Quer saber sobre energia de Gibbs? A Energia Livre de Gibbs (G) é uma grandeza termodinâmica que indica a quantidade de energia disponível em um sistema para realizar trabalho útil durante uma reação química ou transformação física, sob temperatura e pressão constantes.

Ela combina dois fatores: a entalpia (H), que representa o conteúdo total de energia, e a entropia (S), que mede o grau de desordem do sistema, sendo expressa pela fórmula G = H – T·S.
Quando a variação da energia livre de Gibbs (ΔG) é negativa, a reação ocorre de forma espontânea; quando é positiva, a reação não acontece naturalmente.
Sou Daiane de Souza, jornalista e técnica em Química pelo Instituto Federal Catarinense (IFC), e vou ensinar mais sobre conceitos de física e química!
Continue comigo e saiba mais sobre o que é Energia Livre de Gibbs (G)!
O que é a energia livre de Gibbs? Significado e conceito
A energia livre de Gibbs (G) é uma grandeza termodinâmica que representa a quantidade de energia disponível em um sistema para realizar trabalho útil, quando ele ocorre sob temperatura e pressão constantes.
Na termodinâmica, a energia livre de Gibbs combina duas variáveis importantes: a entalpia (H), que mede o conteúdo total de energia do sistema, e a entropia (S), que indica o grau de desordem.
Dessa forma, a energia livre de Gibbs mostra o equilíbrio entre a energia disponível e a energia “inutilizável” devido à desordem.
Esse conceito serve para compreender reações químicas, processos industriais e fenômenos biológicos, permitindo determinar quais transformações liberam energia e quais exigem energia para acontecer.
Qual é a fórmula da energia livre de Gibbs e o que representa cada variável?
A energia livre de Gibbs é expressa pela equação:
G = H – T·S
Onde:
- G é a energia livre de Gibbs,
- H é a entalpia, que representa o conteúdo total de energia do sistema,
- T é a temperatura absoluta (em kelvin),
- S é a entropia, que mede o grau de desordem do sistema.
Essa equação mostra que a energia livre depende do balanço entre a energia total (H) e a parte dessa energia que é “perdida” para o aumento da desordem (T·S). Em outras palavras, nem toda a energia disponível no sistema pode ser aproveitada para trabalho, pois parte dela se dispersa em forma de calor.
Assim, a energia livre de Gibbs fornece um critério quantitativo para avaliar se uma reação química é espontânea, equilibrada ou não espontânea.
Qual é a unidade de medida da energia livre de Gibbs no Sistema Internacional (SI)?
No Sistema Internacional (SI), a energia livre de Gibbs é medida em joules (J), a mesma unidade usada para qualquer forma de energia. Em química, é comum expressar os valores em quilojoules por mol (kJ/mol), pois a maioria das reações é analisada por quantidade de substância.
Por exemplo, um valor de ΔG = –2870 kJ/mol indica que a reação libera 2870 quilojoules de energia por mol de reagente transformado, sendo, portanto, espontânea.
Essa padronização em unidades energéticas facilita o uso da energia livre de Gibbs em equações termodinâmicas, cálculos de equilíbrio químico e projetos industriais.
O que significa variação de energia livre de Gibbs (ΔG)?
A variação de energia livre de Gibbs (ΔG) indica a diferença entre a energia livre dos produtos e dos reagentes de uma reação, sendo expressa pela equação:
ΔG = ΔH – T·ΔS
O sinal de ΔG determina o tipo de reação:
- ΔG < 0: reação espontânea (libera energia e ocorre naturalmente);
- ΔG > 0: reação não espontânea (necessita de energia para acontecer);
- ΔG = 0: sistema em equilíbrio, sem variação de energia livre.
Por exemplo, a combustão do gás metano possui ΔG negativo, sendo um processo espontâneo e altamente energético. A fotossíntese tem ΔG positivo, pois requer absorção de energia solar para ocorrer.
A variação de energia livre de Gibbs é, portanto, um indicador de viabilidade termodinâmica, permitindo prever se uma transformação ocorrerá naturalmente, se precisa de intervenção externa ou se já atingiu o equilíbrio químico.
Como interpretar ΔG negativo, positivo e igual a zero?
A variação da energia livre de Gibbs (ΔG) é o principal indicador da espontaneidade de uma reação química. Seu valor mostra se uma transformação ocorre naturalmente ou se necessita de energia externa para acontecer.
- ΔG < 0 (negativo): indica uma reação espontânea, que ocorre naturalmente, liberando energia para o ambiente. Exemplo: combustão, respiração celular.
- ΔG > 0 (positivo): significa que a reação não é espontânea, ou seja, requer aporte de energia para ocorrer, como a fotossíntese.
- ΔG = 0: o sistema está em equilíbrio termodinâmico, sem variação de energia livre e sem tendência a avançar ou retroceder.
Qual é a diferença entre energia livre de Gibbs e entalpia?
A entalpia (H) e a energia livre de Gibbs (G) estão relacionadas, mas representam conceitos diferentes.
A entalpia mede o conteúdo de energia térmica de um sistema — incluindo tanto a energia interna quanto o trabalho de expansão contra a pressão externa.
Enquanto isso, a energia livre de Gibbs considera a energia total e também a porção de energia realmente disponível para realizar trabalho útil, descontando o efeito da entropia (S) e da temperatura (T).

A relação entre ambas é dada pela equação:
G = H – T·S
Enquanto a entalpia mostra quanto calor é absorvido ou liberado, a energia livre de Gibbs mostra se a reação é espontânea e quanta energia pode ser aproveitada para gerar trabalho.
Como a energia livre de Gibbs indica a espontaneidade de uma reação química?
A energia livre de Gibbs fornece um critério termodinâmico claro para a espontaneidade de reações químicas. Quando ΔG é negativo, a reação ocorre naturalmente, sem intervenção externa, pois há liberação de energia útil.
Se ΔG é positivo, a reação é não espontânea e só acontece com fornecimento de energia, seja térmica, elétrica ou luminosa. Quando ΔG é zero, o sistema atinge equilíbrio, e as velocidades das reações direta e inversa se igualam.
Essa análise permite prever o comportamento de reações industriais, biológicas e ambientais, sendo aplicada em áreas como engenharia química, bioquímica e física dos materiais.
Como calcular a energia livre de Gibbs em uma reação química?
A variação da energia livre de Gibbs (ΔG) pode ser calculada de duas formas principais:
- Usando entalpia e entropia: ΔG = ΔH – T·ΔS
- ΔH é a variação de entalpia,
- T é a temperatura (em kelvin),
- ΔS é a variação de entropia.
- Usando potenciais químicos e tabelas termodinâmicas: ΔG° = ΣΔGf°(produtos) – ΣΔGf°(reagentes)
- Onde ΔGf° é a energia livre padrão de formação de cada substância.
Com esses cálculos, é possível determinar se uma reação é espontânea, endotérmica ou exotérmica, além de estimar eficiências energéticas e condições ideais de operação em processos químicos e industriais.
A entropia (S) mede o grau de desordem de um sistema, e sua relação com a energia livre de Gibbs é direta. A equação G = H – T·S mostra que a entropia atua reduzindo a quantidade de energia útil disponível.
Em processos onde a entropia aumenta (ΔS positivo), o termo T·ΔS cresce, o que diminui ΔG, tornando a reação mais espontânea. Quando a entropia diminui (ΔS negativo), o valor de ΔG tende a aumentar, dificultando a espontaneidade.
Qual é a importância da energia livre de Gibbs no equilíbrio químico?
A energia livre de Gibbs (G) auxilia a entender o equilíbrio químico, pois ela determina quando uma reação atinge um ponto em que as velocidades das reações direta e inversa se igualam. Nesse momento, o sistema atinge um ΔG = 0, ou seja, não há mais variação de energia livre.
Antes do equilíbrio, as reações ocorrem espontaneamente no sentido que diminui ΔG, buscando a condição mais estável energeticamente. Assim, a energia livre de Gibbs permite prever a direção da reação e a composição do sistema no equilíbrio.
O que é uma reação espontânea segundo a energia livre de Gibbs?
De acordo com a energia livre de Gibbs, uma reação espontânea é aquela que ocorre naturalmente, sem necessidade de aporte externo de energia.
Matematicamente, isso acontece quando ΔG < 0, indicando que há liberação de energia útil durante o processo. Reações espontâneas tendem a levar o sistema a estados mais estáveis e com menor energia livre.
Por outro lado, se ΔG > 0, a reação é não espontânea, o que significa que ela necessita de energia externa para ocorrer.
Portanto, a análise de ΔG é uma ferramenta poderosa para prever o comportamento natural das reações químicas e o sentido em que elas ocorrerão.
Como a temperatura influencia a variação de energia livre de Gibbs?
A temperatura tem impacto na variação da energia livre de Gibbs, pois está diretamente relacionada à entropia (S) na equação ΔG = ΔH – T·ΔS.
Quando a entropia aumenta (ΔS positivo), temperaturas mais altas tornam ΔG mais negativo, favorecendo a espontaneidade da reação. Se a entropia diminui (ΔS negativo), o aumento da temperatura torna ΔG positivo, dificultando a reação.
Por isso, o controle de temperatura é importante em reações químicas industriais, permitindo ajustar a espontaneidade e o rendimento. Um exemplo é a produção de amônia, que ocorre melhor em temperaturas moderadas para equilibrar entalpia e entropia.
Qual é a relação entre energia livre de Gibbs e energia útil de um sistema?
A energia livre de Gibbs representa exatamente a parte útil da energia total que pode ser transformada em trabalho em um processo a temperatura e pressão constantes.
Enquanto a entalpia (H) inclui toda a energia contida no sistema, parte dela é “perdida” devido à desordem (entropia). Assim, apenas a energia livre (G) pode ser efetivamente utilizada em reações químicas ou processos físicos.

Essa relação explica por que nenhum sistema é 100% efetivo, sempre há uma parcela de energia dissipada na forma de calor, aumentando a entropia do ambiente.
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Onde a energia livre de Gibbs é aplicada em processos industriais e biológicos?
Na indústria, a energia livre de Gibbs é usada para avaliar a viabilidade e efetividade de reações químicas, ajudando engenheiros a prever se um processo será economicamente vantajoso.
Ela é aplicada na produção de combustíveis, fertilizantes, plásticos e metais, além de processos como eletrodeposição e catalisação.
Nos sistemas biológicos, o conceito explica como as células obtêm e utilizam energia. Por exemplo, a hidrólise do ATP (trifosfato de adenosina) libera energia livre que é usada em funções como contração muscular e síntese de proteínas.
Assim, a energia de Gibbs conecta a química industrial e a bioquímica, sendo um dos pilares do estudo da eficiência energética na natureza e na tecnologia.
E então, mais alguma dúvida sobre como funciona energia de Gibbs?









