Antes de começar, vamos estabelecer um conjunto de notações usuais para derivadas de uma função .

O motivo de utilizarmos diferentes notações para o mesmo conceito é que, em alguns casos, os cálculos se tornam extensos ou trabalhosos, e convém adotar expressões mais curtas. O essencial é que todas representem a mesma ideia

A primeira derivada de uma função pode ser indicada por:

já a segunda derivada (a derivada da derivada) pode ser escrita como:

Neste material, para evitar confusões, usaremos a notação para a primeira derivada, e para a segunda derivada.

Uma vez definidas as notações, podemos estudar certas propriedades das funções.

De forma mais precisa, veremos os critérios que indicam onde uma função atinge seus valores máximos ou mínimos em uma determinada região. Esses pontos são chamados de máximos ou mínimos relativos.

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Vamos

Extremos relativos

Primeiro, vamos identificar o tipo de ponto que queremos localizar. Em termos simples, tratam-se dos pontos em que uma função atinge um valor máximo ou mínimo em comparação com valores próximos. Tais pontos recebem o nome de extremos relativos.

Se é uma função derivável em , então é um extremo relativo ou local se:

Máximos relativos

Se é uma função derivável em , então é um máximo relativo se:

Mínimos relativos

Se é uma função derivável em , então é um mínimo relativo se:

Cálculo de máximos e mínimos

Vamos considerar a função

Para determinar os extremos relativos, seguimos os passos:

1Encontramos a primeira derivada da função e calculamos as raízes.

Primeiro, a derivada da função:

Agora as raízes, resolvendo a equação:

Logo, as raízes são:

2Descobrimos a segunda derivada e verificamos o sinal nas raízes

Calculamos a segunda derivada da função:

Avaliamos as raízes obtidas na segunda derivada:

,  en a função tem um máximo relativo.

, en a função tem um mínimo relativo.

3Calcular as imagens (da função) dos extremos relativos.

, logo em o gráfico da função, há um máximo relativo.

, logo em o gráfico da função, há um mínimo relativo.

Estudo dos extremos relativos a partir do crescimento

Se já estudamos os intervalos de crescimento e decrescimento de uma função, então:

  • Há um máximo em um ponto quando a função passa de crescente a decrescente .
  • Há um mínimo em um ponto quando a função passa de decrescente a crescente .

Exemplo:

Vamos considerar a seguinte função:

Para encontrar os extremos relativos seguiremos os seguintes passos:

1Determinar o domínio da função, a primeira derivada e suas raízes.

Primeiro o domínio da função.

Vamos encontrar os pontos onde a equação fica indeterminada, ou seja,

O denominador se anula em logo

Resolvendo a derivada:

Agora as raízes, resolvendo a equação:

As raízes são:

2Pegamos os valores calculados e geramos partes da reta real.

Depois, pegamos um valor de cada setor, vamos avaliar na primeira derivada e observamos os sinais obtidos com a finalidade de analisar a natureza da função em cada setor.

Usamos os valores calculados e geramos os setores na reta real

Os valores são: então os setores são

Verificando o sinal em cada intervalo:

  • Seja , então em a função é crescente
  • Sea , então em a função é crescente
  • Seja , então em a função é decrescente
  • Seja , então em a função é crescente

Na tabela a seguir, é possível ver a informação obtida:

3Interpretamos a informação e identificamos máximos ou mínimos.

Observamos que foram gerados duas trocas de sinais, que está e e vamos descartar porque não está definida.

A próxima troca de sinal a , e como é de decrescente para crescente então existe um mínimo relativo.

4Avaliar o ponto na função para conhecer o ponto no plano

Vemos que , assim, no ponto , a função tem um mínimo relativo.

Exercícios para praticar

Encontre os máximos e mínimos das funções a seguir:

1

Solução

1Calculamos a primeira derivada da função e suas raízes.

Primeiro, a derivada da função:

 

 

Agora, as raízes, resolvendo a equação:

 

 

As raízes são:

 

2Calculamos a segunda derivada e verificamos o sinal que ela assume nas raízes.

A segunda derivada da função é:

 

 

Avaliação das raízes na segunda derivada:

 

, em a função tem um mínimo relativo.

 

, em a função tem um mínimo relativo.

 

3Calculamos a imagem (na função) dos extremos relativos.

 

, em o gráfico da função tem um mínimo relativo.

 

, em o gráfico da função tem um máximo relativo.

 

, em o gráfico da função tem um mínimo relativo.

2

Solução

1Calculamos a primeira derivada da função e suas raízes.

Primeiro, a derivada da função:

 

 

Agora, as raízes, resolvendo a equação:

 

 

Portanto, a raiz é:

 

 

2Calculamos a segunda derivada e verificamos o sinal que ela assume na raiz.

A segunda derivada da função é:

 

 

Avaliação da raiz na segunda derivada:

 

, em la função tem um mínimo relativo.

 

3Calculamos a imagem (na função) do extremo relativo.

 

em o gráfico da função tem um mínimo relativo.

3

Solução

1Calculamos a primeira derivada da função e suas raízes.

Primeiro, a derivada da função:

 

 

Agora, as raízes, resolvendo a equação:

 

 

Significa que as raízes são:

 

 

2Calculamos a segunda derivada e verificamos o sinal que ela assume nas raízes.

A segunda derivada da função é:

 

 

Vamos fazer a avaliação das raízes na segunda derivada:

 

, e em a função tem um mínimo relativo.

 

3Calculamos a imagem (na função) dos extremos relativos.

 

, em o gráfico da função tem um máximo relativo.

 

, em o gráfico da função tem um mínimo relativo.

4

Solução

Neste caso é necessário considerar o domínio, pois pode ser que devamos descartar valores que não pertencem a ele.

Na verdade, sempre devemos analisar o domínio, mas às vezes é feito de forma implícita.

0Calculamos o domínio da função.

O domínio da função logaritmo natural é dado quando o argumento é positivo, então devemos resolver:

 

 

As soluções de são . Isso gera os intervalos . Avaliando o sinal de e conhecer o sinal gerado, para resolver:

 

 

Portanto, o domínio da função é:

1Calculamos a primeira derivada da função e suas raízes.

Primeiro, a derivada da função:

 

 

Agora, as raízes, resolvendo as equações:

 

 

As raízes são:

 

 

Descartamos a já que

2Calculamos a segunda derivada e verificamos o sinal que ela assume nas raízes.

A segunda derivada da função é:

 

 

Vamos avaliar as raízes obtidas na segunda derivada:

 

, em o gráfico da função tem um máximo relativo.

5

Solução

1Calculamos a primeira derivada da função e suas raízes.

Primeiro, a derivada da função:

 

 

Agora, as raízes:

 

 

As raízes são:

 

, com

 

2Calculamos a segunda derivada e verificamos o sinal que ela assume nas raízes.

A segunda derivada da função é:

 

 

Vamos fazer a avaliação das raízes da segunda derivada:

 

, em a função tem um mínimo relativo para cada

 

, em o gráfico da função tem um mínimo relativo para cada

 

, em o gráfico da função tem um máximo relativo para cada

Problemas

1

Determine , e para que a função tenha um mínimo para e assuma o valor para e para .

Solução

O problema se reduz a que ocorram as seguintes condições:



  •  
  •  

o que significa que devemos calcular a primeira derivada da função:

 

 

e, com isso, realizar as substituições:

 

  •  
  •  
  •  
  •  

 

obtendo-se um sistema de três equações com três incógnitas

 

 

cuja solução é:

2

Determine , e para que a função tenha um máximo para , um mínimo para , e assuma o valor para .

Solução

O problema se reduz a que ocorram as seguintes condições:

  •  
  •  

 

o que significa que devemos calcular a primeira derivada da função:

 

 

e, com isso, realizar as avaliações:

 

    •  
  •  
  •  

 

obtendo-se um sistema de três equações com três incógnitas:

 

 

cuja solução é

3

Determine o valor de ,, e para que a função tenha um máximo em e um mínimo em .

Solução

O problema se reduz a que ocorram as seguintes condições: 

 

  •  
  •  
  •  

 

o que significa que devemos calcular a primeira derivada da função:

 

 

e, com isso, realizar as substituições correspondentes:

    • latex]\displaystyle f(2)=8a+4b+2c+d=0[/latex]
  •  
  •  
  •  

 

obtendo-se um sistema de quatro equações com quatro incógnitas

 

 

cuja solução é

4

Considerando a função:

 

Calcule , e , de modo que tenha em um extremo local e que a curva passe pela origem das coordenadas.

Solução

O problema se reduz a que ocorram as seguintes condições:

  •  
  •  

o que significa que devemos calcular a primeira derivada da função:

 

 

e, com isso, realizar as substituições:

  •  
  •  

 

obtendo-se um sistema de três equações com três incógnitas:

 

 

cuja solução é:

5

Encontre e para que a função: tenha extremos nos pontos e . Para esses valores de e , qual tipo de extremos tem a função a função em e em ?

Solução

Vamos calcular a primeira e a segunda derivada da função, isto é, para buscar as condições para que haja extremos e depois para conhecer sua natureza.

 

 

Agora, como queremos que a função tenha extremos nos pontos e , estabelecem-se as seguintes igualdades:

  •  

 

gerando um sistema cuja solução é:

e .

 

Já encontramos os valores que fazem a função ter extremos nos pontos indicados; agora vejamos sua natureza. Para isso precisamos da segunda derivada da função:

 

 

Agora vejamos a natureza de cada extremo:

    • , em , a função tem um mínimo relativo.
    • , em , a função tem um mínimo relativo.

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Ms. Kessia

Produtora de conteúdo apaixonada por conectar culturas por meio das palavras, equilibrando a criação para redes sociais com o desafio de criar para o mundo dois meninos incríveis.