisam pertencer à mesma oitava. Além disso, cada tipo de acorde pode apresentar qualquer uma das notas musicais como um tom, de forma que esse tom seja aquele que determina a tonalidade e marca a referência para seus intervalos. Esses termos podem parecer estranhos para um leigo, mas se você é um aluno de piano certamente está por dentro do assunto.
Existem diferentes tipos de acordes básicos: acordes maiores, acordes menores, acordes aumentados e acordes diminutos. Acordes aumentados referem-se às tríades típicas de acordes, mas às quais adicionamos outro tom, daí o uso dos termos "aumentado" ou "estendido" ou ainda "alargado".
São mais complexos, pois permitem introduzir tensão e profundidade sonora, por isso estão associados à banda sonora.
Quais são os acordes aumentados mais comuns?
Acordes de sétima
Acordes de nona
Acordes de décima terceira
Ao construir um acorde aumentado, você deve começar a partir de um acorde, para isso empilhe uma tríade em uma nota. Lembre-se de que a relação entre esses intervalos e a tônica é o que determinará a qualidade do seu acorde. O número de extensões é o que se refere à distância da nota em relação à nota fundamental da escala.

Conhecer acordes aumentados permitirá decifrar composições musicais, prever padrões e compreender o contexto emocional transmitido por vários acordes, ampliar seu repertório e tocar diferentes gêneros, ter maior facilidade em improvisar e compor ou aumentar sua autoconfiança por ter progredido em suas habilidades de piano.
Como vimos, são conceitos e técnicas avançadas que já requerem algum conhecimento do instrumento, mas não precisam ser impossíveis de dominar. Na verdade, com prática e dedicação adequadas, você pode alcançar tudo o que se propõe a fazer, não sendo diferente quando falamos de aprender a tocar piano.
Além disso, você sempre pode contar com o apoio de um professor particular como os que você encontra aqui na Superprof e que está disposto a te ajudar em tudo que você precisa para progredir no piano.
Pronto para começar a praticar os exercícios de Hanon, utilizar os pedais do seu piano, executar a polirritimia ou acordes aumentados ainda hoje?