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Você adora degustar os mais diferentes pratos e receitas típicos brasileiros.... E gostaria de começar a fazer suas próprias experiências na cozinha?
Pois bem, você está no lugar certo! Especialidades regionais, doces típicos, história da culinária, curiosidades... Nesse artigo você encontra tudo o que sempre quis saber para poder um dia se tornar um grande chef!
Boa degustação!
História da culinária brasileira

Hoje, podemos dizer que a culinária brasileira é resultado de uma grande miscigenação. Vamos conhecer um pouco de cada influência?
Os ingredientes da alimentação básica dos índios era a macaxeira (mandioca, ou aipim), milho, raízes, algumas folhas e frutos de palmeiras como: palmito, cocos, carnes de caças, peixes, castanhas e frutos silvestres.
Outro ponto importante: a caça era uma das principais fontes de alimento para o indígena. Porco-do-mato, paca, veado, macaco, javali, capivara, cotia, tatu, gato-do-mato e anta faziam parte da sua dieta.
Além desses, existe ainda uma grande variedade de biscoitos, bolos, bolinhos, broas, farofas, mingaus, pudins, purê, roscas, sequilhos e molhos, entre eles o tucupi e o quinhapira.
Como vimos, a gastronomia brasileira já possuía suas particularidades antes da chegada dos europeus no continente. Porém, foi no século XVI, quando chegaram os primeiros europeus, que se iniciou o choque de culturas e de costumes gastronômicos. Os portugueses, acostumados com comidas que deveriam durar uma travessia do Atlântico, apresentaram aos nativos comidas como as carnes secas, o toucinho, a cerveja, e os peixes salgados.
A batata, a farinha de trigo, os tomates e os molhos de tomate estavam presentes durante toda a colonização, mas ficaram ainda mais na virada do século 20, com a chegada dos imigrantes italianos.
Em troca dessas novas iguarias, os europeus conheceram os alimentos cultivados pelos indígenas, como a mandioca, o milho, diversos tipos de peixes, verduras, legumes e frutas.
Posteriormente, dos imigrantes chegados ao Brasil do século XIX ao início do século XX, como alemães, italianos, espanhóis, sírio-libaneses, japoneses, foram os alemães e italianos que deixam maiores influências na culinária nacional.
Por fim, nosso cardápio tem forte influência negra: os temperos, o preparo e o ritual que para as religiões afro-brasileiras passa pelo alimento destinado a cada orixá.
O escravo era apresentado aos gêneros brasileiros antes mesmo de deixar a África, recebendo uma ração de feijão, milho, aipim, farinha de mandioca e peixes para a travessia. A base da alimentação escrava não variava de acordo com a função que fosse exercer, quer fosse nos engenhos, nas minas ou na venda. Essa base era a farinha de mandioca. Ela variava mais em função de seu trabalho ser urbano ou rural e de seu proprietário ser rico ou pobre. A alimentação dos escravos nas propriedades ricas incluía canjica, feijão-preto, toucinho, carne-seca, laranjas, bananas, farinha de mandioca e o que conseguisse pescar e caçar; nas pobres era de farinha, laranjas e bananas. Nas cidades, a venda de alguns pratos poderia melhorar a alimentação do escravo através dos recursos extras conseguidos. Os temperos usados eram o açafrão, o óleo de dendê e o leite de coco. Este último tem sua origem nas Índias e seria usado na costa leste da África já no século XVI, sendo trazido para o Brasil aonde é utilizado para regar peixes, mariscos, o arroz-de-coco, o cuscuz, o mungunzá e ainda diversos outras iguarias.
Os 10 pratos mais emblemáticos do Brasil

Você conhece a história e as particularidades dos pratos mais típicos do Brasil?
Destacamos aqui três receitas clássicas para sua degustação!
A famosa salada de bacalhau!
O hábito do bacalhau nos dias de jejum veio para o Brasil com os portugueses. Ao longo dos anos, porém, o rigor do calendário de jejum católico se perdeu, mas nas datas mais expressivas da religião – Natal (Nascimento de Cristo) e Páscoa (Ressurreição de Cristo) – o hábito de comer bacalhau ainda persiste.
São nessas datas que a salada de bacalhau é bastante apreciada. Confira uma receita típica:
Ingredientes
Bacalhau
- 1,2kg de bacalhau após dessalgar e grelhar
- 50ml de azeite extravirgem
- 3 dentes de alho
- Pimenta do reino moída a gosto
Guarnição
- 150g de cebola picada
- 200g de pimentões assados em tiras ou cubos
- 1 colher de azeite extravirgem
- 30ml de vinagre de vinho tinto
- Sal e pimenta do reino a gosto
Modo de preparo
Bacalhau: Numa panela, coloque o azeite, a pimenta e o alho. Aqueça em fogo brando, sem deixar queimar o alho. Envolva o bacalhau lascado, sem pele e sem espinhas no preparado. Reserve.
Guarnição: Coloque a cebola e os pimentões para marinar numa mistura de azeite e vinagre durante 30 minutos. Coloque o bacalhau numa travessa, junte a marinada de cebola e pimentões, adicione os temperos e polvilhe com folhas de hortelã.
Pato no tucupi
Pato no tucupi é um prato brasileiro típico da culinária paraense. É elaborado com tucupi, líquido de cor amarela extraído da raiz da mandioca brava, e com jambu, erva típica da região norte. Pode ser acompanhado por arroz branco ou farinha-d'água de mandioca. O tucupi e o jambu também estão presentes em outra iguaria amazônica à base de camarão chamada tacacá.
Confira uma receita clássica deste prato, pelo portal Tudo Gostoso:
Ingredientes
- 1 pato de 3 kg
- 3 litro de tucupi
- 5 maços de jambu
- 10 dentes de alho
- 2 cebola
- 1 maço de chicória do Pará
- sal a gosto
- 2 tomates
- 2 limão
- 1 pitada de pimenta do reino
- 1 colhe de manteiga
- 2 colheres de azeite
- pimenta de cheiro
Modo de preparo
O pato:
- Limpe o pato e o lave com algumas folhas de chicória e limão.
- Deixe-o de véspera na vinha d'alho com alho, sal e pimenta-do-reino.
- Corte-o em pedaços e refoge-o com cebola, alho, tomate bem picados, com a manteiga e o azeite.
- Asse-o de panela para amolecer e depois asse-o de forno até dourar.
O tucupi:
- Ferver o tucupi com sal, dentes de alhos inteiros apenas amaçados, a chicória.
O jambu:
- Lave-o bem , retire as flores, quando houver, afervente-o em aguá e sal até amolecer, escorra e coloque-o no tucupi.
Molho de pimenta:
- Coloque um pouco do tucupi quente em uma molheira, acrescente a pimenta de cheiro levemente amassada.
- Quando o pato estiver macio e tostado, junte-o ao tucupi com o jambu e quando ferver estará pronto. Siva-o com farinha de mandioca paraense e arroz branco.
Feijão tropeiro
O feijão tropeiro é um prato típico das culinárias paulista, mineira e goiana. O nome do prato faz alusão à atividade comercial que surgiu a partir do século XVII que visava a integração principalmente de povoados das regiões Sudeste e Centro-Oeste do Brasil. É composto de feijão misturado à farinha de mandioca, torresmo, linguiça, ovos, alho, cebola e outros temperos.
Confira uma receita desse clássico:
- 150 g de bacon picadinho
- 250 g de linguiça calabresa picadinha
- 1 xícara (café) de azeite
- 2 cebolas picadinhas
- 6 dentes de alho amassados
- 500 g de feijão cozido e escorrido
- 1 cubo de caldo de bacon
- 4 ovos fritos inteiros e picadinhos
- cheiro-verde a gosto
- 1 e 1/2 colher de farinha de mandioca crua
- sal e pimenta a gosto
- Coloque o azeite em uma panela e frite o bacon e a linguiça separadamente, depois reserve.
- Na mesma panela, frite a cebola e o alho, junte o feijão escorrido e o caldo de bacon.
- Junte novamente o bacon e a linguiça, acrescente a farinha de mandioca e os ovos fritos picadinhos.
- Acrescente bastante cheiro-verde.
- Acerte o sal e a pimenta e está pronto para servir.
Sites de receitas brasileiras
O site de curso de confeitaria online e também de culinária de modo geral "Eduk" oferece aulas gratuitas para completos iniciantes na cozinha. Através de vídeos e materiais didáticos que podem ser baixados, o aluno pode assistir às aulas quantas vezes quiser gratuitamente durante 7 dias. O material disponibilizado para download também deve ser processado dentro deste tempo.
As aulas são dadas pelo chef Fabiano Bueno, graduado e pós-graduado em gastronomia, com mais de 20 anos de experiência na área.
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- Risoto italiano: técnicas e receitas;
- Técnicas e receitas com microondas;
- Técnicas e práticas de congelamento;
- Cozinha italiana 1 e 2;
- Cozinhando em até 20 minutos, etc.
Já no portal do SENAC é possível aprender diferentes conceitos, estilos e técnicas para enriquecer o repertório gastronômico e ampliar as possibilidades de atuação no setor. Com os cursos a distância, você tem acesso à formação profissional de qualidade e fica sempre alinhado às últimas tendências e demandas do mercado de trabalho.
Confira alguns dos muitos cursos disponíveis:
- Aproveitamento Integral de Alimentos
- Práticas para Serviços de Alimentação e Distribuição
- Brigadeiro Gourmet
- Comida de Botequim
- Cozinha Árabe
- Cozinha Brasileira
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- Cozinha Internacional
- Cozinha Italiana
- Cozinha Japonesa
- Cozinha Vegetariana
- Culinária Light e Diet
- Culinária Trivial
Além dessas duas dicas, confira outros cursos de qualidade disponíveis online:
- escoladegastronomia.uol.com.br
- escoladeconfeitaria.com.br
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As sobremesas típicas do Brasil

A culinária brasileira pode ser conhecida pelas refeições salgadas como feijoada, churrasco e vatapá, mas os doces do Brasil certamente ocupam um lugar de destaque no paladar nacional e internacional.
Vamos conferir alguns dos mais famosos?
O brigadeiro
A origem do nome "brigadeiro" é ligada à campanha presidencial do Brigadeiro Eduardo Gomes, candidato da UDN à Presidência da República em 1946.
Heloísa Nabuco de Oliveira, membro de tradicional família carioca que apoiava a candidatura do brigadeiro, criou um tipo de doce, ligeiramente diferente da versão atual sendo feito com leite, ovos, manteiga, açúcar e chocolate, e o denominou com a patente do candidato preferido. A guloseima, feita de leite condensado, manteiga, açúcar e chocolate em pó, inicialmente feita como uma forma de arrecadar fundos para a campanha, rapidamente ganhou popularidade e se espalhou pelo resto do país junto da campanha do Brigadeiro. Como as festas dos correligionários e cabos eleitorais eram muito disputadas pela população, estes logo começaram a chamar os amigos para irem comer o "docinho do brigadeiro". Com o tempo, o nome "brigadeiro" se tornou tão associado ao doce que o mesmo passou a ser conhecido apenas como "brigadeiro". Apesar do apoio recebido, Eduardo Gomes foi derrotado nas eleições, tendo a eleição sido vencida pelo então general Eurico Gaspar Dutra.
A receita tradicional do brigadeiro inclui leite condensado, chocolate em pó, manteiga e chocolate granulado para a cobertura. No entanto, hoje existem centenas de variações desse doce, de exóticas a clássicas - mas todas saborosas e apreciadas no mundo inteiro!
O quindim
De forte influência portuguesa, o quindim é outro clássico da confeitaria nacional. Variação do doce português brisa-do-Lis, a versão brasileira ganhou um novo ingrediente - o coco ralado - no lugar da tradicional amêndoa. Normalmente, o doce pode ser preparado em formas pequenas como as de empadinhas ou em formas grandes de pudim. Clássico presente em festas infantis, familiares e padarias, o quindim caiu no gosto popular. Confira uma receita típica:
- 10 gemas de ovo
- 50 g de coco ralado
- 1 vidro pequeno de leite de coco
- 200 g de açúcar
- manteiga e açúcar para untar
- Separe as claras das gemas.
- Unte com manteiga e açúcar uma forma com buraco no meio ou forminhas individuais.
- Na tigela em que estão as gemas, junte o açúcar, o leite de coco e o coco ralado e misture delicadamente. É importante não misturar muito.
- Coloque a mistura dentro da forma e leve ao forno preaquecido a 110°C por aproximadamente 50 minutos.
- Para saber se o quindim está pronto, verifique se a parte de cima está corada e espete um palito dentro para ver se sai seco.
- Quando o quindim estiver pronto, retire do forno e deixe ficar morno.
- Coloque um prato por cima da forma e vire delicadamente para o quindim cair sobre o prato.
Pudim de Leite
Não há quem não aprecie essa receita clássica e simples. Mas para além do sabor, a história do pudim é muito curiosa! Segundo o portal Aventuras na História:
O termo português "pudim" deriva do inglês pudding,que, por sua vez, vem do francês boudin, do latim botellus, "linguiça/salsicha". Ainda hoje, black pudding e boudin noir querem dizer chouriço, a linguiça de sangue.
O pudim mudou de salsicha para doce na Grã-Bretanha. Vários pratos eram preparados em banho-maria, envolvidos por uma capa de tripas, tecido ou qualquer outro material. O haggis, o prato nacional da Escócia, é descrito como um pudim de vísceras de carneiro e farinha de aveia, cozidas num bucho de carneiro. Com o tempo, os britânicos começaram a chamar qualquer coisa feita de banho-maria, sem contato com água, de pudding. E aí entram coisas como chrismas pudding, um bolo úmido cozido num saco de tecido.
A palavra chegou a Portugal pelas inúmeras trocas entre marinheiros de países aliados, e passou a designar só pratos doces. As receitas originais, na melhor tradição portuguesa, se baseiam em ovos e surgiram em conventos. No Brasil, com o leite condensado em lata caindo no gosto do público, a partir dos anos 1930, surgiu a versão mais típica hoje.
Gostou do artigo e das receitas mas não tem aptidão para realizá-las sozinho? Que tal fazer um curso de culinaria? Uma oportunidade de aprender com verdadeiros chefs!
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