Não há dúvida de que, em um grupo musical, além do violão e da guitarra, o contrabaixo também se destaca por ter a importante função de dar sustentação à harmonia de uma música. E isso se dá porque existe uma espécie de “parceria” entre o baixo e a bateria, funcionando como uma ponte entre os demais componentes de uma banda.
Quem se dedica a tocar baixo (seja elétrico ou acústico), em pouco tempo aprende que se trata de uma peça essencial para equilibrar a sonoridade de uma música. E tal assimilação por parte do aluno pode ocorrer em razão dos conhecimentos adquiridos com a prática, principalmente quando se está em contato permanente com estilos rítmicos diferenciados, por exemplo.
Se engana quem pensa que para ser um baixista é necessário dominar tudo de violão e guitarra. Obviamente que quem já aprendeu a tocá-los em uma escola de música consegue ter maior facilidade para assimilar os segredos do contrabaixo – e não importa se o estilo preferido é um rock heavy metal, MPB ou qualquer outro gênero musical.
No entanto, é possível sim ser iniciante nas aulas de baixo e galgar níveis incríveis aprendendo com bons especialistas os quais podem ser facilmente encontrados em plataformas especializadas em aulas particulares de baixo, como o Superprof, por exemplo.
Toda pessoa que está prestes a começar um curso de violão ou baixo deve prestar atenção a detalhes imprescindíveis, como o que saber antes de comprar o instrumento, dicas para evitar erros básicos nas aulas, a melhor forma de aprimorar o aprendizado e, por fim, os principais cuidados que devemos ter com o contrabaixo após os estudos complementares ou apresentação.
Se você tem interesse em saber desde a teoria do campo harmônico no contrabaixo até técnicas de escalas direcionadas a iniciantes, confira, nos tópicos a seguir, o que ter em mente enquanto estiver aprendendo a tocar baixo.
O que saber antes de comprar um baixo
Muitas pessoas que começam a pesquisar as melhores opções de cursos de baixo e ainda não adquiriram um, precisam saber que, em razão do equipamento ser de timbragem grave, o encordoamento dele será diferente de uma guitarra, por exemplo.
Ou seja, as cordas são mais grossas e com outra faixa de preço. Além disso, na hora de comprar um contrabaixo, é preciso verificar se os captadores são ativos ou passivos.
Para quem não sabe, os captadores de um baixo com sistemas ativos foram criados para "empurrar" o som com mais força, muito embora o timbre final pode não agradar os amantes de uma sonoridade mais artificializada, quer dizer, aqueles que preferem algo mais "vintage".
Diversos contrabaixos com circuitos ativos contam com uma bateria de 9v acoplada e disponibilizam mais opções de regulagens, possibilitando um timbre mais agudo ou mais grave em virtude do circuito de equalização (EQ).
Já em relação aos captadores de contrabaixos passivos, vale destacar que a maioria conta com volume e tonalidade, sendo que o timbre se mostra mais definido, algo na linha Jazz Bass, o que nos faz concluir que esse modelo acaba agradando aquele mesmo pessoal vintage.
Tendo em vista essa diferenciação, podemos inferir que o que pode pesar na sua escolha é o timbre do instrumento por efeito desses detalhes dos captadores. Fora isso, é crucial deixar claro que nenhum é melhor que o outro, afinal de contas, tudo vai depender de seu gosto musical e os cuidados que se deve ter tanto nas aulas de baixo quanto nas apresentações musicais.
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Em geral, podemos afirmar que existem vários modelos de contrabaixo com preços diversos, mas é interessante esclarecer que, principalmente para quem é iniciante, a dica é considerar um modelo intermediário que pode variar de 700 a 1.500 reais.
Obviamente que nessa aquisição seria bom incluir cabos de qualidade, alça, afinador e, se possível, um case para o armazenamento do objeto. Já no caso do amplificador, é recomendável comprar um aparelho que seja capaz de suportar uma sonoridade mais pesada.
Dicas para evitar erros básicos durante as aulas de baixo
No curso baixo é bem provável que seu instrutor traga sugestões de artigos e canais sobre o mundo groove, além de podcasts com grandes nomes da música. No entanto, procure se atentar às recomendações relacionadas à postura correta ao treinar escalas, além de alguns alertas sobre como evitar erros básicos que poderão travar o seu desenvolvimento nos estudos.
E tal afirmação se dá porque, mesmo contando com um bom professor de baixo, pode ser que nos estudos recomendados por esse profissional você sequer perceba que está a cometer alguns erros bobos. Por conta disso, ao longo das suas aulas práticas de baixo, é sempre interessante se ater a alguns detalhes que, com certeza, serão explicados logo nos primeiros encontros, tais como:
- Posição da mão direita – procure deixar a sua mão em uma posição confortável para que seja possível alcançar, sem nenhum tipo de esforço, todas as cordas do baixo. Também evite esticar ou encolher muito os seus dedos. Uma dica para saber se a posição de sua mão é confortável é tentar movimentá-la observando se os seus dedos realizam uma posição de pinça. Se esse movimento for feito com total conforto, a posição de sua mão direita está correta;
- Posição do ombro e do cotovelo – ao tocar o contrabaixo verifique se você está empurrando o seu ombro e cotovelo para frente. Caso esteja, saiba que está havendo aí um tensionamento da musculatura, o que pode ser prejudicial, podendo resultar em uma lesão;
- Posição do polegar da mão esquerda – durante a execução de uma música no contrabaixo, fique atento ao funcionamento do polegar da sua mão esquerda, pois o ideal é que ele funcione como um pêndulo. O contrário disso resultará em um polegar tencionado, deixando de ter agilidade na movimentação da mão esquerda;
- Intensidade na hora de tocar – uma vez que você consegue a postura correta para tocar contrabaixo, a dica é que no momento da execução das notas, tudo seja feito com pulso firme e segurança. Isso significa mais empolgação, porém, com a intensidade bem dosada. Quer dizer, evite pressionar as cordas nem muito forte, nem muito fraco, mesmo porque, será durante cada exercício que você chegará ao meio termo aprendendo a pressão ideal;
- Treinar com um metrônomo – tanto na aula propriamente dita quanto nas lições de casa, os estudos de contrabaixo precisam contar com um metrônomo, um aparelho responsável por marcar as pulsações da música, a velocidade em que você fará a sua linha harmônica. A importância de contar com uma ferramenta como essa é que o estudante ganha maior segurança rítmica.
Como aprimorar seu aprendizado na aula de baixo
O aprimoramento na aula de baixo tem a ver com alguns aspectos essenciais que precisam ser muito bem valorizados para garantir um bom-aprendizado, como a dedicação e a frequência nos estudos. Todavia, vale esclarecer que há outros detalhes primordiais para o bom aprimoramento, como:
- Paciência – não pense que em uma ou duas aulas você já vai sair tocando como um profissional da música. Tenha sempre em mente que o bom desempenho na execução de uma composição no contrabaixo vai depender sempre de estudos, foco, dedicação e frequência;
- Desafios – quem está a aprender a tocar contrabaixo tem facilidades interessantes, pois é possível se arriscar a treinar algumas linhas harmônicas, solos e determinados grooves os quais servirão como um desafio;
- Rotina de Treinos – crie uma rotina de treino, desde aquecimento (o baixo exige uma boa abertura na mão em que as notas são feitas) até a formação de notas que possam soar com agilidade e clareza. Por fim, é possível também arriscar tocar alguma canção de seu artista preferido.
Cuidados que se deve tomar após sua aula contrabaixo
Os cuidados com o contrabaixo são essenciais para a sua motivação, pois conservando-o sempre impecável, após um dia de estudo, ou até mesmo em uma apresentação, com certeza resultará na sensação de que todo o investimento feito anteriormente está valendo a pena.
E essa percepção se dá não somente na assimilação das metodologias propostas pelo professor de baixo como também no estado de conservação do próprio objeto.
E para que tudo isso seja de fato verificado, é interessante saber que, após a sua aula de baixo, faça uma limpeza geral utilizando, de preferência, duas flanelas secas, sendo que a primeira você irá passar no corpo do seu Fender (ou qualquer outro contrabaixo), atrás do braço e nas tarraxas, enquanto a segunda você a utilizará para limpar as cordas as quais acabam acumulando muito suor e gordura da mão.
Um aviso importante: evite usar produtos químicos para limpar o seu baixo e, na hora de guardá-lo, utilize um case ou uma bag própria para ele, pois esses acessórios protegem o instrumento de poeiras e, principalmente, de eventuais impactos.
Outro detalhe que você deve sempre se lembrar é que, ao guardar o equipamento, evite afrouxar o encordoamento, pois como dentro do braço dele há um tensor de ferro responsável por puxar o próprio braço para trás, as cordas, no entanto, quando esticadas, acabam fazendo o efeito inverso, impedindo que o contrabaixo empene.
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Por fim, vale ressaltar que, como se trata de um instrumento pesado, evite guardá-lo em um local alto – e isso serve tanto para baixos acústicos quanto elétricos –, pois uma queda corre o risco de danificar seriamente o objeto.
Procure guardá-lo em um local que esteja mais próximo ao solo e, se possível, na horizontal, deixando claro que, do mesmo modo, encostá-lo na parede também não é aconselhável, uma vez que há riscos de queda.
Agora que você já sabe alguns detalhes importantes a serem considerados antes de comprar um baixo, como evitar erros básicos nas aulas, a melhor forma de aprimorar o aprendizado e os cuidados que se deve ter com o instrumento, chegou a hora de aproveitar cada momento da sua aula de contrabaixo, lembrando que o que fará a diferença em seu estudo será muita, mas muita disciplina mesmo.
Boa sorte nos estudos!
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