Você tem dúvidas sobre os conceitos de morfologia e sintaxe? Como montar uma estrutura da frase?

A morfologia analisa a formação, a classificação e as flexões das palavras. Ela estuda como os termos se estruturam internamente, identificando elementos como radicais, afixos e desinências, além de categorias gramaticais (substantivo, verbo, adjetivo, etc.).
Enquanto isso, a sintaxe trata da relação entre as palavras dentro das orações e períodos. Ela organiza o modo como os termos se combinam para formar frases com sentido, definindo funções sintáticas como sujeito, predicado, objeto e adjunto.
Na prática, morfologia e sintaxe funcionam juntas: enquanto a morfologia foca na palavra, a sintaxe analisa como essas palavras se conectam para transmitir ideias.
O estudo dessas áreas serve para compreender, interpretar e produzir textos com clareza e correção, além de aperfeiçoar a comunicação oral e escrita.
O que é morfologia?
A morfologia é o ramo da gramática que estuda a estrutura, a formação e a classificação das palavras. Seu objetivo é compreender como as palavras são constituídas, como se formam e como se transformam por meio de flexões, como gênero, número, tempo, modo e pessoa.
Dessa forma, ela analisa elementos como radical, afixos, vogal temática e desinências, permitindo entender a composição interna de cada termo.
Além disso, a morfologia também classifica as palavras de acordo com sua função e significado, agrupando-as em classes gramaticais. Veja um guia completo sobre fonemas.
O que é sintaxe?
O que é sintaxe? As figuras de sintaxe são a parte da gramática que estuda a relação entre as palavras dentro das frases e orações. Ela analisa como os termos se organizam e se conectam para formar enunciados com sentido.
O foco da sintaxe é definir funções sintáticas, como sujeito, predicado, objeto e adjunto, além de estabelecer as regras para a construção de orações e períodos. Por meio da sintaxe, é possível compreender como as palavras interagem para transmitir mensagens de forma clara e correta.
A principal diferença é que a morfologia se concentra na palavra isolada, estudando sua estrutura e classificação, enquanto a sintaxe analisa a relação entre as palavras dentro de um enunciado.
A morfologia responde à pergunta “o que é e como é formada essa palavra?”, enquanto a sintaxe explica “qual a função dessa palavra na frase?”.
Apesar dessa distinção, as duas áreas estão interligadas: conhecer a morfologia ajuda na compreensão da sintaxe, e vice-versa, já que para entender a função de uma palavra é preciso saber sua natureza.
Sintaxe e morfologia | Tabela comparativa
Confira, abaixo, a tabela comparativa que a Superprof separou sobre sintaxe e morfologia:
| Aspecto | Sintaxe | Morfologia |
|---|---|---|
| Definição | Estuda a função e a relação das palavras na frase. | Estuda a estrutura, formação e classificação das palavras. |
| Foco principal | Organização e posição das palavras para formar sentido. | Composição interna e forma das palavras. |
| Unidade de análise | Frases, orações e períodos. | Palavras e seus elementos formadores (radical, afixos, desinências). |
| Objetivo | Garantir que as palavras estejam combinadas de forma lógica e gramatical. | Compreender como as palavras são formadas e classificadas. |
| Exemplos de estudo | Sujeito, predicado, concordância, regência, colocação pronominal. | Substantivos, adjetivos, verbos, pronomes, prefixos e sufixos. |
| Pergunta que responde | “Como as palavras se relacionam para formar sentido?” | “Como as palavras são formadas e qual a sua classe gramatical?” |
| Relação entre elas | Usa as palavras já classificadas pela morfologia para organizá-las. | Fornece à sintaxe as palavras devidamente classificadas para serem organizadas. |
Aqui falamos sobre as principais figuras de linguagem.
O que são classes gramaticais?
As classes gramaticais são categorias que agrupam as palavras de acordo com características morfológicas e funcionais. No português, elas se dividem em variáveis (substantivo, adjetivo, artigo, pronome, numeral, verbo) e invariáveis (advérbio, preposição, conjunção e interjeição).
Cada classe possui impacto diferente na construção das frases. Por exemplo, substantivos nomeiam seres, objetos e conceitos; adjetivos qualificam; verbos expressam ações ou estados; advérbios modificam verbos, adjetivos ou outros advérbios.
Como identificar o radical de uma palavra?
O radical é o núcleo de significado da palavra, a parte que contém seu sentido básico. Para identificá-lo, é preciso observar qual elemento permanece invariável em diferentes palavras da mesma família lexical.
Por exemplo, em “flor”, “florista” e “florido”, o radical é “flor”, pois ele mantém o sentido original em todas as variações. Em alguns casos, o radical pode sofrer pequenas alterações (radical alternante), como em “carro” e “carregar” (radical carr-).
Saber identificar o radical é preciso para compreender a formação de palavras e reconhecer a relação entre termos que compartilham o mesmo significado central.
O que são afixos e para que servem?
Afixos são elementos que se unem ao radical de uma palavra para modificar seu sentido ou criar novos termos. Eles não têm significado completo sozinhos, atuando na formação de palavras.
Existem dois tipos principais: prefixos, que aparecem antes do radical (como re- em “refazer”), e sufixos, que vêm depois do radical (como -mente em “rapidamente”).
Os afixos podem alterar o significado, a classe gramatical ou indicar flexões, contribuindo para o enriquecimento do vocabulário e a precisão na comunicação.
Como diferenciar substantivo, adjetivo e verbo?
O substantivo nomeia seres, objetos, lugares, sentimentos e ideias, como “casa”, “felicidade” e “Brasil”. O adjetivo qualifica ou caracteriza o substantivo, atribuindo-lhe propriedades, como “bonito”, “rápido” ou “calmo”.
O verbo expressa ações, estados ou fenômenos, como “correr”, “estar” e “chover”. Para diferenciar, basta observar a função da palavra: se nomeia algo, é substantivo; se atribui qualidade ou característica, é adjetivo; se indica ação ou estado, é verbo. Veja mais sobre semântica.
O que são funções sintáticas?
Funções sintáticas são os papéis que as palavras ou grupos de palavras desempenham dentro de uma oração. Elas determinam como os termos se relacionam entre si para formar sentido.
Exemplos de funções sintáticas incluem sujeito, predicado, objeto direto, objeto indireto, adjunto adverbial e complemento nominal.
Cada função está ligada à organização da frase e ao significado que ela transmite. Compreender as funções sintáticas serve para interpretar textos e produzir enunciados corretos, respeitando as regras da norma culta.
Como identificar o sujeito de uma oração?
O sujeito é o termo da oração sobre o qual se declara algo. Para identificá-lo, é preciso encontrar quem ou o que pratica a ação ou sofre a ação expressa pelo verbo.
Em “O professor explicou a lição”, o sujeito é “O professor”. Ele pode ser simples (um núcleo), composto (mais de um núcleo), oculto (não expresso, mas identificado pelo contexto) ou indeterminado (quando não se sabe ou não se quer indicar quem é).

Qual a diferença entre predicado verbal e nominal?
O predicado verbal é aquele cujo núcleo é um verbo que indica ação, como em “Os alunos estudaram muito”. O predicado nominal tem como núcleo um nome (substantivo ou adjetivo) e utiliza um verbo de ligação, que conecta o sujeito a uma característica ou estado, como em “O dia está ensolarado”.
Existe ainda o predicado verbo-nominal, que combina ação e característica, como em “O professor chegou cansado”. Diferenciar esses tipos de predicado é importante para analisar a estrutura das orações e compreender melhor o funcionamento da sintaxe.
O que é objeto direto e indireto?
O objeto direto é o termo que completa o sentido de um verbo transitivo direto, ligando-se a ele sem o uso de preposição. Por exemplo: “Comprei um carro” – “um carro” é o objeto direto.
Enquanto isso, o objeto indireto completa o sentido de um verbo transitivo indireto, mas vem sempre acompanhado de uma preposição exigida pelo verbo.
Exemplo: “Gosto de música” – “de música” é o objeto indireto. Em alguns casos, uma oração pode conter ambos, formando o chamado objeto direto e indireto na mesma frase, como em “Entreguei o presente ao amigo”.
Como identificar adjuntos adnominais e adverbiais?
O adjunto adnominal é um termo que acompanha e caracteriza um substantivo, podendo ser formado por artigos, adjetivos, pronomes, numerais ou locuções adjetivas.
Exemplo: “O carro novo chegou” – “O” e “novo” são adjuntos adnominais de “carro”. Já o adjunto adverbial indica circunstâncias como tempo, lugar, modo, causa, finalidade e intensidade, modificando o verbo, o adjetivo ou outro advérbio.
Exemplo: “Ela falou com calma” – “com calma” é adjunto adverbial. A principal diferença é que o adnominal se liga ao substantivo, enquanto o adverbial modifica a ação ou qualidade.
O que é concordância verbal e nominal?
A concordância verbal consiste na adequação do verbo ao sujeito em número (singular ou plural) e pessoa (primeira, segunda ou terceira). Por exemplo: “Nós estudamos” – o verbo “estudamos” está no plural e na primeira pessoa para concordar com o sujeito “nós”.
Consequentemente, a concordância nominal refere-se à harmonia entre palavras que se relacionam com o substantivo, como artigos, adjetivos, pronomes e numerais, concordando em gênero (masculino ou feminino) e número.
Exemplo: “Meninas inteligentes” – “meninas” e “inteligentes” estão no feminino plural.
Qual a diferença entre oração e período?
A oração é um enunciado que contém, obrigatoriamente, um verbo ou locução verbal, expressando uma ideia completa ou não.
O período é um conjunto de orações. Quando há apenas uma oração, temos um período simples. Quando há duas ou mais, temos um período composto, que pode ser por coordenação ou subordinação.
Por exemplo: “Eu cheguei cedo” é uma oração e também um período simples. “Eu cheguei cedo e ele saiu tarde” é um período composto formado por duas orações.
O que é regência verbal e nominal?
A regência verbal analisa a relação entre o verbo e seus complementos, verificando se exige ou não preposição. Por exemplo, o verbo “assistir” no sentido de “ver” exige a preposição “a”: “Assisti ao filme”.
A regência nominal estuda a relação entre um nome (substantivo, adjetivo ou advérbio) e seus complementos, também verificando a necessidade de preposição. Exemplo: “Amor a Deus” – o substantivo “amor” exige a preposição “a”.
E então, mais alguma dúvida sobre morfologia e sintaxe?









