Milhares de pessoas cultivam a música; poucas porém têm a revelação dessa grande arte.

Ludwig van Beethoven

A Música Popular Brasileira (MPB) é um gênero musical que reflete a diversidade cultural e social do Brasil, com raízes profundas na tradição musical do país e influências de diversas culturas internacionais. 

Surgiu nas décadas de 1960 e 1970, consolidando-se como um movimento de renovação e inovação na música brasileira. A MPB é conhecida por suas letras poéticas e críticas, que frequentemente abordam temas sociais e políticos, bem como por sua fusão de estilos tradicionais, como o samba e a bossa nova, com influências do jazz, rock e outras músicas internacionais.

O surgimento da MPB pode ser visto como uma resposta à bossa nova, que havia dominado o cenário musical brasileiro no final dos anos 1950 e início dos anos 1960. Enquanto a bossa nova era marcada por uma sonoridade mais sofisticada, a MPB trouxe uma abordagem mais engajada.

Caetano e Gil
Caetano e Gil | Clássicos do MPB - Fonte: Letras

O movimento Tropicalista, liderado por figuras como Caetano Veloso e Gilberto Gil, foi um dos marcos desse período, introduzindo uma mistura de rock, psicodelia e música brasileira tradicional, e desafiando as convenções musicais e culturais da época.

Entre as principais músicas e artistas da MPB, destaca-se "A Banda" de Chico Buarque, que se tornou um clássico devido à sua letra envolvente e crítica social. Outro ícone é "Construção," também de Chico Buarque, que narra a vida e a morte de um trabalhador da construção civil. Gal Costa e Elis Regina são também figuras centrais, contribuindo para a evolução e popularização da MPB.

Nos anos 1980 e 1990, a MPB experimentou um ressurgimento, com artistas como Maria Bethânia e Nando Reis trazendo novas influências e estilos. E, é claro, no artigo de hoje, falaremos mais sobre a Música Popular Brasileira.

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Vamos lá

A Música Popular Brasileira (MPB) emergiu como uma força cultural significativa no final dos anos 1950 e início dos anos 1960, marcada pela fusão de influências musicais locais e internacionais. 

O termo “música popular” engloba uma ampla gama de estilos e gêneros que refletem a diversidade cultural do Brasil. A MPB começou a se distinguir da bossa nova, um gênero que dominava a cena musical brasileira na época. Enquanto a bossa nova era caracterizada por sua sonoridade sofisticada, a MPB surgiu com uma abordagem mais engajada e diversificada.

Os anos 1960 foram necessários para a consolidação da MPB. Artistas como João Gilberto, Tom Jobim e Elis Regina desempenharam impacto direto na formação do gênero. 

Confira as principais curiosidades sobre Tom Jobim.

A MPB integrou elementos do samba, do jazz e do rock, criando uma sonoridade única que refletia a complexa realidade social e política do Brasil. A era também foi marcada pela crescente politização da música, com muitos músicos usando suas plataformas para abordar questões sociais e políticas.

A ditadura militar (1964-1985) trouxe desafios para a MPB. Durante esse período, muitos artistas enfrentaram censura e repressão. No entanto, a MPB se tornou um veículo para a resistência política. Músicas de Chico Buarque, Elis Regina e Gilberto Gil abordavam a censura e a repressão, servindo como formas de protesto e resistência.

Nos anos 1980 e 1990, a MPB passou por uma renovação, com a entrada de novos artistas como Nando Reis e Maria Bethânia, que ajudaram a revitalizar o gênero, misturando influências modernas com as tradições da MPB. Esta era marcou a transição da MPB para um público mais amplo e diversificado.

As raízes da Tropicália: da música à poesia e artes plásticas

A Tropicália, também conhecida como Tropicalismo, foi um movimento cultural que surgiu no Brasil no final dos anos 1960, desafiando as normas estabelecidas da música, da arte e da cultura. 

O movimento foi liderado por figuras como Caetano Veloso, Gilberto Gil, Gal Costa e Tom Zé, e buscou uma nova forma de expressão artística que integrasse elementos diversos e muitas vezes contraditórios.

A origem da Tropicália

O Tropicalismo surgiu como uma reação à bossa nova e à MPB tradicional, incorporando influências do rock, da psicodelia e da cultura pop. Esse movimento foi uma tentativa de criar uma nova estética cultural que refletisse a complexidade e a diversidade da sociedade brasileira. 

Os artistas tropicalistas procuraram romper com as normas estabelecidas, misturando elementos da cultura popular brasileira com influências internacionais.

Música Tropicalista

Na música, a Tropicália trouxe uma abordagem inovadora, combinando o samba e a música tradicional brasileira com o rock e a psicodelia. As canções de Caetano Veloso e Gilberto Gil, por exemplo, apresentavam uma fusão ousada de estilos, incorporando temas políticos e sociais de maneira irreverente. 

Confira um guia completo sobre o Brasil dos anos 60.

Músicas como “Tropicália” e “Alegria, Alegria” são exemplos da estética tropicalista, refletindo a busca por uma identidade cultural que abraçasse a diversidade.

Poesia e artes plásticas

A Tropicália também teve um impacto significativo na poesia e nas artes plásticas. O movimento foi influenciado por poetas concretistas e artistas plásticos que exploravam a ideia de “tropicalismo” – uma mistura de elementos tradicionais e modernos, locais e internacionais. 

O artista Hélio Oiticica e o poeta e crítico de arte Augusto de Campos foram importantes figuras no desenvolvimento desse aspecto do movimento. A obra de Oiticica, como as “Penetráveis” e os “Parangolés”, explorava a interação entre o espectador e a arte, incorporando elementos da cultura popular brasileira e do modernismo.

O legado da Tropicália é duradouro e influente. O movimento ajudou a moldar a identidade cultural contemporânea do Brasil, impactando não apenas a música, mas também a arte e a literatura. 

Ele promoveu uma visão mais plural e experimental da cultura, inspirando gerações subsequentes de artistas e músicos a continuar explorando novas formas de expressão. A Tropicália permanece como um marco na história cultural brasileira, celebrando a riqueza e a diversidade da cultura do país.

Principais músicas MPB no Brasil

Entre os muitos artistas e canções que moldaram esse gênero, alguns clássicos se destacam por sua importância histórica e impacto duradouro na cultura musical do Brasil.  

"Aquarela do Brasil" - Ary Barroso

Lançada em 1939, "Aquarela do Brasil" é uma das canções mais emblemáticas de Ary Barroso. Composta no período do nacionalismo musical, a música celebra as belezas do Brasil e se tornou um hino não oficial do país. 

Sua melodia contagiante e letra exaltando as riquezas naturais do Brasil a tornaram um clássico que transcendeu fronteiras, sendo reinterpretada e regravada por diversos artistas internacionais.

"Garota de Ipanema" - Tom Jobim e Vinícius de Moraes

Composta em 1962, "Garota de Ipanema" é um dos marcos da Bossa Nova, um subgênero da MPB que decolou na década de 1960. A música, composta por Tom Jobim e Vinícius de Moraes, captura a essência do Rio de Janeiro e a elegância dos frequentadores da famosa praia de Ipanema. Sua suave melodia e a letra poética a tornaram um sucesso internacional, consolidando a Bossa Nova no cenário global.

"Construção" - Chico Buarque

Lançada em 1971, "Construção" é uma obra-prima de Chico Buarque. A canção é uma narrativa sobre a vida de um operário da construção civil que morre em um acidente de trabalho. 

A música se destaca pela sua estrutura complexa e pela forma como aborda questões sociais e políticas. "Construção" é elogiada por sua habilidade em combinar crítica social com uma sofisticada construção musical.

"Tropicália" - Caetano Veloso e Gilberto Gil

"Tropicália," lançada em 1968, é a faixa-título do álbum que simbolizou o movimento Tropicália, um marco na MPB. Caetano Veloso e Gilberto Gil, líderes desse movimento, buscaram unir elementos da cultura brasileira com influências internacionais, desafiando convenções musicais e sociais. 

A música "Tropicália" reflete a estética e a filosofia do movimento, que procurava explorar e celebrar a diversidade cultural do Brasil.

"Águas de Março" - Tom Jobim e Elis Regina

Outra colaboração marcante de Tom Jobim foi "Águas de Março," lançada em 1974. Em parceria com a cantora Elis Regina, a canção é um exemplo brilhante da capacidade de Jobim para criar músicas que são tanto sofisticadas quanto acessíveis. 

"Águas de Março" é uma reflexão poética sobre o ciclo da vida, utilizando uma linguagem simples e uma melodia para criar uma experiência musical inesquecível.

"O Mundo é um Moinho" - Cartola

Composta na década de 1970, "O Mundo é um Moinho" é um dos grandes clássicos de Cartola, um dos maiores nomes do samba. A canção é conhecida por sua melancolia e pela maneira como aborda temas universais de perda e desilusão. 

Cartola, que passou grande parte da vida em relativo anonimato, viu seu trabalho ser redescoberto e celebrado por novas gerações, e "O Mundo é um Moinho" permanece uma obra essencial no repertório do samba.

"O Canto de Dona Sinhá" - Zé Ramalho

Lançada em 1980, "O Canto de Dona Sinhá" é uma das músicas mais icônicas de Zé Ramalho. A canção é uma homenagem à cultura nordestina e reflete a influência do regionalismo em sua obra. 

A música mistura elementos da tradição popular com uma abordagem moderna, destacando a habilidade de Ramalho em criar uma ponte entre o passado e o presente da música brasileira.

Os cantores brasileiros que marcaram a MPB

Diversos cantores atuaram na formação e popularização da MPB, cada um trazendo suas próprias influências e estilos. Veja só!

João Gilberto (1931-2019)

João Gilberto é frequentemente considerado o pai da bossa nova, um gênero que influenciou profundamente a MPB. Com seu estilo de tocar violão e sua voz suave, João Gilberto trouxe uma nova estética à música brasileira. 

Seu álbum "Chega de Saudade" (1959) é reconhecido como o marco inicial da bossa nova e influenciou muitos dos cantores da MPB subsequentes. João Gilberto integrou a bossa nova com a MPB, ajudando a criar uma base para o desenvolvimento futuro do gênero.

Caetano Veloso (1942-)

Caetano Veloso é uma figura central na MPB e um dos principais líderes do movimento Tropicalista. Conhecido por sua abordagem e por suas letras politicamente engajadas, Veloso ajudou a redefinir a música popular brasileira. 

Seu trabalho com o Tropicalismo, ao lado de Gilberto Gil, foi revolucionário, misturando elementos do rock, da psicodelia e da cultura popular brasileira. Músicas como "Alegria, Alegria" e "Tropicália" são exemplos de sua capacidade de experimentar e desafiar as normas musicais.

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Gilberto Gil (1942-)

Assim como Caetano Veloso, Gilberto Gil foi um dos principais nomes do Tropicalismo. Com uma carreira que abrange mais de cinco décadas, Gil é conhecido por suas experimentações musicais e por sua habilidade em combinar diferentes estilos musicais. 

Além de sua contribuição para o Tropicalismo, Gil também é conhecido por suas músicas que misturam samba, reggae e rock, como "Aquele Abraço" e "Expresso 2222". Sua influência se estende para além da música, com uma atuação como político e ativista cultural.

E então, você conhece mais alguma curiosidade sobre Música Popular Brasileira?

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Daiane Souza

Daiane Souza

Jornalista (0007147/SC) e redatora SEO com vasta experiência em diferentes empresas: Receitinhas, Yooper, Marfin, Petrosolgas, Diário Prime, Superprof, Tec Mobile, Hora de Codar e muito mais!