Estudar alemão significa aprender algo que o fará diferenciado em conhecimento. Aprender a partir de material online pode ajudar você a se desenvolver no idioma, mas somente um professor vai oferecer feedbacks a partir de exercícios realizados e assim proporcionar um aprendizado que realmente fará a diferença. Como complemento, é claro que você pode ouvir podcasts gratuitos e encontrar um site que traga aspectos da cultura, por exemplo.
O vocabulário e a pronúncia podem variar um pouco de acordo com a região, assim como acontece com o inglês e o espanhol. Mas adquirir as bases para o real conhecimento é o que determinará se suas aulas serão ou não produtivas. O cenário perfeito nesse sentido junta um aluno aplicado com um professor competente. Só assim será possível evoluir em conhecimento para conseguir se comunicar em um país de língua alemã.

Quer entender melhor como funciona a família do idioma? É só seguir com a leitura.
História e características
Ao ouvir sobre língua germânica ocidental tendemos a pensar estritamente no alemão, mas você sabia que o inglês e o holandês também fazem parte dessa família? Além disso, quando pensamos em língua germânica ocidental, estamos nos referindo, na verdade, a apenas uma parte de toda uma família germânica, que também inclui as porções norte e leste. A principal diferença é que a vertente ocidental é a maior de todas, especialmente porque inclui o inglês, que é o idioma mais falado em todo o mundo.
Toda essa família é originária da Eurásia ocidental e meridional. Por falta de evidências escritas, tem sido especialmente difícil para os especialistas determinar a relação exata desses três grupos, mas a língua germânica ocidental se desenvolveu principalmente durante a Idade Média, com inovações fonológicas, morfológicas e lexicais, que não são encontradas nas línguas das porções norte e leste.
Entre os muitos dialetos ocidentais locais, inglês, frisio, holandês, africaner, alemão e iídiche são as seis línguas padrão modernas que surgiram nesse grupo familiar. Cada uma evoluiu em uma região específica e experimentou diferentes transformações que resultaram nas línguas que conhecemos hoje. A seguir, apresentaremos uma visão geral de cada uma delas.
Protolíngua germânica ocidental
Existe hoje um debate entre estudiosos a respeito da existência ou não de uma protolíngua germânica ocidental, que teria surgido depois que as línguas germânicas orientais se separaram, entre os séculos I e IIaC. Essa ruptura reuniu os idiomas do noroeste e criou três grupos linguísticos, convencionalmente chamados de germânicos ocidentais. Com a ruptura, vieram também algumas inovações em aspectos como vocabulário.
- O surgimento do trema;
- O z passou a ser r;
- O pronome demonstrativo, que faz a vez do nosso esse/este.
Devido à falta de evidências escritas, esse período é fortemente controverso entre os linguistas. No entanto, as diferenças entre o germânico oriental, o germânico do norte e o germânico ocidental estão presentes e podem ser encontradas nas divergências e semelhanças linguísticas entre os países da Europa Central e os do norte e leste europeu.
Inglês
Trata-se de uma língua que surgiu na Inglaterra pelos antigos povos germânicos que migraram para a Grã-Bretanha. O inglês pode ser considerado um dos idiomas principais e está mais relacionado ao frisio e ao baixo saxão, com influências do latim e do francês. Saiba que ele se desenvolveu ao longo de mais de 1400 anos e é o idioma mais falado no mundo e o terceiro mais influente, depois do chinês e do espanhol.

Frisio
Embora não tenha causados os mesmos efeitos que o inglês, você pode encontrar professores, que inclusive já viveram na Alemanha para ter algumas noções de frisio. Aprender que ele é falado em Friesland (Holanda), no Sarre alemão e ao longo da costa oeste de Schleswig. O total é de cerca de 8.000 falantes. Surgido há 1000 anos na área costeira do Mar do Norte, se estendeu desde a moderna Holanda do Norte até Schleswig e suas ilhas adjacentes. Por não ter tido o desenvolvimento político e social similar ao da língua inglesa, é considerado até hoje um dialeto.
Holandês e africâner
O holandês é a língua oficial da Holanda e de algumas regiões da Bélgica. Também é falado nas Antilhas Holandesas e no Suriname. O africâner é uma das línguas oficiais da África do Sul, e pode ser considerado um derivado do holandês em alguns aspectos. Alguns professores ensinam os tópicos de gramática relacionados para tornar o aprendizado mais fácil. Embora hoje tenham tomado caminhos opostos, elas compartilham uma história em comum desde a época colonial.
Trata-se de uma língua muito uniforme, que conserva inclusive a mesma escrita tanto na Holanda quanto na Bélgica e possui uma variedade de dialetos, dependendo do país e da região. A língua usada é chamada de holandês padrão, enquanto cada dialeto representa um sotaque específico, que tem fortes traços da identidade e cultura da região de onde vem. Foi influenciada pelos falantes germânicos do Mar do Norte e pelos sulistas francônios durante os séculos VII e VIII, na época em que as potências merovíngias e carolíngias se expandiram para as áreas costeiras ocidentais e se estabeleceram em regiões povoadas pelo grupo germânico do Mar do Norte.
Historicamente, as cidades flamencas sofreram uma forte influência econômica e cultural, particularmente durante o período médio holandês (1150 - 1500). Prova disso são as influências de escribas e linguísticas de Flandres até o século XV. Durante o período de domínio estrangeiro dos séculos XVIII e XIX, a língua perdeu seu status político e econômico e somente no século seguinte é que a situação foi corrigida através de uma ação política sobre falantes do holandês. O africâner é derivado de um dialeto colonial do holandês, o que gerou muita controvérsia tanto em seu desenvolvimento histórico quanto em seu lugar hoje na sociedade sul-africana.
Mas como foi que o africâner se desenvolveu? A presença das línguas holandesas (das quais você provavelmente já ouviu falar) na África Austral começou em 1652, durante o período de colonização com a Companhia Holandesa das Índias Orientais. Além disso, havia um número considerável de alemães e franceses na região, o que resultou na mistura de dialetos holandeses com línguas europeias não-holandesas.

Outro fator crucial foi o surgimento de uma variedade crioula tanto entre o povo khoisan quanto na população escrava. Dessa intensa interação de línguas e culturas resultou o africâner, uma língua surgida entre o dialeto holandês e a variedade crioulizada. Foi declarado língua oficial somente em 1925 pelo Parlamento Sul-africano, substituindo completamente o holandês. Hoje em dia, o africâner também tem seus derivados e se assemelha ao holandês no léxico, mas com morfologia simplificada e várias inovações sintáticas.
Alemão
Nas aulas de alemão, você vai aprender que estamos falando de outra língua germânica ocidental, que se desenvolveu na Europa Central durante o início da Idade Média, mais precisamente durante a mudança consonantal do alto alemão. Atualmente, é a língua oficial de três países europeus. Por essa razão, encontrar um curso de alemão não é assim tão difícil.
Esses dialetos existem por conta das tribos germânicas distribuídas pela Europa Central e das influências culturais exercidas por cada uma delas. O ensino do alemão em um curso voltado para cultura permite estudar por vídeos que mostrem um pouco dessa realidade e fazer exercícios de gramática para consolidar a linguagem atual. Estudar idiomas vai além dos clássicos exercícios de vocabulário.
As diferenças mais marcantes estão entre as terras baixas do norte alemão e as terras altas do sul do país, como a Suíça com o alemão suíço e algumas partes da Áustria com o alemão austríaco. Tais diferenças podem ser explicadas pelas distâncias geográficas e o desenvolvimento histórico. O ensino do idioma para alunos de todo o mundo também acompanha tais transformações. Por isso é importante buscar um professor que se mantenha atualizado.
Iídiche
Por fim, estamos falando em uma vertente germânica ocidental que tinha cerca de 11 milhões de falantes até a Segunda Guerra Mundial. Metade desse povo morreu no holocausto nazista. Hoje em dia, ainda há nativos que o usam como segunda opção para se comunicar. A maioria vive em Israel e Estados Unidos. Trata-se de algo bem peculiar, que mistura elementos do alemão e das línguas romanas, eslavas e hebraico-aramaicas.

Historicamente, tudo começou no século X quando judeus do norte da Itália e da França se estabeleceram na Renânia. Logo depois, esses assentamentos judaicos precisaram se mudar para o território eslavo devido às Cruzadas e às perseguições que se seguiram após a Peste Negra. As línguas eslavas tiveram forte influência no desenvolvimento desse dialeto. Como se desenvolveu em diferentes países e culturas, é de grande interesse para os linguistas e estudiosos devido às particularidades e à sua diversidade em cada região.
Uma grande família
A família das línguas germânicas ocidentais é antiga, ampla, diversificada e está presente em vários países ao redor do mundo, onde os dialetos são moldados pelas culturas e identidades locais e regionais. Foram os eventos históricos que determinaram as variações que temos hoje. Nos cursos online do idioma, é possível encontrar professores até mesmo que vivem na Alemanha e se dedicam ao ensino desses idiomas de uma forma que não se atém somente ao vocabulário e à gramática. Eles proporcionam que você aprenda por meio de vídeos, e oferecem um curso mais dinâmico, com aulas enriquecedoras. Alguns fazem da aula um verdadeiro show.
Para que você conheça o básico da cultura alemã ou eleve seus níveis de conhecimento, é possível assistir a uma aula online gratuita, ou baixar material de alguma plataforma especializada a fim de fazer exercícios. Há ainda podcasts gratuitos sobre o assunto que você pode acompanhar. A internet oferece muito material para que você estude sem sair de casa.
Entretanto, muitas vezes, para passar do básico para outros níveis, é importante que você aprenda a falar com um professor que ministra cursos de cultura alemã. Uma aula de alemão básico é diferente de uma aula rica em elementos culturais e históricos. Eles fazem a diferença no desempenho do aluno quando ele precisa falar com um nativo, por exemplo. Nesse caso, não basta conhecer a gramática, é necessário estudar além.
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