Quando a família é presente na vida da criança ou do adolescente, há uma menor chance de que ocorra o bullying. Isso porque, nesse caso, o indivíduo se sente seguro em contar para os pais sobre a sua situação, fazendo com que eles rapidamente tomem as atitudes necessárias para combater o bullying sofrido pelo seu filho.
Sendo assim, o papel da família no combate ao bullying é fundamental. Inclusive, há algumas medidas que podem ser tomadas pelos responsáveis, junto à escola, para desconstruir esse ciclo e acabar com as agressões. Veja, a seguir, estratégias de combate ao bullying texto!
Converse com o seu filho sobre a sua convivência na escola
As crianças e adolescentes não costumam falar para os seus pais que estão sofrendo bullying devido ao sentimento de vergonha e medo. Mas, há várias formas dos pais perceberem que os seus filhos estão sendo agredidos psicologicamente e/ou fisicamente.
As crianças, quando sofrem bullying, costumam se isolar das demais e apresentar crises de choro ou de raiva. Os adolescentes, por sua vez, também se isolam, ficam depressivos e apresentam baixa autoestima e queda no rendimento escolar.
Independente se o seu filho é criança ou adolescene, o seu papel é fundamental no combate ao bullying
Se a criança chora ou apresenta dores de barriga antes de ir para a escola, se isola de todos, inclusive dos amigos e da família, não gosta de realizar as atividades escolares, há chances de ela sofrer bullying na escola. Mas, vale ressaltar que é necessário analisar a situação, pois esses problemas também podem ser decorrentes de outras causas.
Se o adolescente, por sua vez, apresenta quadro de ansiedade, depressão ou pânico antes da aula, se encontra desmotivado pelos estudos e se sente mal antes de ir para a escola, há chances de que ele esteja sofrendo bullying, apesar de também poder haver outras causas.
Identificando tal situação, é importante que você converse com o seu filho. Para isso, recomendamos que não vá direto ao assunto. Antes, você pode iniciar uma discussão sobre bullying e perguntar se alguém da escola sofre tais agressões.
Durante a conversa, você pode falar que há soluções para combater o bullying e que o estudante não precisa passar por tal situação sozinho, pois os pais e a escola estão aptos a ajudar quem sofre bullying, tomando as medidas necessárias.
Através da discussão sobre o assunto, a criança ou adolescente pode se sentir mais confortável e seguro para contar sobre a sua situação na escola. Porém, se ele não falar, utilize outros meios, visto que forçar o seu filho a contar sobre as agressões não é uma boa escolha.
Somente através de uma conversa leve e agradável é possível obter informações sobre o bullying sofrido pelo seu filho. Conforme ele discorrer sobre a sua situação de convívio escolar, você pode ensiná-lo a se defender e informar que tomará as medidas necessárias para combater o bullying sofrido.
Participe das atividades escolares da escola do seu filho
É importante que os pais acompanhem, de perto, as atividades escolares do seu filho. Além disso, também é indicado que eles estejam sempre presentes nas reuniões de pais e mestres, visto que os professores podem compartilhar informações importantes sobre o desempenho do seu filho, tanto em âmbito escolar quanto social.
Dessa forma, você pode ter informações sobre o convívio social do seu filho, o seu desempenho escolar (se houve melhoria nas notas ou queda no rendimento) e até mesmo conhecer outras mães, pais e responsáveis. Vale ressaltar que ter contato com as famílias dos amigos do seu filho também é importante para acompanhar o desempenho da criança ou adolescente.
Essas informações obtidas com professores, coordenadores e psicólogos facilitam o acompanhamento do seu filho. Vale ressaltar que também é importante participar das atividades extracurriculares que exigem a presença dos pais e responsáveis. Dessa forma, você consegue observar como o seu filho se comporta durante o convívio social no ambiente escolar.
Aumente a autoestima do seu filho
Se a prática bullying for identificada, é fundamental que você estabeleça práticas que aumentem a autoestima do seu filho. Por exemplo, você pode apontar, de forma recorrente, as suas qualidades, discorrer sobre os seus atributos físicos e parabenizar as suas conquistas, sejam grandes ou pequenas.
Muitas vezes, a prática do bullying afeta a autoestima da criança ou adolescente, fazendo com que ele se sinta inseguro e insuficiente. Portanto, essa prática de aumentar a autoestima do seu filho faz com que ele se sinta capaz, seguro e motivado a praticar atividades e conviver socialmente.
Além disso, durante a conversa, você pode ressaltar que a vida é composta de diversos momentos felizes e também de frustrações. Diante disso, ele precisa se alegrar com as situações de felicidade e passar por cima das situações ruins, conseguindo superá-las.
Ademais, incentive o seu filho a praticar as atividades que ele gosta, como desenho, pintura, tocar piano ou jogar futebol. Dessa forma, ele pode se distanciar dos sentimentos ruins e ter momentos felizes praticando as atividades da sua preferência.
Busque também contar histórias positivas para que a criança ou adolescente não desenvolva uma percepção negativa em relação à vida. Portanto, diga sempre frases positivas e "para cima" e se refira a ele sempre de forma positiva.
Retrate a situação do seu filho ao diretor da escola
Todas as instituições de ensino apresentam ações antibullying. Após descobrir que o seu filho sofre bullying na escola, é fundamental que você se dirija ao colégio e converse com o diretor da escola. Nessa conversa, combine com ele quais serão as ações tomadas pela instituição como forma de combate bullying violência física psicológica.
Se necessário, você também pode conversar com os psicólogos e professores da escola. Dessa forma, todos ficarão cientes da situação do seu filho e tomarão as medidas necessárias para protegê-lo e responsabilizar o agressor. Junto à escola, você consegue proteger o seu filho das consequências do bullying.
A educação voltada para os direitos humanos é uma importante ferramenta como combate e prevenção ao bullying
Thaisa Martins Lourenço
Para combater bullying escola com mais eficiência, você também pode orientar a escola a disponibilizar palestras sobre o bullying, indicando os seus malefícios e consequências, tanto para a vítima quanto para o agressor. É necessário educação direitos humanos para os alunos. Afinal, ninguém sai ganhando com o bullying ou o cyberbullying!
Marque uma consulta com um profissional de saúde mental
As crianças e adolescentes que sofrem bullying podem desenvolver algum problema de saúde mental, como ansiedade e depressão. Nesse caso, é fundamental solicitar o acompanhamento de um profissional de saúde mental, como um psicólogo e/ou psiquiatra.
Com o acompanhamento adequado, a criança ou adolescente pode tratar tal problema de cunho psicológico e seguir a sua vida normalmente, se sentindo alegre, se motivando para os estudos e socializando com outras pessoas.
Esse acompanhamento é importante para tratar tais problemas de saúde mental previamente, de modo que esses não se estendam até a vida adulta da vítima. Dessa forma, o indivíduo agredido consegue ter uma vida mais saudável durante a sua adolescência e fase adulta.
Apresente uma queixa de bullying contra o agressor
O agressor precisa ser responsabilizado pelo bullying cometido. Portanto, é fundamental apresentar uma queixa contra o agressor na coordenação ou no setor de psicologia da instituição de ensino. Dessa forma, ele será responsabilizado pelos seus atos e terá consciência das consequências das suas agressões.
Com a queixa e as medidas implementadas, o agressor não dará continuidade ao bullying. Além das medidas educacionais, também é importante conversar com esse aluno e mostrar as consequências graves provocadas pelo bullying.
Além disso, também é provável que o agressor esteja passando por algum problema, uma vez que não é normal se sentir bem ao agredir outra pessoa. Portanto, a comunidade escolar também deve ajudar o praticante do bullying com auxílio psicológico.
Peça ajuda aos programas antibullying do Brasil
Vale ressaltar que existem vários programa escola bullying que podem ajudá-lo nessa tarefa de combate ao bullying no Brasil. Um exemplo disso é o Programa Escola Sem Bullying, que visa combater bullying escolas através de uma metodologia embasada em pesquisas realizadas no Brasil.
Além disso, o Brasil possui uma lei Antibullying (13.185/2015), a qual conceitua o bullying da seguinte forma:
Considera-se intimidação sistemática todo ato de violência física ou psicológica, intencional e repetitiva que ocorre sem motivação evidente, praticado por indivíduo ou grupo [...]
Bullying Lei 13.185/2015
Essa lei combate bullying sala aula visa proteger as crianças e os adolescentes que sofrem bullying. Além disso, ela salienta a teoria de que educar é melhor do que remediar, ressaltando a necessidade de conscientizar a todos sobre as consequências do bullying como forma de prevenção combate bullying.
Além disso, essa lei impõe algumas responsabilidades sobre as escolas, visto que as instituições de ensino devem apresentar programas de combate ao bullying. Dessa forma, a parceria entre família e escola consegue ser eficiente no processo de prevenção bullying e combate as agressões físicas e psicológicas nas instituições de ensino.
É importante que você, como responsável de uma criança ou adolescente, ajude o estudante a viver em um ambiente saudável e longe de bullying através da conscientização prevenção combate ao bullying de criança adolescente ou outras vítimas.
Tal ato de proteção é dever dos pais responsáveis e o combate ao bullying e à violência escola é responsabilidade da escola. Assim, o aluno consegue melhorar a sua convivência social e viver mais feliz na escola através desse sistema de reforço escolar!
Em resumo, a solução para combater o bullying é conscientizar as crianças e adolescentes sobre as consequências das agressões, tanto para o agressor quanto para a vítima. Essa conscientização deve partir dos pais e da escola!
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