A imagem do jogo é provavelmente a menos ruim para evocar coisas sociais.
Pierre Bourdieu (1930-2002)
Alguns alunos com dificuldade de aprendizagem não conseguem melhorar seu desempenho escolar, mesmo tendo aulas de reforço escolar em casa. Diante disso, o jogo aparece como um poderoso recurso de aprendizado a serviço do sucesso escolar das crianças e adolescentes.
Segundo a Revista Educação, "os primeiros estudos ocidentais sobre o uso dos jogos para o aprimoramento da aprendizagem remontam à Grécia e a Roma antigas. Platão reconheceu a importância do aprendizado por meio da ludicidade em oposição ao uso da violência e da repressão para o ensino. Posteriormente, Aristóteles ressaltou a relevância do lúdico como preparação para a vida adulta, o que destacou a capacidade educativa dos jogos e brincadeiras."
Ainda segundo a revista, nos dias atuais, a grande questão que envolve o jogo na educação é como dosar a ludicidade e o aprendizado de modo que esses âmbitos se complementem. A atividade do jogo não deve ser desinteressante a ponto de perder o caráter lúdico, e não pode ser descontextualizada de tal forma que não gere reflexão sobre o conteúdo que está sendo ensinado. Encontrar esse ponto de equilíbrio é o maior desafio do educador ao trabalhar com esse recurso nas salas de aula.
Pois bem! Aqui estão algumas ideias de como incluir os jogos em uma aula de reforço.
Aprendendo com o jogo no reforço escolar: quais os benefícios?
Dar aulas particulares é uma atividade completa e complexa: desde a educação infantil até o ensino médio, os pais costumam recorrer ao acompanhamento regular depois da escola para acabar com as dificuldades de seus filhos. As vezes até estudantes do ensino universitário precisam de alguma aula de reforço para uma ou outra disciplina que tenha mais dificuldades.
Os principais benefícios do uso de jogos na educação são:
- Desenvolvimento do raciocínio cognitivo e raciocínio lógico,
- Melhora do estado emocional,
- Desenvolvimento motor (incluindo o desenvolvimento motor fino),
- Maior troca entre os alunos,
- Integração,
- Socialização,
- Evolução da linguagem e comunicação.

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Alguns alunos, por vezes, têm dificuldades em acompanhar a escolaridade e aprender no mesmo ritmo que os outros colegas de classe, como evidenciado pelas pesquisas do PISA (Programa Internacional para Avaliação de Alunos) de estudantes nos países da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).
No último PISA, realizado em 2015, apenas 2,2% dos estudantes brasileiros em geral conseguiram atingir os níveis 5 e 6 do teste, com elementos e argumentações mais complexos. E 44,1% ficaram abaixo do nível 2
O Brasil está entre os últimos na classificação internacional nas três áreas avaliadas (Ciências, Matemática e Leitura).
Estes resultados também podem ser explicados pela origem social desigual dos alunos na escola. Infelizmente, a desigualdade social no nosso país ainda é algo muito relevante e que pode influenciar no nível de aprendizagem dos alunos.
Se a pedagogia tradicional do Ministério da Educação Nacional nem sempre funciona, por que não tentar a educação escolar em casa para combater o risco de fracasso escolar? Se você não tem condições de pagar por um professor particular, pode ver dicas de como ajudar seu filho a aprender mais rápido através de jogos pedagógicos em família.
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O jogo tem uma importante dimensão social no qual cada aluno, quando joga, experimenta o mundo e constrói sua própria inteligência. Seja individual ou coletivo, corporal e sensorial, cooperativo ou comunicativo, associativo ou competitivo, os diferentes aspectos dos jogos ajudam a melhorar o nível escolar dos alunos.
E por quê?
Porque graças aos exercícios interativos dos jogos pedagógicos, cada aluno explora um mundo diferente, constrói imagens mentais e cria conexões neurais.
Por meio do jogo cooperativo entre um professor particular e seus alunos - em aulas individuais ou em pequenos grupos - eles aprendem a tomar decisões coletivamente, além de desenvolverem respeito mútuo e solidariedade.
O jogo lúdico (livre e espontâneo, motor da imaginação e criatividade), o jogo pedagógico (seguindo um objetivo específico de aprendizagem) e o jogo educativo têm como principal objetivo associar prazer ao trabalho.
No Brasil, muitas escolas abandonam os jogos e a diversão a partir dos primeiros anos do ensino fundamental. Mas isso não deveria acontecer, pois jogar permite que você se divirta e desperte a motivação pela aprendizagem. A competição também pode ser um bom aliado para manter os alunos mais velhos atentos nas aulas.
"O jogo é para a criança um espaço exploratório onde ela exerce livremente todas as suas possibilidades em todos os campos."
José Adelino Duarte
Brincar vai motivar o aluno, facilitar sua concentração e seu estimulo à memória. Durante os exercícios interativos, o aluno é ativo e descobre seu papel, sua responsabilidade e tende a se concentrar mais para aprender.
Jogar lhe dá uma metodologia de trabalho, também reduz a perspectiva de falha e erro, duas armadilhas que podem ser fatais para alguns alunos. Tornar o aprendizado mais atrativo para aquele aluno que tem alguma dificuldade em aprender pode ser essencial para evitar a evasão escolar.
Como vimos, aprender com jogos escolares pode ter inúmeros benefícios para a aprendizagem, tornando o processo mais divertido e prazeroso.
Jogos e brincadeiras como recurso no reforço escolar infantil
Jogos de adivinha, colagens, jogos de colorir, jogos de grupo, quebra-cabeças, atividades artísticas (pintura, desenho, iniciação musical), dominó, jogos de cartas, etc.... São tantos os jogos que podem ser oferecidos ao seu filho em um curso em casa!

Seja na educação infantil ou no ensino fundamental, essas atividades para reforço escolar proporcionam à criança uma ajuda personalizada, adaptada ao seu próprio ritmo.
Inspirado no método Montessori, inserir os jogos na educação é um ato pedagógico. O método de educação Montessori tem a criança no centro do processo de aprendizado e os professores incentivam a independências dos alunos. Já é muito comum adotar esse método nos meninos e meninas até cinco anos de idade, começando a alfabetização apenas aos 6 anos.
Até os cinco anos, as crianças vão para o ambiente escolar apenas para brincar e aprender de forma lúdica e através de jogos, desenhos, histórias e brincadeiras. As crianças com maior autonomia e liberdade tem mais possibilidade de desenvolver suas habilidades físicas, sociais e psicológicas de maneira natural segundo pensa a criadora do método Maria Montessori.
Claro, nossos professores da Superprof utilizam recursos educacionais diferentes com um aluno de quinto ano do fundamental e com um aluno de ensino médio. A capacidade de se adaptar a realidade de cada aluno é essencial para um bom professor particular.
Veja alguns exemplos de jogos para o berçário, maternal e educação infantil:
Aqui estão alguns exemplos do que nossos professores particulares podem oferecer:
- O tapete de atividades com padrões geométricos para estimular a memória visual,
- Bolas (aprender formas, texturas, aderência, números, etc.),
- O arco-íris: uma ferramenta emblemática da pedagogia escolar Montessori e da Steiner-Waldorf para aprender cores, empilhar, classificar, dissociar as dimensões, etc.
- Bonecas russas: para desenvolver habilidades motoras finas e autonomia,
- As caixas de som, para estimular os cinco sentidos,
- Um instrumento musical: tocar guitarra ou piano (para o meu filho, para um aluno de reforço escolar) promove a concentração, aprendizagem de línguas e criatividade,
- Espelhos: um instrumento fundamental de socialização para o autorreconhecimento e dimensão espacial,
- Jogos como jogo da memória e quebra-cabeças, para estimular a concentração e a memorização.
Existem muitas metodologias de ensino para dar monitorias reforço escolar desde a primeira infância. Obviamente, custa um pouco para o pais que nem sempre têm a renda alta o suficiente para pagar aulas particulares. Mas o sucesso educacional é primordial: quem não deseja uma boa escolaridade para seus filhos?
A velha cultura escolar de cadeiras alinhadas e o professor regente na frente da sala ainda é muito usada nos dias atuais. Mas o aprendizado em grupo e através de jogos, alunos sentados em mesas circulares, já é uma realidade no ensino infantil. Resta fazer com que esse método avance para os alunos do fundamental, ensino médio e porque não na universidade.
Os enigmas também podem ser bons aliados no ensino:
Educar por meio de brincadeiras permite o desenvolvimento pleno: aulas de música, aulas de matemática, aulas de português, aulas de inglês ou aulas de arte podem ser feitas a partir de jogos... Existem muitas possibilidades para trabalhar o currículo escolar.
E por acaso você já experimentou os aplicativos de reforço escolar?
Superando dificuldades de aprendizagem graças aos jogos
Muitas crianças podem demonstrar alguma dificuldade de aprendizado na primeira infância. Trabalhar com jogos com elas pode ser uma boa opção de tornar o ensino mais lúdico, de forma que aquilo pareça mais uma brincadeira que uma atividade escolar.
O brincar é, portanto, uma atividade natural, espontânea e necessária para criança, constituindo-se em uma peça importantíssima a sua formação seu papel transcende o mero controle de habilidades. É muito mais abrangente. Sua importância é notável, já que, por meio dessas atividades, a criança constrói o seu próprio mundo.
(SANTOS, 1995, p.4)
Para Piaget (1978), os jogos podem ser divididos em três grandes tipos: jogos de exercícios (0 a 2 anos), jogos simbólicos (2 a 6 anos) e jogos de regras ( a partir de 6 anos). Segundo o autor, é “a função é que vai diferenciar esses jogos que não têm outra finalidade a não ser o próprio prazer do funcionamento” (PIAGET, 1978).
A seguir, uma pequena explicação de cada um desses tipos de jogos, segundo o Portal Educação:
- Jogos de exercício: é a primeira forma de jogo que a criança conhece e aparece antes do avanço verbal completo. Tem como característica o fato de a criança brincar pelo prazer do conhecimento do objeto, da exploração, do desenvolvimento motor ou, como o próprio nome diz, do puro exercício. Nessa fase, a criança brinca basicamente sozinha ou com a mãe, ou quem representa a figura materna. Um exemplo desse jogo são os blocos de encaixe ou as caixas de encaixe de formas.
- Jogos simbólicos: é uma forma de jogo em que a criança faz de conta que é outra pessoa ou se imagina em outra situação, ou atribui outra função a um objeto. Por exemplo: Anabel brinca de casinha, faz comidinha de mentira; Davi que está de posse de um prato de papelão imagina que é a direção de um carro, Anabel que está brincando de casinha vivência o papel da mãe em sua casa, enquanto o Davi vivência o papel do pai. O jogo simbólico é de certa forma uma maneira de a criança comunicar ao outro aquilo que sente.
- Jogo de regras: é caracterizado pelo conjunto de leis que é imposto pelo grupo. Dessa forma, necessita de parceiros que aceitem o cumprimento das obrigações definidas nas regras. É um jogo estritamente social e recomendado para crianças já um pouco maiores, capazes de entender e seguir regras.
Brincar permite melhorar a aquisição do conhecimento na escola: cantar a música do alfabeto, por exemplo, para memorizar o alfabeto.
O jogo, muitas vezes associado injustamente à frivolidade, permite consolidar o conhecimento em assuntos científicos e literários (aritmética, geometria, gramática, vocabulário, sintaxe, ortografia, história e geografia).
Por exemplo, para aprender a adição, um professor poderia dar duas maçãs, duas bananas, três laranjas e dois guardanapos:
- Coloque as maçãs em um guardanapo,
- Coloque as bananas no outro guardanapo,
- Quantas frutas existem nos guardanapos? O professor aponta cada fruta contando-as em voz alta,
- Escrevemos uma pequena cruz entre os dois guardanapos (simbolizando o "+"): temos mais duas maçãs (+) duas bananas.
- Adicione o símbolo "=" e, em seguida, quatro frutas
- O professor faz perceber que acabamos de fazer uma adição,
- Coloque as outras frutas em outro guardanapo
- O que pode ser feito para adicionar as outras frutas?
- Escreva um "mais" com a cruz "+" para deixar claro que você adicionou antes de dar o resultado.
Ao final disso, porque não fazer uma salada de frutas para os alunos comerem com as frutas que foram usadas durante a atividade?

Nas aulas particulares de língua portuguesa, os alunos podem aprender o vocabulário da vida cotidiana com pequenos jogos de dados e cartas. Ou ainda com livros de imagens coloridas e divertidas. Também é possível usar um jogo da memória com imagens e palavras.
É possível encontrar uma infinidade de material online que pode te ajudar a ter ideias de jogos criativos para as aulas. Arquivo em PDF ou imagens do Pinterest de exercícios e atividades educativas em formato de jogos como caça palavras ou palavras cruzadas, jogos de adivinhação ou enigmas são só alguns exemplos do material que você pode encontrar.
A busca constante de atualização por parte do docente é essencial para que ele atraia a atenção dos seus alunos. Procure aprimorar a sua linguagem de ensino através de artigo científico sobre o tema de jogos para a educação infantil. Faça uma busca online por vídeos de jogos para fazer com os seus alunos e combine com os exercícios tradicionais.
Por exemplo, fazer exercícios online para aprender a ler as horas, descrever as roupas e as cores, e assimilar a conjugação dos verbos em português (verbo ser e ter).
Dê asas à sua imaginação!
Gostei muito
Grande aprendizado,a ludicidade é um método bastante eficaz na educação infantil.Seu papel e de fundamental importância para o desenvolvimento,agilidade,habilidade e para coordenação motora dos alunos.
Boa Noite! Artigo muito enriquecedor
! Sempre achei importantíssimo o trabalho com jogos . As crianças aprendem brincando.
Vou começar amanhã a dar aula particular para uma criança de 6 anos (esta na alfabetização. ) A queixa da família é a letra cursiva que a criança não está querendo fazer. ( natural nessa idade).
A família também quer trabalhar a autonomia .
Atenciosamente, Patrícia
Olá, Patrícia! Fico feliz que tenha gostado do artigo! Trabalhar com jogos é realmente uma ótima estratégia de aprendizado para crianças. Para a letra cursiva, pode ser útil tornar as atividades mais divertidas e incentivá-la gradualmente. Autonomia é fundamental; você pode promovê-la dando à criança pequenas responsabilidades em suas próprias atividades. Boas aulas!