O Império Romano deixou marcas no mundo, em forma de lei, de estrada, de língua e cultura. Mas o que realmente essa civilização antiga representou? Como funcionava esse sistema político e de que forma ele se tornou tão influente?
Em seu auge, chegou a dominar mais de cinco milhões de milhas quadradas, e cerca de sete milhões de pessoas. Se considerarmos que, à época, isso representava praticamente 21% da população mundial, chegaremos à conclusão de que estamos falando do segundo maior império do mundo - perdendo apenas para o Império Britânico (afinal, esse se estendia da Britânia, a oeste, até a Síria e a Arábia, a leste).
Aliás, foram os romanos que inventaram o termo "império", conforme o utilizamos agora. Isso porque ele deriva da palavra imperador, que significa comandante.
Curso de história: como e onde aconteceu o Império Romano?
Os imperadores romanos governaram no período de 27aC, a 395dC. Durante esse período, podemos considerar que o regime se divide em duas fases: Império Romano Oriental e Ocidental. Um século depois, o imperador do Ocidente foi deposto, e o império do Oriente tornou-se o que chamamos hoje de Império Bizantino.
Assim como você deve ter visto em suas aulas de história que acontece em todos os impérios, a fronteira do Império Romano oscilou e mudou à medida que governantes sucessivos ganhavam ou perdiam territórios nas batalhas. Ainda assim, essas fronteiras se expandiram até chegarem ao que é hoje o Irã e o Golfo Pérsico, ao leste, através da Ásia Menor e Europa, ao Sul de Danúbio. Também pela França, Espanha e o atual território da Inglaterra.
Houve ainda os territórios da costa norte da África, do moderno Egito, Tunísia, Argélia e Líbia. Na verdade, ele estava todo centrado em torno do Mediterrâneo.
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Aula de história: as origens do Império Romano
Roma foi fundada no ano 753aC, supostamente pelos irmãos Rômulo e Remo e se tornou república em 509aC, com o estabelecimento de um Senado na região. Isso resultou na liderança de magistrados, que debatiam coletivamente e tomavam decisões a respeito do governo e da sociedade romana. Expandindo continuamente suas fronteiras, não se estendeu para fora do que hoje é a Itália, até 300aC. Embora, à época, não houvesse oficialmente um império no local, alguns comportamentos já remetiam ao regime imperial.
Em 45aC, após sucesso na guerra, um certo Júlio César recebeu o título de ditador de Roma. Provavelmente seu professor de história já te falou sobre ele. No entanto, apenas um ano depois, ele foi assassinado e, devido à sua grande popularidade especialmente entre as classes mais baixas, houve uma revolta que resultou em guerra civil.
Após tal evento, Marc Anthony e Otaviano (filho adotivo de César) perseguiam os assassinos, mas acabaram se desentendendo, o que ocasionou uma guerra que terminou com a derrota de Marco Antônio, em 31aC. Consequentemente, Otaviano recebeu do Senado o título de "primeiro cidadão" - e tal fato teria marcado o início de Roma imperial.
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Otaviano ficou conhecido como Augusto e passou a dominar o Senado, que era até então a autoridade máxima de Roma. A dinastia de Augusto conduziu os romanos por um período de paz e prosperidade sem precedentes.
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Aula de história geral: a idade de ouro dos romanos
Dinastia júlio-claudiana
Otaviano, ou Augusto foi o primeiro imperador no que ficou conhecido como dinastia júlio-claudiana. Seu governo foi extremamente bem-sucedido na expansão do território governado pelo Império: ele conquistou partes do Egito, Tunísia, Líbia e Argélia, bem como a maior parte do norte do Mediterrâneo. Ele também trouxe o controle romano sobre a Península Ibérica, que hoje é a moderna Espanha e Portugal, e fez as pazes com o Império Parta no Irã para garantir estabilidade na fronteira oriental.
A dinastia júlio-claudiana compreende ainda Tibério, Calígula, Cláudio e o imperador Nero. Cláudio teria iniciado a conquista da Britânia, que continuou por meio de grandes expansões sob o reinado de Vespasiano e com a famosa muralha na fronteira com a Escócia, por Adriano.
A famosa personalidade de Nero governou durante o ano do Grande Incêndio de Roma (64dC). Seu suicídio, no entanto, levou a uma guerra civil conhecida como o Ano dos Quatro Imperadores, em 69dC. Era o fim da dinastia júlio-claudiana.
Dinastia flaviana
Já aprendeu sobre a dinastia flaviana em seu curso de história df ou outra região? Ela teve início em 69, com Vespasiano, que foi o último do Ano dos Quatro Imperadores. Foi ele quem construiu o famoso Coliseu de Roma, que mais tarde seria concluído por seus herdeiros Tito e Domiciano (é por isso que a estrutura também é conhecida como Anfiteatro Flaviano).

Embora cercado por uma série de questões massivas, como a erupção do Versúvio, em 79, que destruiu Pompeia e Herculano, e o incêndio e a praga de Roma em 80. Tito é considerado um governante muito hábil. No entanto, morreu jovem e seu irmão mais novo, Domiciano, o substituiu a partir de 81. Entretanto, esse também foi assassinado em 96, por ser considerado um imperador autocrático e severo, sendo então substituído por um conselheiro, Nerva.
Dinastia nerva-antonina e os cinco bons imperadores
Assim ficou conhecida a dinastia que Nerva fundou, já que teve cinco imperadores durante a sua vigência: Nerva, Trajano, Adriano, Antonino e Marco Aurélio. São esses "os cinco bons imperadores". Deles, Trajano foi o único que não nasceu na península italiana. Foi quem construiu o império em sua forma mais extensa. Conquistou a Dácia (atual Romênia), a Moldávia, partes da Bulgária, Hungria, Ucrânia, Eslováquia, Sérvia e Polônia, bem como a Síria.
A dinastia nerva-antonina governou de 96 a 192, e terminou com o Reinado de Cómodo, o que é considerado um sinal de declínio do Império Romano.
As conquistas do Império Romano em uma aula de história
Tal como aconteceu com os impérios Britânico e Mongol, o Império Romano presidiu um longo período de paz - pelo menos dentro dos limites do seu governo. Estamos falando do que ficou conhecido como a Pax Romana, que permitiu um florescimento do comércio nunca antes visto.

Em termos muito práticos, um grande legado do Império Romano está relacionado à engenharia - na construção de estradas (notoriamente muito planas) e aquedutos. Este último é usado para transportar água e os romanos o utilizavam para levar água até as cidades, mercados e fazendas. O Aqueduto de Segóvia, construído durante os reinados de Domiciano, Nerva e Trajano é um ótimo exemplo disso.
Nas artes, a cultura romana se destacou em poesia, drama e esculturas. Se você já estudou latim, mesmo que em sua aula história, sabe que essa cultura é, de certa forma, responsável pela forma que escrevemos, lemos e falamos até hoje. Aliás, o latim se tornou a língua da política em toda a Europa pelos mil anos que se seguiram.

O Império Romano posterior - após a sua divisão - tornou o Cristianismo a sua religião oficial, iniciando pela conversão de Constantino, o Grande. Isso levou à disseminação da religião e da cultura judaico-cristã, em geral, de leste a oeste, em todo o império.
E a aula de história continua: a divisão do Império - Oriente e Ocidente
Após o último dos cinco bons imperadores, Marco Aurélio, o reinado de Commodus inicia o declínio do império. Ele foi assassinado em 192, no início do ano dos cinco imperadores. Assim se iniciava uma enorme instabilidade política no império, que culminou com a Crise do Terceiro Século, a se iniciar com a tomada do poder por Septímio Severo, em 193, que abriu um precedente para o restante do século.
Após uma série de invasões bárbaras ao longo do século, e com peste e desastres naturais devastando o império por dentro. Diocleciano assumiu o controle do império em 284 e, com isso, se encerrou a crise. Sua proposta foi dividir o imenso império em duas partes.
O Oriente seria governado por Diocleciano, em Constantinopla, ou Istambul, e seria conhecido como Império Bizantino e o Ocidente, que foi transferido de Roma para Milão.
Declínio e queda do Império Romano
No fim das contas, ambos os impérios, então independentes, entraram em colapso, embora o do Oriente tenha durado consideravelmente mais sob o aspecto de Império Bizantino.
Foi Odoacro, o rei bárbaro da Itália, quem acabou por desencadear o colapso do Império Ocidental, severamente enfraquecido por líderes incompetentes e por invasões de vândalos, ostrogodos e visgodos. Odoacro, um gótico radicado no norte da Itália, derrubou o último imperador ocidental, Rômulo Augusto, em 476.
O Império Romano do Oriente, mais conhecido como Império Bizantino, sobreviveu até 1453, quando caiu com a chegada do Império Otomano. Constantino, o Grande, primeiro imperador cristão, recuperou terras perdidas durante a crise do século III, enquanto Justiniano (527-565) procurou reconquistar as terras do Império Ocidental.
A contribuição de Justiniano para o direito, seus projetos de construção massiva, e sua presidência em uma época de maior prosperidade, fizeram com que ele ficasse conhecido na história como Justiniano, o Grande, e até mesmo como o último imperador romano.
Depois disso, o Bizantino declinou lentamente e Constantinopla foi finalmente conquistada por Mehmed, o Conquistador, em 1453.

Gostou da nossa aula de história? Então se prepare para aprender também sobre o Império Russo e a Dinastia Qing, que também foram grandes impérios em nossa história.









