A quantidade de ataques cibernéticos tem crescido muito nos últimos anos, uma vez que os hackers (e, junto com eles, os governos, organizações e instituições) têm percebido os resultados sem precedentes que uma invasão hacker pode provocar, sem precisar de muito esforço e nem de um alto investimento.
Ao invés das guerras serem militares, elas se transformaram em cibernéticas, em sua maioria, também devido à relevância dos dados confidenciais encontrados. Tais dados podem comprometer governos e organizações, possibilitar roubos bancários, entre outros.
O recurso mais valioso na era tecnológica atual são os dados
Júlio Liberato
Por isso, é fundamental que os sistemas e redes sejam protegidos com um forte e eficiente programa de cibersegurança. Diante da importância do ciberataque para a atualidade, vamos ler informações relevantes sobre o hacking, ou melhor, sobre o ataque cibernético? Veja tudo!
O que são hackers e o que fazem?
A origem do termo hacker não possui uma conotação negativa - como é comum hoje em dia. Na década de 60, nos Estados Unidos, esse termo era usado para se referir aos estudantes de ciências da computação do MIT que tinham um alto nível de conhecimento em programação.
Com o passar do tempo, as pessoas começaram a usar o termo hacker para se referir ainda aos estudantes/profissionais com alto nível de conhecimento, porém, que usavam tal habilidade de forma mal intencionada - ou seja, para executar ataques cibernéticos.
Esse termo ainda é usado hoje em dia, se referindo a aqueles profissionais mal intencionados, que usam um capuz e ficam atrás de um computador, utilizando linguagens de programação para cometer cibercrimes.
Apesar de até hoje o termo hacker ter uma conotação negativa, é importante ressaltar que existem diferentes tipos de hackers, e nem todos "trabalham para o mal". Há, inclusive, os hackers éticos, que visam aumentar o nível de segurança dos sistemas, evitando os ciberataques. Veja os tipos de hackers:
- White hat hackers: também chamado de hacker ético, esse tipo de hacker tem a função de identificar vulnerabilidades nas redes e sistemas e aumentar o nível de cibersegurança para evitar que os hackers mal-intencionados façam ataques;
- Black hat hackers: esses hackers são aqueles comuns, também chamados de criminosos cibernéticos, que realizam ciberataques e atuam de forma mal intencionada, com o objetivo de afetar negativamente as redes e os sistemas;
- Grey hat hackers: esses hackers ficam no meio termo, pois não fazem ataques cibernéticos, mas também não contribuem com o seu impedimento;
- Green hat hackers: são os hackers iniciantes, que ainda estão estudando programação para atuar no segmento; eles também são chamados de "newbie";
- Blue hat hackers: são hackers responsáveis por testar o nível de segurança dos programas, antes dos seus lançamentos, evitando ataques hackers;
- Red hat hackers: além de ajudar na cibersegurança, evitando ataques cibernéticos, os red hat também buscam contra-atacar os hackers mal-intencionados.
Deu para perceber que os tipos hacking hackers têm as suas respectivas funções dentro do universo da programação, não é mesmo? Para ser mais preciso, o hackers chapéu preto fazem ataques cibernéticos e os hackers chapéu branco protegem os sistemas desses ataques. Entendeu o que é um ataque cibernético?
O que está por trás de um ciberataque?
Por trás de um ataque cibernético, o hacker analisa três fatores principais, a fim de verificar se vale a pena aplicar o ciberataque, onde aplicá-lo e de que forma. Tais fatores estão descritos a seguir.
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Fator vulnerabilidade
Os hackers preferem realizar os seus ataques em sistemas vulneráveis, que têm brechas e falhas de segurança. Se algum sistema ou rede tem falhas no seu sistema de segurança, há mais chances de que eles sejam atacados por hackers, uma vez que eles agem "em cima" da falha.
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Fator especularidade
Os hackers também analisam o impacto que o seu ataque cibernético terá. Em determinados ataques, principalmente os políticos e sociais, os hackers querem os seus ataques conhecidos; mas em ataques de roubos de dados, eles preferem trabalhar em silêncio.
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Fator medo
Os hackers preferem atuar contra pessoas ou instituições que têm medo, uma vez que esses podem "morder a isca" mais facilmente e simplificar a aplicação do ataque cibernético. Quando as pessoas têm medo, por exemplo, elas atuam de forma irracional, "caindo" na cilada do cibercrime.
Além desses fatores, existe um planejamento por trás do cibercrime. O processo para a realização de um ataque cibernético envolve várias etapas. A primeira diz respeito à verificação da vulnerabilidade, pois os hackers não fazem ataques maliciosos a sistemas com forte cibersegurança. Essas vulnerabilidades de segurança podem ser:
- Baixa conscientização e amplo desconhecimento das pessoas sobre ciberataques;
- Softwares desatualizados e/ou desconfigurados;
- Senhas fracas.
Após identificar uma falha de segurança, os hackers já aplicam as técnicas de hacking, a fim de alcançar os seus objetivos. Essas técnicas usadas pelos hackers black hat podem ser phishing, injeção SQL, ataques negação serviço, engenharia social, min in the middle, etc.
Depois, os hackers mal intencionados aplicam o ataque cibernético e os concluem, podendo não fazer mais ataques ou realizar ataques recorrentes e constantes, se perceber a permanência das falhas de segurança.
Vale ressaltar que os hackers executam os ataques e deixam o ambiente "limpo" para que nada seja descoberto. Assim, eles conseguem realizar violações dados, fazer roubo de informações, obter acessos não autorizados, etc.
O que é guerra cibernética e porque é cada vez mais uma ameaça?
Além do ataque cibernético, também existe a guerra cibernética, que consiste na prática de ataques mútuos - seja entre organizações, instituições, governos ou usuários. Por exemplo, o governo russo realizou ataques contra o governo ucraniano, antes da invasão dos militares.
As guerras cibernéticas podem ter diferentes objetivos, como promover falhas nos sistemas de educação, transporte, segurança, comunicação, energia... gerando uma verdadeira desestabilização na cidade, no estado ou em qualquer lugar em que tenha sido feita a aplicação do ataque.
Essas guerras também pode surgir para roubar informações confidenciais dos usuários, impossibilitar o acesso dos usuários a sites e redes, espalhar notícias falsas para desmoralizar um governo e fazer as pessoas desacreditarem nos órgãos governamentais, entre outros.
A guerra cibernética é cada vez mais uma ameaça por causa do aumento da quantidade de guerras cibernéticas nos últimos anos. Várias guerras isoladas têm ocorrido em diferentes partes do mundo, o que aumenta as chances de ocorrência de uma ciberguerra mundial, sem precedentes.
Como os países têm disputado o alcance do poder através de ataques cibernéticos isolados, há chances de haver guerras cibernéticas de alcance mundial
Além do aumento do número de guerras cibernéticas, outro fator que facilita a iniciação de uma guerra cibernética é que os governos, organizações e instituições necessitam dos sistemas e redes para o seu amplo funcionamento, seja em qualquer setor, como econômico, político, social, de comunicação, etc.
Hacker ético: pode um ataque informático ser moralmente íntegro?
O hacker pode ser moralmente íntegro, se a técnica hacking utilizada for voltada para a ética. O hacker ético tem a responsabilidade de identificar as vulnerabilidades de segurança de uma rede ou de um sistema e implementar técnicas de segurança cibernética para evitar ciberataques.
Diante disso, o hacker comum e o hacker ético apresentam as mesmas skills, mas agem de forma diferente, ou melhor, em caminhos opostos. Os trabalhos divergem porque o hacker ético protege com cibersegurança e o outro implementa ciberataques. Porém, ambos utilizam da programação para tal.
Vale ressaltar que, no universo hacker, o hacker ético (ethical hacking) é chamado de white hat - enquanto o hacker mal intencionado é chamado de black hat. Então um é o chapéu branco, enquanto o outro é o chapéu preto. Interessante, não é mesmo? As principais técnicas de hacking ético são:
- Teste penetração: consiste em fazer simulações de um ciberataque para verificar a situação do nível de segurança rede e implementar ferramentas de proteção cibernética;
- Análise de malware: consiste no estudo do funcionamento dos malware e ransomware para implementar estratégias de impedimento de ataques cibernéticos;
- Gerenciamento de risco: consiste na análise das falhas existentes, como vulnerabilidade de segurança e falta de conscientização das pessoas quanto aos ataques, os quais aumentam as ameaças de ataque hacker.
Com testes e análises, os hackers éticos conseguem diminuir os ataques cibernéticos, trabalhando em prol da proteção de redes e sistemas de organizações, instituições, governos, empresas, etc. O seu trabalho de identificar explorar vulnerabilidades existentes é verdadeiramente importante!
Segurança cibernética: como se proteger dos ataques?
Existem algumas formas de se proteger dos ataques cibernéticos, como instalar patches para que o software seja sempre atualizado automaticamente, não dando brechas para tais ciberataques, usar senhas com vários caracteres, incluindo letras maiúsculas e minúsculas, números e pontos e instalar um antivírus no sistema de computadores.
Além disso, você também pode implementar autenticação de dois fatores nos seus dispositivos e computadores, evitar clicar em programas e/ou links que desconhece a procedência, adicionar senhas nos sistemas e redes que puder, entre outros.
Assim, você consegue diminuir as chances de sofrer um ataque cibernético, seja nos seus dispositivos pessoais ou na sua empresa, por exemplo. Afinal, você consegue ficar protegido em diferentes camadas, dificultando o acesso dos hackers.
E aí, descobriu o que é um ataque cibernético e, ainda, descobriu mais informações sobre o universo do ciberataque? Se conseguimos te ajudar nesse "estudo", comente abaixo. Para quem também está pesquisando sobre ataque cibernético, compartilhe este texto!
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