Os movimentos negros são ações coletivas de luta e resistência contra a opressão e a discriminação. Esses mecanismos de controle e dominação assolaram - e em certa medida, ainda assolam - a população negra, e a luta antirracista é fundamental para enfrentar tais problemas.

Se todas as vidas importassem, nós não precisaríamos proclamar enfaticamente que a vida dos negros importa

Angela Davis, no seu discurso em uma universidade dos Estados Unidos sobre Direitos Humanos

Já houve muitas lutas, conduzidas pelos movimentos negros, nesse mundo afora. Alguns exemplos são a revolução do Haiti, a resistência contra o Apartheid na África do Sul e a luta contra a segregação racial nos EUA. Vamos entender melhor cada um desses movimentos negros? Descubra informações fascinantes sobre a luta antirracista!

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Vamos lá

Por que se celebra o dia nacional da Consciência Negra?

O dia nacional da Consciência Negra é uma homengem à Zumbi dos Palmares, que foi um líder importante no movimento de luta contra a escravidão, e foi assassinado no dia 20 de novembro de 1695, através de uma emboscada realizada por bandeirantes.

A ideia de criar o dia da Consciência Negra se deu em 1971, logo após historiadores descobrirem, através de pesquisas, o dia da morte de Zumbi dos Palmares. Essa ideia foi dada pelo professor Abdias do Nascimento.

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O dia da consciência negra é dia 20 de novembro

Esse dia é uma homenagem a Zumbi dos Palmares!

Essa ideia foi formalizada em 2003, havendo, a inclusão do dia da Consciência Negra no calendário estudantil. Já em 2011, o dia da Consciência Negra virou uma data comemorativa, com a instituição da Lei nº 12.519. Assim, o dia 20 de novembro se tornou feriado em alguns estados.

Em 2023, o dia da Consciência Negra se tornou feriado nacional, com a sanção da Lei nº 14.759. Assim, a partir desse ano, o país inteiro começou a comemorar o dia da Consciência Negra. Esse dia virou uma data de homenagem a Zumbi dos Palmares, um líder do movimento contra o regime de escravidão, e de relembrar a luta da população afro-brasileira contra a discriminação e a opressão racial.

Vale ressaltar que o dia 20 de novembro é uma data de reflexão quanto aos movimentos de luta da população afro-brasileira pelos seus direitos sociais, à desigualdade social em decorrência do regime de escravidão, entre outras coisas.

A revolução do Haiti

A revolução do Haiti durou quase 13 anos, iniciando-se em 1791 e perdurando até 1804, ano em que o Haiti conquistou a sua independência. Essa revolução, em especial, foi promovida por escravos e ex-escravos, os quais saíram vitoriosos. Eles lutaram pelos seguintes direitos:


Fim do regime de escravidão e dos atos de violência contra a população haitiana
A França implementou um regime escravista embasado em ações extremamente violentas. Os escravos haitianos sofreram bastante com as condições em que viviam e com as opressão dos colonos franceses.

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Independência de São Domingos (território onde hoje é o Haiti)
A revolução do Haiti tinha o objetivo também se tornar o país independente, uma vez que o território era colônia da França, a qual usava suas terras para produzir cana de açúcar e café para consumir e exportar para outros países.

A luta com o propósito de dar fim à escravidão e de conquistar a independência de São Domingos se deu pela própria vontade dos escravos e ex-escravos do Haiti e também pela motivação decorrente da Revolução Francesa, a qual estava implodindo no mesmo período.

Portanto, eles seguiram também o ideal da Revolução Francesa, que se embasava em "liberdade, igualdade e fraternidade". De um lado do combate estavam os escravos e ex-escravos do Haiti e do outro lado estava um dos exércitos mais fortes da época: o francês.

Nessa disputa, que inicialmente foi liderada por Toussaint Louverture e, posteriormente, por Jean-Jacques Dessalines do lado do Haiti, os escravos e ex-escravos saíram com a vitória, derrotando os militares liderados por Napoleão Bonaparte e Charles Leclerc.

Assim, em 1794, os escravos conseguiram a abolição da escravatura, e em 1º de janeiro de 1804, o Haiti se tornou uma nação independente, deixando de ter o nome "São Domingos" e passando a se chamar "Haiti", com Jean-Jacques Dessalines como governador do país.

O que foi o Apartheid na África do Sul?

Durante quase 50 anos, a África do Sul sofreu com o regime do Apartheid, que foi um sistema voltado para a violência, opressão e discriminação contra a população negra, a qual era maioria, e de privilégios para a população branca, que representava a menor parcela da sociedade sul-africana.

O Apartheid, na África do Sul, se iniciou em 1948 e se estendeu até 1994. Esse regime começou com a vitória política do Partido Nacional, que era embasado nos ideias de extrema-direita e da segregação racial.

No início do período do Apartheid, o Partido Nacional foi comandado por Daniel François Malan, que impôs várias leis voltadas à segregação racial, removendo diversos direitos civis e humanos da população sul-africana.

Assim, a população negra sul-africana deixou de ter direito ao voto e de ter acesso à educação, saúde e segurança de qualidade. A direito à liberdade da população sul-africana também foi removido, uma vez que os negros não podiam passear por qualquer lugar.

Além disso, a população negra sul-africana não podiam residir onde queriam, pois eram obrigados a morar em regiões/lugares chamados de "bantustões". Os negros sul-africanos também precisavam andar com um documento pessoal, o qual constava a sua identificação racial.

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In the 1960s, Sophiatown, a vibrant and culturally rich suburb of Johannesburg, underwent dramatic changes due to forced removals under apartheid policies. Here’s a summary of what happened: 1. Forc...
♬ Stimela Coal Trian (Live) - Hugh Masekela

Se a população negra da África do Sul fizesse algum movimento de resistência contrário ao regime do Apartheid, eles eram respondidos com extrema violência, além de ações de censura e repressão. Porém, o mundo percebia essa situação apresentada no território sul-africano.

Com o intuito de dar fim ao Apartheid, a ONU (Organização das Nações Unidas) proclamou uma sanção contra a África do Sul, limitando as suas relações econômicas e isolando o país do restante do mundo. Junto a isso, surgiram movimentos que lutaram pelo fim do Apartheid, como o CNA (Congresso Nacional Africano).

Além disso, um negro sul-africano teve uma participação fundamental no movimento de resistência contra o Apartheid, que foi Nelson Mandela. Com tantos movimentos, havia grandes chances de que a África do Sul entrasse em uma guerra civil, um problema que não seria positivo para nenhum dos lados.

Diante da situação em que o país se encontrava, Frederik de Klerk, presidente da África do Sul em 1994, decretou o fim do Apartheid, nesse mesmo ano. Assim, a população negra da África do Sul conseguiu se ver livre de um regime segregacionista, discriminatório, opressor e que propagava a desigualdade social.

Mês da História Negra: lembrar a segregação racial nos EUA

A segregação racial nos EUA se iniciou no século XIX e se estendeu até o século XX. Houve uma imposição legalizada da segregação racial no país, com a ampla propagação de ideais de supremacia branca e a sanção das Leis Jim Crow, removendo os direitos humanos e civis dos afro-americanos.

Durante a colonização dos Estados Unidos, os colonizadores enviaram africanos escravizados para o país americano a fim de explorar o território através da mão de obra escrava. Nesse período, a população negra já era vista como propriedade nos EUA.

Entre 1861 e 1865, se instaurou uma guerra civil nos Estados Unidos, chamada de "Guerra de Secessão", pois a população do norte queria abolir a escravatura, enquanto a do sul queria dar continuidade ao regime, pois dependia economicamente da mão de obra escrava na produção de algodão.

O resultado dessa guerra foi a abolição da escravidão, com a promulgação da 13ª Emenda à Constituição, o que gerou revolta na população do sul dos Estados Unidos. Depois disso, entre 1866 e 1876, foi implementado o período de Reconstrução, que teve a finalidade de garantir os direitos civis aos ex-escravos.

Após a abolição e a garantia de direitos, se instaurou um regime segregacionista racial extremista e violento nos Estados Unidos, com a rápida disseminação de ideais de supremacia branca e a sanção das Leis Jim Crow que, entre outras coisas:

Proibiu a população afro-americana de frequentar determinados lugares, como escolas e hospitais
Negou o acesso à saúde, educação e moradia de qualidade
Proibiu o uso dos mesmos transportes públicos que a população branca
Restringiu o direito ao voto

Assim, a população afro-americana sofreu com tal situação ao longo de quase 70 anos, até que, no século XX, surgiram os Movimentos dos Direitos Civis, os quais buscavam lutar pelos direitos dos afro-americanos e extinguir o regime de segregação racial.

Os movimentos pelos direitos civis dos afro-americanos conseguiram sancionar a Lei dos Direitos Civis de 1964, proibiu a segregação em locais públicos, e a Lei de direito ao voto de 1965, que consentiu o direito ao voto para os afro-americanos.

Em 1964, houve também a revogação das Leis Jim Crow, o que deu fim à segregação racial nos EUA, apesar da desigualdade social perdurar até os dias atuais. Ainda hoje, há casos extremos de racismo nos Estados Unidos, os quais precisam ser urgentemente combatidos.

Então, gostou da nossa explicação sobre a história dos movimentos negros na luta antirracista? Diante de todo esse contexto histórico, é importante deixar claro a importância da implementação de ações afirmativas para promoção igualdade racial.

No Brasil, também há lutas promovidas pelos movimentos sociais, em especial o movimento negro unificado, que apresenta ações contra discriminação racial e em prol da democracia racial na sociedade brasileira. Vale ressaltar que o estudo e o ensino história cultura afro brasileira também é importante para entender tal assunto, com aulas de história particulares ou aulas em grupo!

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Isabella Herculano

Graduada em administração de empresas e especialista em marketing de conteúdo. Apaixonada por educação, redação e mundo digital. Atua como redatora e conteudista.