Aprenda como pensar em inglês sem memorizar tabelas, usando lógicas simples! :) Professor certificado pela Cambridge

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• Você fala fluentemente esta língua por causa de suas origens ou porque um professor te motivou a aprendê-la?

  Principalmente por conta da minha irmã mais velha, que me influenciou muito nesse e em vários outros aspectos da minha vida. Quando eu era pequeno ela me motivava bastante a assistir e ler conteúdos em inglês. Por conta disso, criei o hábito de ficar próximo a conteúdos em inglês desde bem pequeno (por volta dos 9 anos, onde tive acesso a internet).
  Entretanto, essa não foi a única coisa que me fez aprender. Por mais que eu jogasse jogos em inglês, assistisse vídeos e ouvisse músicas no idioma, eu também estudei em uma escola de idiomas. Porém, por ter entrado em contato com a língua desde antes de me matricular, minha jornada se tornou bem mais fácil por conta de que a maior parte da gramática era já intuitiva para mim. O que me ajudou muito a aprender inglês e outros idiomas é ter a mente aberta, não tentar entender o motivo do porque as palavras mudam de ordem e focar nas diferenças que essas línguas têm com o português, mas sim procurar o que é similar e muitas vezes MUITO parecido, e lembrar disso, entendendo que um idioma é uma forma diferente de se pensar a mesma coisa, basta entender qual a lógica que usam e o que podemos usar da nossa própria língua materna para decifrar tais idiomas.

• Cite uma pessoa (da atualidade, histórica ou fictícia) que, na sua opinião, representa bem a cultura da língua que você ensina.

  Eu poderia citar diversos artistas de rock, pelo estilo de vida livre e rebelde que é propagado pelos EUA desde sempre. Contudo, acho que o Paul McCartney é um ícone da cultura inglesa, que se adaptou a todas as épocas da música e estilos que vem à nossa cabeça quando pensamos nessa cultura. Inclusive, é muito difícil encontrar algum professor que nunca utilizou uma música dos Beatles em suas aulas para explicar algo, pela pronúncia ser sempre bem clara e as letras se encaixam perfeitamente com a grade de ensino, coincidentemente.

• Existe alguma palavra, expressão ou tradição típica que você goste particularmente?

  Existem muitas, principalmente vícios de linguagem, ex: "so", "you know", "like". Porém existem frases (idioms) que eu gosto muito do sentido também e acho até engraçadas, como "to add insult to injury" que seria quando uma situação já é irritante o suficiente, mas ainda sim piora. "Idioms" no geral, são minhas expressões preferidas.

• Por qual motivo aprender esta língua é importante (seja no âmbito escolar, profissional ou pessoal)?

  Atualmente é claro o motivo pelo qual precisamos aprender inglês. Temos diversas formas de se conectar com estrangeiros e receber oportunidades no exterior, mas a única coisa que obstrui o caminho é não saber falar a língua comum, que é o inglês. Principalmente para nós, brasileiros, é interessante receber em Dólar, Libra ou Euro, por exemplo. Mas isso ocorre quando temos contato com pessoas estrangeiras, que muito raramente vão se dar o trabalho de aprender Português, caso não morem aqui.

• Qual a maior dificuldade no aprendizado desta língua e o como contornar este obstáculo?

  Acredito que a maior dificuldade para aprender um idioma é começar a aprender. No começo nós realmente não fazemos ideia alguma do que há de vir, então é bem mais complicado de até mesmo utilizar o que aprendemos. Uma das coisas que facilita bastante o processo é ter um professor que consiga deixar claro como funcionam as coisas sem que haja milhões de detalhes que dependam da memória. Confiar na memória para aprender é muito falho. E também vindo do estudante, é necessário que ele se convença de que é capaz de fazer isso, porque todos somos, porém nesses anos de função que tenho, presenciei muitas situações onde alunos se achavam incapazes e até insultavam a si mesmos. Isso não leva ninguém a lugar algum e não serve somente para o aprendizado esse conselho. Outra coisa, como dito em outra resposta, é ter noção de que idiomas foram criados. Criados por pessoas diferentes, em tempos diferentes, com sons, lógica e palavras diferentes. Ou seja, é importante ter essa noção para se entender que a compreensão e paciência de entender
  deve partir de nós mesmos, por mais que nós brasileiros temos sorte de por exemplo utilizar uma estrutura gramatical muito similar a que é utilizada no inglês. Não é sempre que teremos uma tradução, falantes nativos do inglês não falam português ao contrário, falam inglês. É importante também ressaltar a importância de se manter perto do idioma de diversas formas, seja lendo livros infantis, fazendo pesquisas no google em inglês, conversando com o chatGPT e principalmente utilizando o que aprendeu diariamente de forma falada. Pois, quando estamos lendo algo, temos mais tempo para pensar e interpretar e acabamos ficando fadados a demorar demais para pensar. Quando falamos, temos que utilizar todas as lógicas muito mais rápido e fazer isso em tempo real, então isso ajuda muito na memorização de forma não dolorosa e também na sua própria fluência do idioma. Podemos por exemplo, ler em voz alta, ouvir e tentar falar ao mesmo tempo o que ouvimos, assim estamos misturando nossos sentidos para aguçar todos e sermos instintivamente programados a falar inglês.

• Você poderia compartilhar alguma história e/ou curiosidade engraçada relacionada à sua profissão ou as aulas particulares?

  No geral, existem muitas situações engraçadas e interessantes que acontecem quando você é um professor de idiomas, eu uso muito do humor para ensinar e fazer com que os alunos se sintam mais descontraídos durante a aula, então no meu caso houveram inúmeras situações onde passamos um bom tempo dando risadas enquanto aprendemos. Eu tento fazer com que isso aconteça em todas as aulas, isso ajuda muito na memorização também. Isso é extremamente necessário quando estamos lecionando para crianças ou adolescentes, é importante que às vezes sejamos tanto um apresentador de stand-up quanto um professor. Eu particularmente gostava muito de professores assim quando eu estudava na escola, isso te faz sentir que ele não é um robô ou uma pessoa desinteressante, então eu decidi ser assim também. Uma das coisas que mais gerava ânimo era fazer peças de teatro com os alunos ou projetos desse tipo, cada um representando um país,
  imitando um sotaque, vestindo roupas características, na maioria das vezes o estereótipo era tão grande que chegava a ser caricato, e os alunos também gostavam bastante disso, ou quando eu uso situações extremas para explicar alguma coisa.

• Nos ajude a te conhecer melhor, nos conte um pouco sobre suas viagens, amizades nativas no idioma que você você leciona entre outros!😀

  Eu tenho uma banda e nós fazemos músicas em inglês. Nós sempre postamos conteúdo nas redes sociais e por conta disso acabei fazendo amizade com muitos estrangeiros, e não só de países falantes do inglês. É bem motivante saber que o que eu escrevi aqui em casa chegou em lugares que eu nem sei se vou visitar um dia, e cheguei até lá sem comprar passagem, viajando pelas caixas de som. A comunidade da música é bem abrangente dependendo do nicho e eu pude fazer projetos e ter suporte de muitos estrangeiros.

• O que faz de você um Superprof (além do poder de se comunicar em várias línguas 😜)?

  Acredito que o que me diferencia é a questão de ter explicações simples e efetivas que não dependam de memória ou exercícios maçantes para serem compreendidas. Pelo menos, é o que meus alunos me dizem. Sempre busco utilizar dos 5 sentidos para explicar como funcionam as coisas em um idioma, porque foi dessa forma que eles foram feitos, por meio da observação e um pensamento lógico de organização de palavras e etc. É mais fácil entender como funciona uma frase quando você consegue ver algo e só de bater o olho você sabe como descrever aquilo, ou quando você está falando, por exemplo, saber quais partes vocais são utilizadas para falar, porque aí você consegue literalmente sentir se está falando certo ou não, se dá para juntar as palavras (algo que ocorre muito) e coisas do tipo. Utilizo muito de desenhos e de situações onde tudo se torna praticamente óbvio só de olhar, até o momento que parece besteira de tão fácil que se tornou, e ainda sim, faço questão de perguntar a resposta de novo para ter certeza. Procuro fazer com que meus alunos me expliquem também o que aprenderam, dessa forma tenho certeza que realmente absorveram o conteúdo e nunca mais vão esquecer daquilo, que toda a linguagem tenha se tornado tão natural quanto respirar e contar até 3. Então quem participa das minhas aulas não só aprende inglês, mas se torna tão bom naquilo que consegue explicar, também de forma eficiente
  e natural, como tudo aquilo funciona. Dessa forma, às vezes o aluno vai sim para o lugar de professor, para ele mesmo aprender como se aprende e como se ajudar quando não estiver em aula.