A prova de sucesso da nossa ação educativa é a felicidade da criança.

Maria Montessori

A fobia escolar não é um capricho que uma criança tem por não querer ir à escola; nem é uma recusa em aprender. Pelo contrário, é um medo visceral de ir à escola. Por isso falamos em “fobia”, um tipo de medo descontrolado e paralisante, onde não há espaço para a razão.

Por isso, é fundamental saber mais sobre este fenômeno, que pode ter consequências muito graves para o futuro e para a saúde mental da criança. Para compreendê-lo, serão analisadas as causas da fobia escolar, como proceder para detectá-la, quais soluções existem para superá-la, bem como quais livros podem ser encontrados no mercado sobre fobia e ansiedade escolar e que podem ser de ajuda vital.

Separamos então um guia completo sobre a fobia escolar que pode ajudar pais e educadores a detectar essa situação nos seus filhos ou alunos. O tratamento correto, adequado e ainda no início dos primeiros sinais é fundamental para que a criança ou adolescente retorno a sua rotina escolar.

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Vamos lá

Quais são as causas da fobia escolar?

A pergunta que intriga muitos pais com filhos com a fobia escolar é sempre: o que causou esse medo?

Pois são muitas as causas que podem levar a fobia escolar. Normalmente não é um fator isolado, mas sim um conjunto de fatores que vão levar a criança ou adolescente a desenvolver esse medo extremo de frequentar o ambiente escolar.

A fobia social, segundo definição de especialistas e médicos da área, está normalmente associada a determinadas situações sociais ou de desempenho. Muitas das vezes ela aparece com as mudanças de ciclo escolar ou algum outro fator traumático.

Criança chorando e sendo apontada por dedos.
O bullying pode ser uma causa da fobia escolar. | Imagem: Pixabay

A fobia escolar pode afetar tanto as crianças como os adolescentes em idade escolar, e há três características etárias em que elas acontecem com maior probabilidade:

  • Nas crianças que ingressam no Ensino Fundamental
  • Nos adolescentes que entram no Ensino Médio
  • Quando as crianças têm entre 6-7 anos ou entre 13-14 anos.

Trata-se de um transtorno altamente incapacitante e existem algumas razões para que a criança desenvolva essa fobia, entre as principais razões estão:

  1. Ansiedade da separação: principalmente na primeira infância, antes dos 6 anos.
  2. Fatores ambientais: como contexto social e educacional, ataques verbais, assédio físico ou moral, diferença cultural e social, dificuldade de adaptação, bullying, transtornos autistas, dislexia, entre outros...
  3. Causas individuais: medo de fracassar, timidez, cobrança excessiva por perfeição.

Já na adolescência, as causas podem ser outras, como por exemplo:

Situações repetidas de humilhação

  1. Assédio
  2. Distúrbios de aprendizagem
  3. Hiperatividade
  4. Precocidade

Aumento da ansiedade nesta idade

  1. Incerteza sobre o futuro
  2. Individualismo
  3. Isolamento induzido pelo uso de celulares
  4. Pressão sobre a imagem vinda das redes sociais

Como vimos, os fatores são diversos, o contexto familiar também pode influenciar. Por isso é importante que os pais estejam atentos aos seus filhos e aos sinais que eles podem estar transmitindo. A evolução da fobia escolar como um transtorno de ansiedade não pode ser minimizada.

Como detectar a rejeição e ansiedade escolar?

Para detectar se seu filho, ou até o seu aluno está passando por um transtorno psicológico, é importante estar atento aos sintomas da fobia escolar.

Prestar atenção nas nossas crianças é um dever não só da escola e dos professores, como também da família e dos pais. É um trabalho em conjunto e em parceria. É muito comum que as crianças e os adolescentes não gostem de ir à escola, mas é preciso diferenciar um capricho de não gostar com uma fobia em que torna impossível pôr os pés na escola.

Então como você pode distinguir um sintoma da verdadeira ansiedade acadêmica? Existem algumas dicas úteis que vamos compartilhar com vocês.

A fobia pode acontecer em qualquer idade ou fase da vida acadêmica, mas há algumas idades fundamentais como nas transições de ensino, primário-fundamental-médio. Nessas fases, é importante estar atento as mudanças de caráter de um dia para ou outro e comportamentos muito diferentes dos habituais.

Crianças eum uma sala de aula fazendo desenhos.
É preciso distinguir o "não querer ir a escola" por ser uma obrigação da verdadeira fobia escolar. | Imagem: Unsplash

As mudanças repentinas de vida também pode ser um gatilho para a fobia escolar. Mudar de cidade, de escola, separação dos pais ou a morte de um ente muito querido pode ser motivos para que você fique em alerta.

Se seu filho for muito tímido ou sensível, ele também pode ter maior probabilidade de desenvolver fobia escolar.

E como a fobia escolar se expressa? A primeira opção é a verbalização da ansiedade pela criança, onde ela expressa diretamente seu medo da escola e diz que não quer ir e fica nervoso só de pensar nisso.

As principais formas de manifestações são:

  • Dor de estomago
  • Náusea
  • Suores
  • Dores de cabeça
  • Dermatites
  • Desconfortos

Outras manifestações mais "ruidosas" são:

  • Vômito
  • Lágrimas
  • Ataques de ansiedade
  • Dificuldade de respirar
  • Atitudes violentas com os pais ou consigo mesmo

Muitas vezes os sintomas só desaparecem quando a criança está convencida de que não vai à escola, mas retorna no dia seguinte no momento de ir novamente à aula.

Há também outros sintomas, mais relacionados ao comportamento que são:

  1. Dificuldade em sair de casa, não só para a aula, mas para qualquer atividade de convívio,
  2. Faltar às aulas repetidamente
  3. Reações emocionais marcadas por ansiedade e pânico
  4. Recusar ir à escola sem qualquer motivo específico.

A falta de verbalização por parte da criança ou a ausência de sinais pode dificultar o diagnóstico. É importante também não confundir a fobia com outros transtornos que por vezes tem sintomas semelhantes. Há também fobias temporárias, como por exemplo imediatamente no retorno das férias ou no período de provas. Se for algo temporário, provavelmente não é uma fobia, pois essa tem sintomas persistentes.

Que livros ler para aprender mais sobre a fobia escolar?

Sem dúvida alguma, um dos melhores lugares para se buscar conhecimento sobre determinado assunto são os livros. Por isso, separamos uma seleção de livros sobre fobia e ansiedade escolar para te ajudar a identificar e enfrentar essa situação.

A escolha de um livro, principalmente sobre um assunto tão importante, deve levar em conta alguns critérios importantes:

  1. Autor: o autor deve ser um profissional e especialista no assunto.
  2. Linguagem e metodologia: se você não é profissional da saúde, priorize os livros com a linguagem mais simples e acessível. Os profissionais podem escolher obras mais densas e complexas.
  3. Avaliações: leia as críticas, avaliações ou até resumos para ver se aquele livro está dentro da sua expectativa.

Para começar sua luta contra a fobia escolar separamos algumas obras:

como-superar-timidez-ansiedade
Como superar timidez e ansiedade social - Dra. Paula Machado e Maria Paula Alvim.
O livro foi desenvolvido com técnicas da Terapia Cognitivo-Comportamental com ferramentas e técnicas prática para libertar o desconforto que a ansiedade social e a timidez podem causar.
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Ansiedade: Domine sua mente. Viva sem medo - Juliano Pimentel
O autor promete que com a leitura dessa obra você será capaz de "reassumir os rumos da própria vida e viver livre da ansiedade patológica".
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Terapia Cognitiva para os Transtornos de Ansiedade: Tratamentos que Funcionam: Guia do Terapeuta - David A. Clark (Autor), Aaron T. Beck (Autor), Maria Cristina Monteiro e Elisabeth Meyer (Tradutor)
Referência essencial para os profissionais e pesquisadores da saúde mental.
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Vencendo a Ansiedade e a Preocupação com a Terapia Cognitivo-Comportamental: Tratamentos que Funcionam: Manual do Paciente - David A. Clark (Autor), Aaron T. Beck (Autor), Elisabeth Meyer e Daniel Bueno (Tradutor)
Diferente do primeiro livro que é voltado para profissionais, essa versão é para os pacientes. Ele apresenta estratégias práticas para identificar gatilhos de ansiedade, desafiar os pensamentos e crenças que levam à angústia e enfrentar com segurança as situações que tem medo.
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Como lidar com a fobia social - Katrin von Consbruch e Ulrich Stangier
O livro da psicoterapeuta alemã Katrin von Consbruch fornece informações sobre o quadro clínico, as causas e as opções de tratamento para a fobia social. A abordagem da terapia cognitiva-comportamental também é o foco principal desse guia.
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Como lidar com a depressão: Guia prático para familiares e pacientes que sofrem de depressão - Martin Hautzinger e traduzido por Fernandes Alonso
A fobia social e a ansiedade, se não tratadas no início, podem desenvolver quadros mais graves de depressão. Saber identificar a doença ainda no seu estágio inicial pode ser vital para aquele paciente que sofre de depressão.

Um autor consagrado no Brasil com livros sobre educação é o Dr. Augusto Cury, psiquiatra brasileiro com uma centena de obras publicadas e que também podem ajuda a compreender melhor temas como ansiedade, estresse e controle das emoções.

Como tratar a recusa ou fobia escolar?

Agora que você já conhece as principais causas e sintomas e já tem uma lista de livros sobre o assunto, vamos entender melhor sobre os possíveis tratamentos para a fobia escolar.

A primeira atitude que você pode tomar quando identificar no seu filho a recusa em ir à escola é encorajá-lo e incentivá-lo. Não pressione, mas mostre para ele a importância de frequentar as aulas e a escola. Não obrigue, mas incentive e demonstre a importância da educação para seu desenvolvimento pessoal.

Criança com os olhos arregalados se escondendo em um lençol.

Se você perceber que não consegue lidar sozinho com essa situação, procure ajuda de um profissional. O atendimento terapêutico pode ser essencial no tratamento da fobia escolar e para evitar o avanço do quadro para doenças mais sérias como a depressão.

Se tratado precocemente, é possível melhorar muito o quadro de fobia escolar e a recuperação e retorno às aulas é um resultado possível.

Outra possibilidade de tratamento é o Plano Individual de Atendimento (PIA), que é um protocolo especifica as adaptações que devem ser feitas na vida de uma criança ou adolescente dentro de um centro educacional (creche, faculdade, escola, instituto...) e que busca compreender a singularidade de cada criança ou adolescente.

Há algumas outras soluções temporárias ou permanentes que também podem ajudar:

  1. Mudança de escola: considerada principalmente em situações de bullying e perigo para a criança.
  2. Apoio escolar: aulas de reforço para que a criança não tenha atraso no desenvolvimento e na aprendizagem.
  3. Escola domiciliar ou homescholling: aulas online ou professores particulares. As aulas de reforco escolar educacao infantil podem ser uma opção até que a situação seja normalizada.

O ponto principal é sempre ser parceiro do seu filho. Ajude sem julgar ou criticar, seja um incentivador. Você, pai, mãe ou professor, pode ser a peça chave para uma melhora significativa do quadro da criança que sofre de fobia escolar.

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Foto Camila

Camila Reis

Administradora, Mestre em Economia e Gestão da Inovação, mineira, mãe. Apaixonada por viagens e pela vida, me arrisco na cozinha, amo ler, conhecer pessoas e passear em dias frios com sol.