A história e a cultura italiana fazem você sonhar? Isso é mais do normal que você pensa...
Da Antiguidade ao Império Romano ao Risorgimento, que fez da península italiana uma pátria unificada, esses muitos séculos viram diferentes gênios das belas artes se sucederem.
Vamos falar de obras-primas poéticas dos principais artistas italianos, ou seja, dos nomes mais destacados da história da arte do povo italiano.
Para não falar de outros que não citaremos aqui, tão brilhantes quanto como Piero della Francesca, um Giorgio Vasari ou um Lippi... São muitas assinaturas magníficas que se pode ver, por exemplo, no museu do Louvre em Paris, França.
Portanto, veja, a seguir, uma lista dos principais artistas italianos mais conhecidos do país e que inspiraram o mundo com as suas belas obras.
Dante Alighieri (1265-1321)
No final da Idade Média, esse famoso poeta teve uma profunda influência sobre a futura unidade italiana, que começou em Turim. Sua escrita permitiu que a Toscana (ou Florentina) conhecesse um novo crescimento, se estabelecesse, para se tornar no século XIX a língua oficial do governo italiano. Bem antes desse reconhecimento nacional, a língua italiana foi usada até na Sicília pelos notáveis! Era a língua cultural por excelência.
Dante Alighieri nasceu em Florença em 1265 e morreu em 1321 em Ravena (hoje na Emília-Romanha), onde se pode ver seu túmulo monumental. É uma das "três coroas" da Toscana e da cultura italiana.
Afastando-se do latim, como o de Petrarca e Boccaccio, a Divina Comédia está escrita em verso. Além da qualidade do texto, não se pode deixar de admirar a vasta erudição do autor, que se baseia em fontes antigas e nos informa dos eventos complexos de seu tempo: lutas entre o pontífice romano e o imperador, entre guelfos (para quem ele torce) e os gibelinos.
Um herdeiro vivo do romance cortês tão importante para a Idade Média, Dante (que quase escreveu na língua de oc) encontra uma heroína excepcional na pessoa de Beatrice. A literatura italiana contemporânea provavelmente não existiria sem essa glória literária da Idade Média.
Portanto, não é de surpreender que Matteo Renzi, atual presidente do Conselho de Ministros, tenha feito várias referências a ele em seus discursos: Dante permanece onipresente em cursos de história, curso de italiano, universitário... Há muitas ruas com o seu nome...
Leonardo da Vinci (1456-1519)
Esse espírito esplêndido ainda nos impressiona, e não por acaso. A riqueza de seu trabalho é devido ao seu lado eclético. Nascido em 15 de abril de 1456 na Toscana, morreu em 1519 em Amboise, quando foi levado para França três anos antes por Francisco I devido às guerras italianas.
É um extraordinário arquiteto do renascimento: a dupla escadaria com parafuso do castelo de Chambord no Vale do Loire na França foi inspirada em suas obras. Adicionando a isso uma visão científica particularmente visionária e trabalhos notáveis, você tem diante de você um homem que contribuiu para a Itália estar entre as nações mais florescentes.
Sua pintura está em tela ou diretamente na parede (A Última Ceia). Caracteriza-se por um realismo às vezes muito realista, como em seu retrato de Mona Lisa. No último caso, a simples sombra dos contornos da boca dá um efeito bem sucedido de incerteza quanto ao significado do sorriso do modelo... Originalidade que florescerá na arte moderna.
Leonardo Vinci afastou-se do método clássico de afresco para preferir a técnica de têmpera em que a gema de ovo permite consertar os pigmentos das cores. Nas fachadas, seu suporte favorito é o gesso.
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Michelangelo Buonarroti (1475-1564)
Após o surgimento da filosofia neoplatônica florentina e uma verdadeira renovação nas artes, Michelangelo é o paradigma do Renascimento italiano em seu auge, seu talento como escultor talvez incomparável.
Do seu verdadeiro sobrenome Ludovico Buonarroti Simoni, esse gigante da cultura italiana nasceu em 6 de março de 1475 no território da República Florentina. Ele morreu aos 88 anos nos Estados Pontifícios, em Roma, quando estamos em 1564, logo após o Concílio de Trento.
Fiel à tradição itálica, também é um "faz-tudo". Ele pinta em qualquer meio. Seu trabalho na Capela Sistina, na Colina do Vaticano, coroa sua carreira artística. Suas esculturas não são menos famosas: testemunha a sua Pietà de 1499, sempre visível na basílica de San-Pietro.
A Cidade Eterna teve grandes chefes no seu comando: Papas Júlio II, Clemente VII e Paulo III estão entre os seus principais patronos, bem como Lorenzo dei Medici, uma família dedicada a desempenhar um papel importante na história de Itália.
Suas obras se distinguem por uma nudez corporal muito realista - algumas de suas obras de arte de renome mundial também serão retocadas por Daniele da Volterra. Os movimentos e os corpos representados são quase hipnóticos, as telas coloridas e fascinantes.
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Ticiano Vecellio (1488-1576)
Sabe-se que o amor de Ticiano pelas artes surgiu logo na infância, e ainda na adolescência, foi para Veneza, onde estudou artes com primeiro com Gentile Bellini e, depois, com Giovanni Bellini.
Com obras marcadas pela sutileza e pelo uso da luz e áreas contrastantes, Ticiano pintou diversos retratos, paisagens e obras sacras. Os seus principais clientes eram pessoas ricas e poderosas que viviam em Veneza e instituições religiosas. Já algumas das suas principais obras-primas são:
Em relação aos retratos, as pinturas desse artista retratavam não somente as características físicas da pessoa pintada, mas como também as suas emoções e sentimentos, dando ênfase em suas expressões.
Às vezes, é obscurecido pelos outros artistas italianos famosos que optamos por apresentar. No entanto, a sua produção é considerável, qualitativamente e quantitativamente. Inclusive, Ludovico Dolce, comentarista e historiador da pintura italiana, disse sobre o seu compatriota:
Combinou a grandeza e o lado terrível de Michelangelo com a graça e elegância de Raphael e as cores próprias da natureza.
Ludovico Dolce
Nascido em torno de 1490, perto da aristocrática Veneza, no final do Quattrocento, ele faleceu em 27 de agosto de 1576 na capital da República Sereníssima, o que seria uma grande participação nas guerras entre Napoleão III e a Áustria, tão essencial para a unidade italiana.
O pintor veneziano deve muito a Giorgione, com quem ele tem uma longa colaboração. Ele é especialista em afrescos. O Correggio é uma de suas inspirações comuns, especialmente no que diz respeito à voluptuosidade da carne e o fundos em meia tonalidade.
Nossa estrela usa o processo de colorito, onde a pintura leva progressivamente corpo, camada por camada. Geralmente começamos a partir do fundo, escuro, para o mais importante, as cores mais claras e luminosas.
Essa liberdade artística é uma característica constante do humanismo e do Renascimento em que temas novos e às vezes mais ousados se multiplicam (Vênus ao espelho e Vênus de Urbino em 1538, o que teria inspirado diretamente Olympia de Manet, três séculos depois). A diversidade é enfatizada. Isso será abordado pelas artes visuais e arte contemporânea em geral.
Ele revisa prontamente temas antigos, por exemplo, emprestados de mitos romanos. As encomendas religiosas, é claro, são muito comuns. Ele também tentará um estilo pomposo, muito importante na história das belas artes.
Esse mago veneziano do pincel marca o distanciamento de uma era com todas as convenções pictóricas e morais do passado: a gente entra na modernidade das artes e dos costumes.
Uma curiosidade sobre Ticiano é a sua displicência no cumprimento de prazos para a entrega das obras solicitadas. A história conta que os seus clientes ficavam curiosos, mas, mesmo assim, tinham paciência, visto que era uma obra de um dos maiores pintores da época.
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Caravaggio (1571-1610)
Nascido em 29 de setembro de 1571 em Milão, morreu em 18 de julho de 1610 na Toscana enquanto estava indo para Roma. Terminando e completando o Renascimento, ele conheceu seu sucesso cem anos depois de Michelangelo.
Com Michelangelo Merisi, o realismo do Renascimento se volta para o naturalismo, que é extremamente poderoso e vigoroso. É o alicerce de um chiaroscuro que se inclina em direção ao tenebrismo, já ilustrado pelo Tintoretto.
Roberto Longhi, historiador especialista em arte italiana, situa esse artista na linha de diferentes pintores da Lombardia, especialista em contrastes. Esse contraste impressionante entre a obscuridade e a luminosidade torna-se um componente essencial da estética barroca, um verdadeiro produto da Contra-Reforma Católica e Tridentina.
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Caravaggio evoluiu em um ambiente espiritual marcado por exceções espirituais como São Carlos Borromeo e São Filipe Neri, fundador dos oratorianos. Esses vêm após uma longa série de almas sagradas, entre elas Francisco de Assis.
Tendo dificuldades com a justiça, ele foi forçado a se refugiar em toda a península italiana, passando por Nápoles e a Sicília, o que apenas enriqueceu seus horizontes e seus conhecimentos da cultura italiana. Sua influência no curso da história das artes na Itália é tal que foi possível falar de "caravagismo".
A expressão refere-se a uma escola de pintura que surgiu durante a primeira metade do século 17, um momento-chave na história da pintura. É inegável que os maiores pintores italianos estão ligados ao renascimento longo de vários séculos, um período glorioso e de múltiplas facetas.
Rafael Sanzio (1483-1520)
Rafael Sanzio foi apelidado de "Príncipe dos Pintores", visto que começou a sua carreira com pouca idade. Ele se apaixonou pela pintura ainda novo, pois o seu pai também era pintor. Porém, o pai da Rafael morreu quando ele era pequeno, deixando-o órfão aos 11 anos de idade.
Diante da situação, Rafael Sanzio foi para Úmbria, onde aprendeu técnicas de pintura com um pintor da Itália reconhecido na época, o Pietro Perugino. Assim, Rafael desenvolveu as suas habilidades artísticas, pintando com detalhes e de forma graciosa.
A primeira pintura de Rafael Sanzio que chamou a atenção do público foi "O Casamento da Virgem". Porém, ele se ainda mais tornou reconhecido e respeitado no mundo das artes italianas após a criação de "A Escola de Antenas".
Vale ressaltar que Rafael Sanzio teve uma vida breve, pois faleceu em 1520, com apenas 37 anos. Apesar da vida curta, Sanzio criou obras de arte magníficas, deixando o seu legado no meio artístico italiano, equiparando-se Botticelli e Donatello, que falaremos a seguir.
Dante Alighieri é um artista italiano famoso, sendo uma das nossas 15 personalidades históricas italianas.
Sandro Botticelli (1446-1510)
Com pinturas melancólicas, singelas e harmônicas, Botticelli conquistou o seu espaço no mundo artístico italiano. Ele iniciou a sua trajetória na pintura com pouca idade, sendo discípulo de Fra Filippo Lippi, um pintor renascentista conhecido na Itália, que vivia em Florença.
Inclusive, os métodos ensinados por Lippi são recorrentes nas obras de Botticelli, uma vez que as suas pinturas são repletas de perspectivas lineares e cores pálidas e técnicas da arte de Masaccio. Com tais habilidades, ele abriu o seu próprio ateliê de artes com apenas 25 anos.
Falando em obras artísticas, algumas pinturas bem conhecidas de Botticceli são:
- O Nascimento de Vênus;
- A Primavera;
- Adoração dos Magos.
Além disso, ele também auxiliou na pintura da Capela Sistina, junto à Michelangelo e Rafael Sanzio. Outra pintura de Botticelli foi o retrato da Divina Comédia, que ficou inacabado devido à sua morte em 1510. Posteriormente, tal obra foi encontrada e considerada uma das principais pinturas do Renascimento.
Infelizmente, Botticelli não teve um final de vida feliz, uma vez que morreu pobre e com baixa popularidade. Na época em que morreu, Michelangelo e Da Vinci apresentavam maior popularidade na área artística.
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Donatello (1386-1466)
Donato di Niccoló, mais conhecido como Donatello, nasceu em Florença. Com apenas 17 anos, ele desenvolveu o seu primeiro trabalho de escultura em mármore e, a partir disso, iniciou a sua carreira como escultor. Além disso, ele estudou na oficina de Lorenzo Ghiberti.
A arte de Donatello possuia características voltadas à delicadeza, proporcionalidade e harmonia. Porém, a diversidade também fazia parte das obras de Donato di Nicolló, uma vez que ele "passeava" pelo humanismo, classicismo, realismo e arte gótica. Inclusive, uma das técnicas artísticas mais usadas por esse escultor foi a "baixo relevo".
Donatello também usava diferentes "materiais" para a criação das suas esculturas, como madeira, bronze e mármore. Dessa forma, ele inovou a arte italiana com suas belas esculturas, as quais:
- Judite e Holofernes;
- Madonna col Bambino;
- Gattamelata;
- David (de Donatello);
- São Jorge.
Donatello deixou o seu legado para as artes da Itália, visto que, após a sua morte, se iniciou uma nova fase artística na criação de esculturas.
Giotto di Bondone (1266-1337)
Giotto di Bondone foi um dos precursores do Renascimento na Itália, e por isso é conhecido como o "pai do Renascimento". As suas obras se tornaram conhecidas pelos seus aspectos tridimensionais, realistas e naturalistas e pelos métodos revolucionários aplicados.
Ele também se destacou pela representação dos sentimentos e emoções das pessoas em suas obras, o que as tornavam mais realistas. Tal técnica foi utilizada por diversos pintores renascentistas posteriormente.
Uma das pinturas mais conhecidas de Giotto di Bondone é "A Lamentação" (1306). Além de pintor, ele também atuou como arquiteto, sendo o responsável pelo desenho de diversas construções, mas principalmente de capelas e igrejas.
Sofonisba Anguissola (1535-1625)
Agora vamos falar de artistas mulheres? Sofonisba Anguissola foi a primeira artista mulher da Itália a se popularizar, em todo o mundo, pelas suas criações artísticas. Inclusive, um dos seus grandes admiradores, que a respeitava bastante, foi Michelangelo.
De família nobre, seus pais sempre prezaram pelo desenvolvimento das suas habilidades artísticas. Assim, ela, inicialmente, foi pupila do artista Bernardino Campi e, anos depois, estudou artes em Veneza e Roma.
Sofonisba trabalhou como pintora do palácio do rei e as suas principais obras renascentistas foram de retratos, os quais "capturavam" os aspectos físicos da pessoa pintada e também as suas emoções. As suas principais pinturas foram:
- O Jogo de Xadrez;
- Retrato de Bianca Ponzoni Anguissola;
- Retrato de Felipe II de Espanha;
- Retrato de Família.
Vale ressaltar que Sofonisba teve uma carreira longa e reconhecida como pintora renascentista. Isso porque ela continuou pintando até a velhice e morreu somente aos 93 anos.
Extra: Carlo Carra (1881-1966)
Como citamos vários pintores e escultores clássicos, que tal falarmos de um artista mais recente, ou seja, dos artistas italianos atuais? Carlo Carra se destacou pelo uso de técnicas futuristas em suas obras. As suas pinturas são repletas de características que lembram, dinâmica e movimento, metafísica, tecnologia e modernidade.
Devido à sua importância para o movimento artístico futurista, ele se tornou um dos seus fundadores, junto a Luigi Russolo e Umberto Boccioni. Porém, é importante ressaltar que Carlo também se dedicou à criação de obras com estilo mais clássico. As suas principais pinturas são:
- O Funileiro;
- A Metrópole;
- A Estação Ferroviária.
Apesar dessa extensa lista de principais artistas italiano, podemos afirmar que os artistas italianos renascentistas de maior destaque foram Michelangelo Buonarroti, Leonardo da Vinci e Caravaggio, apesar da Itália ser um país conhecido pela sua grande quantidade de artistas renascimento.
Se esses grandes nomes marcaram tanto a história italiana quanto a das artes, como não podemos continuar nossa lista? Há muitos outros pintores famosos a serem nomeados, mas também compositores de música clássica, barroca ou de ópera (Clementi, Giuseppe Verdi, Puccini...) e os principais cineastas italianos (Visconti e alli.) e outros das artes visuais. E ainda precisamos falar sobre música italiana!
A civilização italiana, de ontem e hoje, é tão cheia de tesouros que precisa de toda uma biblioteca que falasse sobre ela! Além desses pintores, podemos também citar outros melhores artistas contemporâneos de outras áreas, como Laura Pausini e Andrea Bocelli.
Para completar o seu conhecimento sobre a cultura da Itália, descubra esses 5 filmes italianos para aprender a língua em todo o Brasil!
Esses artistas italianos famosos revolucionaram a arte no mundo! Então, gostou da nossa lista de artistas italianos e suas obras? Se curtiu, comente e compartilhe!
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O conhecimento torna o homem livre.
Ótimo. Parabéns . Em qual livro acharia uma lista e obras de todos os grandes artistas italianos de todas as artes?