Os avanços científicos e tecnológicos são inegáveis nos últimos tempos. Graças à eles, temos vacinas e novos tratamentos para doenças que antes não tinham alternativa e a possibilidade de se comunicar em tempo real com pessoas que estão "do outro lado do mundo". E isso, sem dúvidas, nos ajudou a passar pelos picos da pandemia de forma menos danosa. Caso contrário, seria impossível manter algumas atividades de trabalho e estudos.
E não estamos falando apenas em produtos tecnológicos para licenciamento científico, mas da ciência e tecnologia também aplicadas de forma mais direcionada. É graças ao trabalho de pesquisadores que não estamos estagnados ao que tínhamos ao nosso alcance no século passado. E vale lembrar que esse trabalho é realizado normalmente por entidades sem fins lucrativos.
Estamos falando de inovação tecnológica, que vem a partir da criação de projetos e do fomento de processos que passam a se tornar via de regra. Os resultados, muitas vezes, não podem ser mensurados, uma vez que cada passo vai levando ao seguinte. Na realidade, essa pesquisa é guiada pelos resultados. Os serviços no setor tecnológico vão se tornando mais necessários à medida que esse processo avança.
Vivemos em uma época na qual as discussões sobre acreditar na ciência andam bem acaloradas, e é em tempos assim que fica ainda mais evidente a importância de instituições nesse setor, ainda que as verbas destinadas ao assunto não sejam tão favoráveis atualmente. Ainda que os recursos disponibilizados pela gestão pública não sejam suficientes, sempre haverá meios plausíveis para avançar em cada projeto específico.
Para que esse campo prospere, é importante que cada um se mova pelo desejo de contribuir com outras empresas ou entidades interligadas. Vale ainda lembrar que a importância da pesquisa não resume ao macro: há formas de pesquisa mais direcionada que leva à criação de produtos e serviços, por exemplo.
Se você ficou curioso sobre as ICTs, acompanhe abaixo nosso artigo especial sobre elas.
O que é uma ICT?
Essa é a primeira pergunta que você talvez tenha feito a si mesmo antes de clicar nesse link. ICT é a abreviação de Instituto de Ciência e Tecnologia. Trata-se de instituições sem fins lucrativos que, através de ações e processos, têm como principal objetivo criar e apoiar a pesquisa científica e também no ramo da tecnologia. São administrados por uma entidade pública ou privada.

Uma instituição nesse sistema visa alinhar expectativas, desejos e necessidades de uma sociedade às soluções que lhes cabem. Estamos falando em buscar meios, recursos e políticas para implementar inovações que fazem a diferença em determinados processos e hábitos de consumo. O mercado é regido por leis que estão o tempo todo mensurando o quanto certos produtos são lucrativos e desenvolvendo serviços que agreguem novos valores e resultados. E podemos afirmar que isso acontece em âmbito local, federal e nacional.
Uma nova criação, seja ela em qualquer ramo, deve trazer desenvolvimento para as empresas envolvidas, além de criar um ambiente no qual o público se sente atendido e incluído. A gestão de recursos, meios e projetos para esses fins fica por conta da pesquisa científica e tecnológica. O centro dessa questão reside na criação intelectual, viabilizada pelas entidades que levantam o material necessário.
Uma instituição científica é aquela que vai pesquisar mais a fundo o potencial de um produto ou serviço. O mercado aposta alto em inovações e em uma transferência do que o público deseja ao que é realmente possível. Trata-se de um conceito peculiar de empresa, que desenvolve ações que tomam por base a inteligência e a estratégia. Tão importante quanto cumprir a redação do caput de uma lei é conversar diretamente com público, buscando entender o que realmente traria soluções efetivas.
Como funciona um ICT?
Uma ICT trabalha basicamente para empresas de todos os setores. Ela pode estar presente em todo tipo de ambiente, desde que esse busque inovação para suprir as demandas do consumidor. O mercado demanda soluções quase imediatas que aparecem em forma de produtos ou serviços. Sendo assim, uma empresa pode contratar uma instituição, que vai lançar mão de recursos especiais para ajudar a promover o seu desenvolvimento. É importante ter em mente que a criação para mercado não é algo que acontece de maneira totalmente espontânea.
É necessário realizar pesquisas, consultar a lei, desenvolver projetos, avaliar os recursos disponíveis para cada um dos projetos e sempre recorrer à gestão à qual o todo se submete. Percebe como não se trata de algo tão fácil e intuitivo quanto parece? Quando surge um novo produto, com ele vêm anseios, expectativas e ideias. Sim, existe sempre alguém que sonhou, idealizou e trabalhou muito por trás de cada nova ideia do mercado.
E ela certamente vem para preencher uma lacuna. Quando uma empresa conta com os serviços de uma ICT, ela tem muito mais chances de acerto em suas apostas. É como trabalhar baseado em fatos, e não mais em suposições. As atividades e processos com base em pesquisa científica trazem resultados que muitas vezes superam as expectativas. Há equipes específicas que trabalham para esses fins e é importante que a empresa e a ICT contratada se conheçam bem e compreendam os meios de trabalho uma da outra.

Isso ajuda na hora de determinar qual frente será usada e quais prioridades farão parte das soluções apresentadas. No Brasil, podemos citar o Brain, localizado em Uberlândia (Minas Gerais) como exemplo de instituição nesses moldes. Ele atua desde 2017, com uma proposta de inovação para o mercado local e nacional. Na prática, isso acontece em forma da estimulação da criatividade tecnológica, que traz inovações como resultados.
Qual a diferença entre um IT e ICT?
Além das ICTs, existem também os ITs (Institutos de Tecnologia). Esses últimos normalmente são voltados ao fomento de uma política institucional que visa buscar inovação para o desenvolvimento tecnológico de forma mais ampla. Sua administração está voltada a projetos e atividades que promovam um impacto tecnológico na ciência, na economia e na sociedade como um todo. Mas isso você não aprende em um curso de excel online, por exemplo.
A tecnologia é fundamental no desenvolvimento de empresas e na criação de uma política de administração pública ou privada onde o indivíduo se sinta incluído. O que faz toda a diferença é a sua gestão e a forma pela qual é aplicada. Tanto as ICTs quanto os ITs são instituições que tem como objetivo promover uma política e inovação. O que muda é o objetivo de cada empresa que se beneficia dos serviços de cada uma delas.
O processo é um pouco diferente, assim como a administração institucional. Pode ser que haja diferenças ainda mais acentuadas quanto ao menu do produtos possíveis e os processos que ajudam a promover um ambiente propício ao desenvolvimento do nosso país. É importante levar em conta que ICTs ou ITs não são meras empresas de tecnologia, elas desenvolvem atividades que impactam de forma muito mais profunda na sociedade.
O desenvolvimento de empresas está diretamente ligado à pesquisa e é importante realizá-la com o apoio de uma fundação que trata o tema com seriedade, que tenha licenciamento para atuar como tal, que respeite as leis, já que a redação de um caput sempre tem uma razão de ser. Um centro federal que atua nessa vertente pode mudar a realidade de muitas empresas.

A administração desses processos é o que cria um ambiente nacional inovador, realmente funcional e que atende às necessidades da sociedade. Mas, para chegar à isso, um longo caminho se faz necessário. Tudo deve se basear em informações científicas, obtidas a partir de processos legais.
Quem pode ser uma ICT?
Conforme o Parecer 04/2020 - CP-CT&I/PGF/AGU, que traz informações sobre o licenciamento das ICTs, é necessário que a empresa cumpra alguns pré-requisitos para poder ser considerada uma entidade da classe. É necessário ir além do fomento científico, da transferência de tecnologias e conhecimentos e da fundação de um centro sem fins lucrativos, mas com alto potencial de inovação a partir da pesquisa tecnológica.
Na redação da conclusão dessa lei, consta que um órgão ou entidade da administração pública, seja ela direta ou indireta, pode se tornar uma ICT pública. Já se considerarmos a entidade privada, é necessário ser pessoa jurídica de direito privado com sede em nosso país, desde que não se tenha fins lucrativos. Outro fator importantíssimo é que a empresa em questão já deve ser dedicada à pesquisa científica ou tecnológica. Essa questão deve constar como seu objetivo social ou estatutário. Instituições cujo objetivo seja o desenvolvimento de novos produtos serviços ou processos também entram no rol.

Não existe um menu ou roteiro para se tornar ICT. O ponto principal é que a área de atuação da empresa já seja condizente com a pesquisa. A filosofia da inovação precisa estar instaurada na cultura institucional e o levantamento de recursos incluido em suas atividades. É necessário, antes de mais nada, abraçar os objetivos inerentes à esse modelo de instituição. Tal questão é fundamental para que os resultados realmente apareçam.
Entender o que é uma ICT e quais os seus objetivos é questão de cidadania. Não se trata de um conhecimento inútil. Pode ser que, em uma aula de informática, você aprenda também essa parte teórica, caso seja do seu interesse ou se o seu trabalho demandar um entendimento sobre pesquisa científica e tecnológica. Um curso de informática online ou curso de excel pode ser tudo o que você precisa!