Você sabe o que é o movimento feminista e quais são as características de suas ondas? Qual é a origem do movimento e o que incentivou para acontecer?

A primeira onda do movimento feminista surgiu em 1848, quando Elizabeth Stanton e Lucretia Mott  se reuniram a fim de lutar pelo direito das mulheres ao voto / sufrágio. O foco feminino da época era a participação política e econômica. 

E, após essa participação ter sido conquistada nos Estados Unidos e em outros países, outros assuntos também tornaram-se os alvos de debate, como a igualdade de gênero, aborto, sexualidade e cultura do estupro. 

Conforme os cursos de história, a ideologia feminista está voltada para os pensamentos de esquerda, justamente porque há ramos que pregam o fim da propriedade privada de modo a acabar com a opressão masculina sobre o sexo feminino. 

A biologia também é utilizada como argumento, afinal, há séculos os homens se prevaleciam com a força para caçar. No entanto, esta força não é mais justificável em nossa sociedade devido aos avanços da tecnologia e a domesticação dos animais. 

Quer saber mais sobre as características que fazem parte de cada uma das ondas? 

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Quais são as ondas feministas?

Confira, abaixo, uma lista com as principais características em relação a cada uma das ondas feministas.

Primeira onda feminista 

Além da luta pelo voto estar no centro dos debates feministas, outro assunto amplamente discutido pelas mulheres de classe média era sobre a possibilidade delas entrarem para o mercado de trabalho, que até então era dominado por homens. 

A revolução industrial permitiu que muitas mulheres fossem para a fábrica. No entanto, os donos de empresas se aproveitavam da situação para pagar salários menores, justamente porque havia muita mão de obra que aceitava os valores propostos. As condições não eram boas sequer para os homens, quem dirá ao sexo oposto. 

Muitas revoluções aconteceram na mesma época em que a indústria estava a todo vapor. Mulheres e homens se manifestaram por melhores condições de trabalho e utilizavam as sapatas para quebrar os maquinários em protestos. 

O Estado obteve grande importância no processo de regularização do direito dos trabalhadores, criando leis que determinariam uma jornada máxima de trabalho, além de impor um salário mínimo pago a todos para determinada quantidade de horas.

Entretanto, o Estado nada fez, durante muito tempo, para exigir que tanto mulheres quanto homens recebessem os mesmos valores para funções idênticas, permitindo disparidades salariais conforme o gênero. 

Mulheres votando na urna com papel
Graças a primeira onda, as mulheres podem votar no Brasil e em outros países - Fonte: Pixabay

Ana Campagnolo, mulher “antifeminista” e historiadora, já escreveu algumas obras falando sobre o antisufrágio. De acordo com ela, poucas mulheres faziam parte do movimento sufragista da primeira onda, especialmente na Inglaterra. Juntamente porque não queriam cumprir com as obrigações legais exigidas pelo Estado para quem votava. 

Geralmente, o homem decidia sobre o futuro político de um país porque era ele o responsável por prover a família, por servir ao exército em caso de guerra, enquanto as mulheres ficavam em casa. No entanto, essa não é mais uma realidade. Afinal, o sexo feminino já está  presente em todas as empresas, administram, conquistam o pão dos filhos tanto quanto os homens. 

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Segunda onda 

A segunda onda começou a debater sobre as desigualdades de gênero entre homens e mulheres com mais intensidade, enquanto a primeira se manteve focada na entrada do sexo feminino para o mercado de trabalho e o voto. Um dos destaques desta onda foi Simone de Beauvoir, que escreveu a obra O Segundo Sexo. 

No Brasil, a segunda onda feminista estava demarcada pela divisão com o  Estado Novo (1937-1945), adicionando um partido considerado de “esquerda” ao poder.

Enquanto isso, no contexto internacional, havia o fim da Segunda Guerra Mundial e o início da Guerra Fria, demarcada por uma série de conflitos políticos e ideológicos entre a União Soviética e os Estados Unidos. 

Com o fim da guerra e a população europeia consideravelmente menor, os jornais e televisões começaram a incentivar as mulheres a terem mais filhos e a voltar para a vida doméstica. 

Algumas características que faziam parte desta onda dos movimentos feministas foi a legalização do abordo, com a alegação de que o corpo é da mulher e ela faz o que quiser com ele.

Rose Marie Muraro falando ao telefone - retrato preto e branco
Rose Marie Muraro foi uma feminista da segunda onda - Fonte: Freepik

 Além disso, muitos grupos iniciaram protestos pela legalização do divórcio, principalmente em casos de violência doméstica em que as mulheres eram oprimidas e se mantinham obrigadas a permanecer em um relacionamento violento. 

 Já ao final da segunda onda, Rose Marie Muraro publicou “A Libertação Sexual da Mulher”, que  foi uma forte inspiração para a terceira onda. O reconhecimento do sexo casual e os debates sobre homossexualismo e bissexualismo, sobre o fato das relações não servirem  apenas para a procriação, também receberam ênfase. 

Terceira onda feminista

Nesta onda, as mulheres começam a se dividir após tantas ênfases e áreas. 

Agora, não se debate apenas sobre a entrada da mulher para o mercado de trabalho ou o direito ao voto, como também assuntos voltados para o meio ambiente, direitos de gênero, exército, masculinidade frágil, aborto, sexualidade e muitos outros. 

As mulheres negras foram chamadas para o centro dos debates. Muitas filósofas, professoras de história, escritoras ou demais profissionais argumentam que este grupo é muito mais oprimido que os demais, tanto por serem mulheres quanto pela cor da pele. O racismo é muito presente em muitas sociedades. 

Jennifer Baumgardner foi uma das figuras importantes no início do movimento, após ter publicado a obra Manifesta, em que abordava mais sobre o bissexualismo e estupro.  Este movimento é fortemente marcado pela tentativa de entender as diferenças de raça, classe e religião, como isso impacta na forma das mulheres de ver e observar o mundo.

Jennifer Baumgardner de frente para uma estante com livros
Jennifer Baumgardner foi referência na terceira onda feminista - Fonte: Soapbox

O marxismo continua forte e intenso entre os ideais. Prega-se que é justamente o capitalismo e o direito à propriedade privada, que geralmente fica sobre a mão dos homens, que faz com que muitas mulheres se mantenham em relacionamentos por meio desta lógica:

  • Há uma união entre um casal por meio de casamento ou união estável. 
  • Ao criar uma família e ter filhos, a mulher geralmente é quem renuncia a seu emprego e profissão para cuidar das crianças, enquanto o homem é responsável por trabalhar e prover o sustento do núcleo familiar. 
  • Quando a esposa quiser terminar, ouvirá que não auxiliou no pagamento das contas e que não tem direito à propriedade, ficará desamparada sem ter aonde ir porque não trabalhou e não possui sua reserva de emergência. 

Quarta onda feminista

Pode-se dizer que a terceira onda feminista foi uma das mais rápidas entre todas as anteriores. Agora, professores e professoras de história dizem que já estamos na quarta onda, enquanto outros debatem que ela ainda não existe. 

Apesar disso, é marcada pela era da tecnologia, em que o movimento vem se tornando cada vez mais aceito devido às redes sociais, que proporcionam debates e reflexões sobre diversas revoluções, fazendo com que mais pessoas conheçam as ideologias e se sintam aptas a elas. 

A pesquisadora Prudence Chamberlain afirma que esta onda está fortemente preocupada com a violência contra a mulher e o assédio no ambiente de trabalho, a importunação sexual. 

A cultura do estupro ainda é fortemente presente em nossa sociedade e a argumentação é de que os homens se sentem no direito sobre as mulheres. Uma prova disso foi a Marcha das Mulheres, que aconteceu tanto no ano de 2017 quanto em 2018. Inclusive, em 2017, a revista Times também publicou algumas imagens sobre os protestos. 

Índias na Marcha das Mulheres protestando por mais direitos
Índias na Marcha das Mulheres, que ocorreu em 2017 e 2018 - Fonte: Pixabay

Outro assunto bastante abordado  mulheres desta onda é em relação ao estupro marital. Ou seja, quando a esposa se sente obrigada, mesmo não querendo, a ter relações com o seu parceiro. 

O meio ambiente também está na lista de preocupações desta onda. No Brasil, por exemplo, o governo de Jair Bolsonaro foi amplamente criticado pelo movimento após os escândalos de transporte ilegal de madeira para os Estados Unido e Europa, em que o ministro do meio Ambiente, Ricardo Salles, estaria  associado à querela. 

O meio ambiente, conforme o movimento, é onde vivemos, portanto, precisa ser mantido. Além disso, não há mais justificativa para que os homens utilizem o argumento de força para justificar a hierarquia da sociedade. Afinal, muitas profissões atuais não exigem mais o uso de força, e a caça não é mais necessária, pois já houve o processo de domesticação. 

O movimento feminista dos dias atuais

O movimento feminista dos dias atuais se trata de uma junção de tudo o que já foi debatido pelas ondas passadas, desde o direito da educação feminina e o voto, para que fosse possível fazer parte da vida política de uma sociedade, às questões voltadas para gênero e propriedade privada

Muitas feministas afirmam que o fim da propriedade privada é necessário para que a opressão masculina sobre a mulher termine. Por isso, pode-se dizer ser um movimento completamente de esquerda. Segundo a lógica, a mulher se mantém presa aos filhos e família, servindo de suporte para que o esposo conquiste o bem e detenha tudo em suas mãos. 

E então, tem mais alguma dúvida sobre o assunto? Deixe um comentário pra gente!

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Daiane Souza

Daiane Souza

Jornalista (0007147/SC) e redatora SEO com vasta experiência em diferentes empresas: Receitinhas, Yooper, Marfin, Petrosolgas, Diário Prime, Superprof, Tec Mobile, Hora de Codar e muito mais!