Como aconteceu a segunda onda do feminismo e o que pregava? Qual é a história do movimento feminismo? Quando surgiu o feminismo? Quais são as diferenças deste movimento com a terceira e primeira onda? Essas são dúvidas bastante comuns nas aulas de história!

No entanto, muitos professores de história sentem certa dificuldade para explicar o conteúdo e apresentar uma ordem cronológica que seja de fácil entendimento dos seus estudantes.  Para começar explicando onde surgiu o feminismo, deve-se abordar brevemente sobre a primeira onda, que veio para determinar o restante da revolução feminina.

Em suma, a primeira onda do feminismo foi marcada pela luta das mulheres em relação ao voto e a entrada para o mercado de trabalho, para não depender do sexo masculino para a sustentação familiar. Os grupos de classe média desejavam, além disso, deter direito igualitário sobre a propriedade privada, sem necessidade de casamento.

Simone de Beauvoir, escritora e filósofa francesa, alegou que o fato de uma mulher poder engravidar e menstruar não é uma justificativa para a colocar como segundo sexo.

A segunda onda se intensificou na década de 60 do século passado nos Estados Unidos e se alastrou por todo o mundo ocidental. Em 1980, algumas regiões de Israel e Turquia também  protestavam por ideais semelhantes, inclusive em relação à abertura de escolas para mulheres.

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O que foi a segunda onda feminista?

A segunda onda do feminismo foi uma reação à domesticidade feminina que retornou aos lares durante a Segunda Guerra Mundial, afinal, elas precisavam cuidar da família enquanto os homens iam para a guerra. A reação, conforme explicado por especialistas, foi tardia.

Com o estouro do baby boom e muitos programas de televisão incentivando as famílias a terem mais filhos para repor a população, houve uma tentativa de incentivar as mulheres a se manterem nos lares.

Um dos fatores que possibilitaram e facilitaram a entrada das mulheres para o mercado de trabalho foi a aprovação, pela Food and Drug Administration, em 1960, sobre as pílulas de anticoncepcional, que permitiram a prevenção de  gravidez indesejada. E isso impactaria a visão familiar pós-guerra.

Outro aspecto marcante da época foi o Presidente Kennedy, que permitiu que muitas mulheres conquistassem altos cargos de liderança em seu governo, sendo uma referência e ponto-chave para a revolução feminina nos Estados Unidos.

Retrato da Simone de Beauvoir, referência na segunda onda feminista
Simone de Beauvoir debateu muito além do voto feminino, questionando diferenças físicas - Fonte: Curso Enem

Quais as diferenças entre a primeira e segunda onda feminista?

Enquanto a primeira onda feminista focava-se nos direitos da mulher em relação ao mercado de trabalho, voto e propriedade privada, tanto quanto os homens, a segunda onda se voltou para uma série de assuntos devido a maior quantidade de mulheres que entraram para o movimento.

Os direitos reprodutivos e sexuais foram um dos enfoques de muitas feministas da época, como a Simone de Beauvoir,  que escreveu a obra O Segundo Sexo. A violência doméstica e o estupro marital (ter relações com a companheira no seu consentimento, apenas para cumprir com as obrigações do casamento), foram assuntos que centralizaram críticas.

As mulheres também solicitaram, durante a segunda onda, com mais intensidade que na primeira, o direito ao divórcio para aquelas que sofriam com violência, como forma de prevenção ao feminicídio.

Foi devido ao debate voltado à sexualidade, estupro e pornografia que houve a entrada  da terceira onda que, de acordo com especialistas, duram até os dias atuais. Alguns professores e professoras de história alegam que já estamos em uma quarta onda.

Quais as diferenças entre a segunda onda e terceira onda do feminismo?

A terceira onda do feminismo entrou em vigor no ano de 1990 e há algumas divergências se ela ainda existe ou se estamos na quarta onda. Entretanto, nos últimos anos, as feministas tentaram romper todas as ideias impostas por movimentos anteriores.

Nesta situação, focam-se principalmente em questões micropolíticas, que procuram avaliar a situação de cada mulher para responder o que é ou que não é bom. Desta forma, buscam tratar a organização feminina  de modo mais detalhado / aprofundado.

Este movimento criticou os anteriores, afirmando que houve muitas falhas nas estratégias antecedentes. Além disso, há o florescimento de novos debates, de culturas centralizadas.

Houve o surgimento do feminismo da diferença, que apresenta as divergências entre os sexos em toda a história, que isso é um fato. No entanto, argumenta que isso não é uma justificativa para que ela continue acontecendo.

As pensadoras atuais alegam que houve uma construção social que precisa ser destruída pouco a pouco, repensada para a revolução. Além disso, a família continua sendo um dos centros de debates, mas não é mais vista como negativa como antes. Afinal, a mulher, diferente do que pregava Simone de Beauvoir, consegue escolher entre possuir uma ou não, entre a monogamia ou não.

Protesto contra a violência doméstica e mortes femininas
Mulheres se reúnem desde a segunda onda para debater a violência doméstica. Fonte: Brasil Rede Atual

A segunda onda do movimento feminista ocorreu quando?

A segunda onda da história do movimento feminista chegou aos países em épocas diferentes. Por exemplo, nos Estados Unidos ocorreu na década de 60, enquanto no Brasil apareceu uma década depois.

N década de 80 e 90, muitas das ideias pregadas pela segunda onda chegaram ao oriente, com massas de protestos de mulheres por melhores condições em seus relacionamentos, pelo poder de ir e vir, de ter acesso a escolas e formação básica.

Há quem afirme que a segunda onda começou partir das obras de Alfred Kinsey, publicadas no ano de 1945. Alfred Charles Kinsey era um professor, biólogo e sexólogo que estudava sobre a reprodução e sexo. Seu foco voltava-se para quais eram as diferenças fisiológicas entre os homens e as mulheres e como isso era utilizado na sociedade. Inclusive, a Simone de Beauvoir se baseou neste profissional para escrever muitos de seus livros.

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Quais eram os principais objetivos da segunda onda feminista?

Os principais pontos exigidos pelas feministas tanto nos Estados Unidos quanto em outros países europeus na segunda onda foram:

  • legalização do divórcio, para impedir que as mulheres fossem vítimas de violência doméstica e submissão em suas próprias casas.
  • luta pelo fim da família tradicional, permitindo que as mulheres formassem suas famílias solo sem que fossem julgadas pela sociedade ou dependessem de homens.
  • fim das donas de casa, as mulheres, assim como os homens, também desejavam o direito de trabalhar, conquistar a propriedade privada e afins.
  • aborto, afinal, se o corpo é da mulher, ela poderia determinar o que fazer com ele.

O feminismo prega que a mulher não pode ser dona de casa?

A ideia de que o feminismo prega o fim da família e que uma mulher não poderia ser dona de casa varia conforme o filósofo (a) que está sendo analisado, alguns eram extremistas, enquanto outros não. E é por isso que Simone de Beauvoir é tão criticada, principalmente pelos mais tradicionalistas e conservadores.

De acordo com ela, se as mulheres tiverem que cuidar dos filhos, são forçadas, indiretamente, a decidir sobre a carreira e a vida profissional. E, como consequência, continuarão vivendo sob uma pressão mesmo tendo a opção de escolher.

Segundo ela, os formatos tradicionais do qual a sociedade estava apoiada deveriam ser extintos, a família TRADICIONAL de homem e mulher deveria ser extinta para haver a liberdade de escolha REAL feminina.

“Enquanto a família, o mito da família, o mito da maternidade e o instinto maternal não forem destruídos, as mulheres continuarão a viver sob pressão[...].”

Outra polêmica na qual Simone se envolveu foi relacionada a uma carta que assinou com seu companheiro, Sartre, que solicitava a liberação de três criminosos presos por pedofilia, a carta foi publicada pelo Libération. Segundo ela, as crianças acima de 11 anos poderiam decidir sobre com quem manteriam as relações.

Fazendo parte da  Front de Libération des Pédophiles — FLIP (Frente de Liberação de Pedófilos), esse tema foi amplamente discutido pela terceira onda do feminismo, como ideologia de gênero.

Retrato de Sartr, filósofo existencialista que estudou sobre a existência humana
Sartre era companheiro de Simone de Beavouir e esteve ao seu lado nas lutas feministas. - Fonte: Freepik

Para além dos Estados Unidos - o crescimento do movimento feminista

No curso de história, aprendemos que o feminismo vai muito além dos Estados Unidos. A partir do século passado, por exemplo, muitas mulheres passaram a se reunir na Palestina (invadida atualmente por israelenses), Irã e outras regiões para solicitar que fossem criadas escolas para o ensino de meninas. Dessa forma, as meninas seriam educadas tanto quanto os homens.

Além disso, na década de 40, Nazîra Zayn Al-dîn publicou a obra intitulada “A favor ou contra o véu”, que debatia justamente por direitos políticos das mulheres no oriente, e como elas poderiam fazer parte da sociedade para decidir sobre o voto. Até a década de 80, muitos estados autoritários teriam conferido algum direito para o sexo feminino, mesmo que mais limitados quando comparados ao Ocidente.

Enquanto isso, na Jordânia e no Kuwait, muitas ativistas usam o próprio corão para justificar de que houve uma interpretação patriarcal, e que a própria religião é feminista se houver uma análise por outros ângulos.

Enfim, neste artigo, abordamos de forma aprofundada sobre o que era  segunda onda do feminismo e o que as principais feministas pregam em relação ao movimento. Também apresentamos como este movimento se diferente em relação à primeira e terceira onda.

E então, tem mais alguma dúvida sobre o assunto? Comente conosco!

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Daiane Souza

Daiane Souza

Jornalista (0007147/SC) e redatora SEO com vasta experiência em diferentes empresas: Receitinhas, Yooper, Marfin, Petrosolgas, Diário Prime, Superprof, Tec Mobile, Hora de Codar e muito mais!